Poema dedicado a Eny Cezarino, a menina de Bauru
Boca
de beijo
Garota
menina, cheia de graça
passa
e rebola
aos
homens da praça.
De
raça morena
de
raça sacana.
De
boca vermelha, molhada
provoca,
desloca,
enlouquece.
Dá
calor
sem
amor.
É
boca de beijo
ardente
desejo.
É
boca de sexo
sem
medo
nem
nexo.
Garota
menina
não
sonha
nem
ama.
Chora
baixinho
jogada na cama.