A GRANDE JORNADA - CONTO COLETIVO 2023

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quinta-feira, 27 de maio de 2021

Serei eu o herói da minha própria história ou qualquer outro tomará esse lugar - Adelaide Dittmers

 





Serei eu o herói da minha própria história ou qualquer outro tomará esse lugar

Adelaide Dittmers

 


Não me considero uma heroína ao voltar os olhos para minha história.

Vivi tristezas e alegrias. Perdi e venci batalhas, que a vida sempre oferece a todos nós.  Ao percorrer meu caminho passei por belas paisagens e por áridos desertos.  Aprendi com as adversidades e desfrutei de momentos de intensa felicidade.

Todos nós em algum momento temos que abrir mão de nossos sonhos, pelos outros, o que nos torna mais humanos.

Considero-me uma protagonista da minha história, não uma heroína, como qualquer outro é da sua.  Sinto-me responsável pelos meus atos, certos ou errados.

Ninguém vai tomar o meu lugar, nem eu vou tomar o lugar do outro.

Aquilo por que passei e ainda passarei dependeu e dependerá de minhas respostas às situações que enfrentei e enfrentarei no futuro, baseadas no meu modo de ver a vida, naquilo que vivi e aprendi ao longo do percurso.

Não acredito, portanto, que alguém possa ser o herói da minha história, a não ser eu mesma.

 

 

Serei eu o herói da minha própria história ou qualquer outro tomará esse lugar? - Helio Fernando Salema

 




Serei eu o herói da minha própria história ou qualquer outro tomará esse lugar?

Helio Fernando Salema

 

Fui entrando. Caminhando lentamente, talvez por cansaço ou o peso dos fracassos daquela noite. Ao ouvir o som da música, a cada passo, mais nítida aos meus ouvidos, acelerava meu coração e meus passos.

 

Ao aproximar da pista de dança, onde poucos casais usufruíam daquela maravilhosa melodia, meus olhos fitaram os de uma morena que ao perceber que nossos olhos se cruzaram, desviou o olhar para os casais que dançavam. Imediatamente comecei a observar cada detalhe. Tínhamos a mesma altura, cabelos longos cacheados e muito séria.

 

Quando um conhecido meu aproximou-se dela e a convidou para dançar, ela nem olhou pra ele, de braços cruzados, apenas balançou a cabeça. Por alguns minutos continuou de olhar fixo naqueles que dançavam. Um outro rapaz chegou  à frente dela, esticou o braço num gesto de cavalheiro solicitando a honra de uma dança, e novamente ela só balançou a cabeça.

 

Uma outra música começou a tocar e me vieram recordações. Mais difícil ficou para eu ousar dançar com aquela que tanto me impressionou. O medo do fracasso afastou a esperança de qualquer êxito. Noite perdida, pensei.

Rapidamente pela minha cabeça se passaram os transtornos vividos no dia.

Tudo, naquele momento, pesava na minha decisão, tentava ou não dançar com aquela morena. Parece que o conjunto quis me ajudar e começou a tocar uma música que sempre me trouxe boas recordações. Pensei, serei eu o herói ou qualquer outro será?

Fui caminhando lentamente na direção dela sem que ela percebesse. Parece que ela se assustou quando me viu à sua frente. Lembro que estiquei a mão e talvez eu tenha dito alguma coisa. Ela veio junto a mim e começamos a dançar.

Foi um momento mágico. Dançava maravilhosamente, flutuávamos pelo salão quase vazio.

Tudo era divino, suas mãos, seu perfume. Eu não sabia o que falar. Lembrei do que algumas amigas tinham dito. Que minha barba dava uma sensação agradável ao tocar o rosto delas.

Então arrisquei.

- Minha barba incomoda você?

Um não suave ouvi. Percebi que ela sorria.

 

 Ufa, que alívio. Em seguida o conjunto para de tocar.

Tive coragem de dizer:

Que pena. Vamos depois continuar?

- Sim. Agora bem nítido e me fitando e sorrindo.

Não sei como é nem porque, completei.

- Quando a música começar você me tira para dançar?

Olhou me muito espantada e sorrindo foi em direção as suas colegas.

Assim que chegou junto as amigas vi que todas começaram a rir.

Vi um casal de amigos sentados e fui juntar-me a eles. Conversamos até que o conjunto voltou a tocar e eles saíram para dançar.

Vi que ela estava com as amigas e fui até lá, agora sem nenhuma preocupação.

Dançamos até o final.

 

Nosso relacionamento durou alguns meses, nossa amizade até hoje.

Recentemente a encontrei na rua e ela veio toda sorridente e me disse que estava muito contente. Nasceu o seu segundo neto. Conversamos por um longo tempo sobre a vida.

Ao despedir ela rindo me disse que todas as vezes que me vê, lembra:

Quando a música começar você me tira para dançar?

UM CONTO POLICIAL - Alberto Landi

 




UM CONTO POLICIAL

Alberto Landi

 

Ao volante de seu Austin esportivo vermelho, ano 2019, a jovem mulher seguia pela Interestadual I5 que conecta os Estados de Oregon e Washington, no sentido Portland, quando próximo do condado de Salem, foi abalroada por um pneu de caminhão que se soltou e veio rodando da pista oposta e, em alta velocidade, espatifando-se contra o para-brisa do Austin.

