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quarta-feira, 12 de outubro de 2016

LEMBRANÇAS DA MINHA INFÂNCIA - Do Carmo


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LEMBRANÇAS DA MINHA INFÂNCIA
Do Carmo


Como é bom recordar um passado feliz!

Assisti a um filme infantil que me fez voltar ao longínquo passado de minha infância, que foi extremamente alegre, cercada de carinhos, portanto feliz.

Como nasci dezessete anos depois de minha única irmã, fui muito mimada por meus pais e minha irmã, que era verdadeira irmãe.

Tive todos os brinquedos que eram da época: jogo de cozinha com fogão e pia, mesinha com cadeiras e armário para guardar, conjunto de panela, de  café, de refresco, pratos e talheres e um dormitório de boneca, com roupinhas variadas e também jogos diversos para brincar com as amigas. Brincávamos todas as tardes, cada dia na casa de uma delas.

Ganhei de minha irmã, a primeira boneca de louça fabricada aqui na capital.

Um boneco bebê, com rosto, braços e pernas de louça e o corpinho recheado de palha coberto de tecido de algodão. Ele chorava ao virá-lo de bruços e mexia os olhos, abrindo e fechando.

 Aos seis anos ganhei uma bicicleta, coisa rara para meninas na época.

Meu paciente e amoroso pai, por vários dias, depois do trabalho, ensinava-me a andar “com duas rodas” como dizia referindo-se à bicicleta. Demorou mais tempo do que ele esperava, mas aprendi.

 Passeava na calçada com minha amiga Raquel, amiga até hoje, que ganhou sua bicicleta no mesmo Natal que eu.

Minha infância foi maravilhosa, cheia de atenções, carinho e exemplos de boa conduta, moral e religião. Tudo com muita suavidade, porém com respeito,  disciplina e limites. Aprendi a agradecer e pedir perdão.

Que família estupenda eu tive!


Como fui feliz!

A CURA! - Amora


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A CURA!
Amora

Antonio amava sua mulher, Anita, que sofria de histeria. Tentou vários tratamentos, sem solução.

Ela  ficava histérica, transtornada, quando ouvia a palavra “dinheiro” ou qualquer comentário a respeito.

Não sabia comprar, vender, verificar aumento dos preços em lojas, mercados, etc. Nem participava das crises atuais do país.

Conversas sobre contas a pagar, dívidas, faziam-na entrar em crise e, o marido, coitado, assumia todas as tarefas domésticas. Vivia cansado.

Televisão, só novelas. Nada de Jornal Nacional, corrupção de políticos, passeatas, pouca companhia fazia ao marido.

Um dia Antonio resolve entrar na loteria e comprar um bilhete. Torce para sair premiado. Não é que foi mesmo! Ganha, sozinho, um montão de dinheiro.

Quando chega em casa, diz à mulher:

_ Ganhei na loteria. Não vá desmaiar!

_ Quanto? Pergunta Anita, branca de susto, quase desfalecendo.

_ Dois milhões, responde ele, já pegando o remédio.

_ Maravilha, Antonio! Acabaram nossos problemas.

Antonio, surpreso, sorri satisfeito, pensando “acabou a histeria”.


UM EXEMPLO DE AMOR. - Do Carmo

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UM EXEMPLO DE AMOR.
Do Carmo



Há dias deparei-me com uma cena tocante. Emocionei-me às lagrimas.
Estava chegando ao restaurante habitual para meu almoço, quando vi, um menino de rua, saindo equilibrando nas mãos, uma embalagem de comida e dois copos.
Sujinho e descalço, com olhar de felicidade nostálgica, sentou-se na calçada, colocou as embalagens no chão e soltou um vibrante assobio.
 Para minha surpresa, apareceu um alegre saltitante cachorrinho, sujinho como seu dono, rabinho balançando, aninhou-se em seu colo, lambendo-lhe o rosto. Seu semblante iluminou-se e abraçando seu companheiro, disse-lhe com voz emocionada: teremos hoje um banquete como almoço.
Abriu as embalagens, colocou na tampa a metade da comida e sorrindo disse:  
 — Bom apetite, companheiro!

Quem era ela? - Hirtis Lazarin

  Quem era ela? Hirtis Lazarin     A rua já estava quase deserta. Já se ouvia o cri-cri-lar dos grilos. A lua iluminava só um tantin...