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segunda-feira, 27 de março de 2017

Um Amor Real - Rejane Martins


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Um Amor Real
Rejane Martins

Certo dia o corsário John Smith, um verdadeiro súdito do trono inglês, recebeu uma importante missão da própria Rainha. Guardar em um lugar muito seguro e inexpugnável, um verdadeiro tesouro pessoal de Vossa Majestade.

Sem questionar a incumbência, não tinha dúvidas sobre o melhor lugar para cumprir a missão. Um lugar distante das rotas europeias, que ele só o conhecia por comandar as várias expedições inglesas à China.

Na primeira visita àquele país, ele registrara em seu mapa a posição de uma ilha de areia cintilante e num tom tão alvo que feria a vista do marinheiro. Porém nas expedições subsequentes, deduziu que ela havia submergido, uma vez que não encontrara mais aquele banco de areia. Até o dia que ele se assustou ao avistá-la imponente e rodeada por aquelas águas azuis e límpidas.

 Conferiu por diversas vezes os instrumentos de navegação e o mapa que ele próprio havia atualizado. Não havia dúvidas eram as mesmas coordenadas, a ilha era a mesma. Por mais que puxasse da memória não encontrava nenhuma explicação técnica para tal fenômeno.

Temendo ser rotulado de louco pela tripulação, não mencionou o fenômeno. A partir dessa data, todas as vezes que se encontrava no local, primeiramente se sabatinava a respeito de datas, fatos e conhecimentos científicos para atestar sua sanidade. Somente após todo este ritual, anotava em seu diário de navegação a situação encontrada.

Em terra firme, com todas as anotações, estudava naquela região a interferência lunar nos dias. Após exaustivos cálculos e pesquisas conseguiu determinar com bastante precisão a frequência das marés, e com isto os períodos em que a ilha ficava exposta.

Por ser um estudo pessoal e sigiloso, somente ele tinha o conhecimento de quando visitar a ilha e usá-la como esconderijo para as cartas e lembranças de amor entre sua querida rainha e o seu padrasto Thomas Seymor.


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