A jovem Valerie perdeu o controle de seu veículo e capotou várias vezes. No acostamento o carro ficou com as rodas no ar. Quando os paramédicos chegaram, alguns minutos depois, encontraram-na sem vida entre as ferragens.

O carro foi atingido por um pneu que se soltou de um caminhão, informou uma testemunha, Michael, que vinha dirigindo bem atrás da vítima, que parou para socorrer e chamar a polícia.

Tem alguma informação sobre qual veículo provocou o acidente? Perguntou o patrulheiro Philip, o primeiro a chegar ao local.

Confesso que não estava atento naquele momento, admitiu Michael. Minha atenção ficou no Austin, que sofreu o acidente. Porém vi onde o pneu foi parar, batendo no Austin. Levou então o patrulheiro até o local onde estava o pneu arrebentado, a uma distância de uns 100 metros da estrada.

Provavelmente, se soltou do caminhão, avaliou inicialmente o patrulheiro. O caminhoneiro nem deve ter percebido. Somente vai dar conta quando parar para reabastecer. E emitiu um alerta para a polícia de Salem.

Richard, um caminhoneiro de 1,90 m de altura e aproximadamente 120 kg de peso, acordou na boleia do cavalo mecânico estacionado junto a um posto de gasolina, nas proximidades de Salem. Alguém bateu à porta do veículo:

Abra!  É a polícia!

Richard ergueu-se, na cama atrás do banco, e esticou-se até a janela, no lado do carona. Havia um carro de polícia de Salem parado no acostamento com dois patrulheiros.

Era o patrulheiro Philip:

Um momento! Deixe-me me vestir! Gritou o caminhoneiro.

Instantes depois estava com os dois patrulheiros conversando.

Você é proprietário do caminhão de 3 eixos que está na oficina do posto para troca de um pneu?  Perguntou o patrulheiro.

Sim, é meu, confirmou. Quando parei para abastecer ontem a noite percebi que um dos pneus havia se soltado e caído na interestadual. Essas manutenções são muito ruins.

O seu pneu atingiu um carro ontem, informou o patrulheiro. Uma jovem faleceu.

Richard ergueu os braços de uma maneira bem chocada.  Eu não fiz nada não! Se foi o meu pneu, foi um mero acidente.

Mesmo assim, você vai ter que vir conosco, até a delegacia, prestar depoimento.

Melhor fazer logo o teste do bafômetro, sugeriu o outro patrulheiro Marc.   

Em seguida todos se dirigiram à delegacia de polícia de Salem.

O sujeito está limpo; sem sinal de álcool, drogas ou infrações de trânsito, informou o detetive Franco, da polícia de Salem para o xerife Dillon. Mas não resta nenhuma dúvida, o pneu que matou a jovem saiu do caminhão dele.

Como é de outro estado o veículo, e só estava aqui de passagem, melhor pedir prisão preventiva e deixá-lo preso até julgamento, comentou Franco.

Eu vou conversar com a promotoria, assentiu o detetive. Todavia o juiz pode não concordar com uma fiança alta, já que o caso se parece mais com um acidente de trânsito.

A outra companheira de Franco, a detetive Jennifer informou ter recebido uma queixa sobre um tumulto

ocorrido no estacionamento onde Richard estava, na noite anterior à prisão, havendo uma vítima.

O caminhoneiro estaria envolvido? Questionou Franco.

Há uma testemunha, mas a vitima não foi localizada, resumiu o xerife

Jennifer, a outra detetive, estava tomando um cafezinho, quando o detetive Franco aproximou-se trazendo uma pasta nas mãos. Tratava-se do caso do caminhoneiro.

O xerife informou que talvez tivesse algo mais.

Não é exatamente um fato conclusivo, mas a gerente da lanchonete do posto de gasolina afirma ter visto um caminhoneiro espancar uma prostituta, ontem à noite, no estacionamento. Pela descrição é o Richard.

E a prostituta?

A detetive informou que desapareceu sem prestar queixa. Isso não é exatamente incomum.

Sim. Franco balançou a cabeça.

Podem ter se desentendido sobre o preço ou o serviço prestado, e procurar a polícia seria a última das opções destas garotas.

Por isso se tornaram vítimas perfeitas para esse tipo de abusador. Replicou Jennifer, sorvendo um gole de café. Vou pedir um teste de DNA desse sujeito, argumentou Franco.

Você está desconfiado de alguma outra coisa? Indagou a detetive.

Somente por precaução, replicou Franco.

 O juiz está propenso a pedir uma fiança baixa nesse caso, informou a promotora Sofia, quando Franco ligou para ela, 2 dias após. Ele entende que ele não oferece risco à sociedade, complementou a promotora.

Estou aguardando retorno de informações que solicitei ao FBI, explicou o detetive. Tente conseguir mais 24 horas de preventiva com o juiz.

Vou fazer o possível, mas sem uma justificativa sólida, penso que tenhamos de colocá-lo em liberdade, informou a promotora. Infelizmente a prostituta espancada não prestou queixa, lamentou o detetive.

Mais tarde, para seu alívio, antes do término do inquérito dado pela promotora, o FBI fez contato com ele, informando dados importantes sobre o caminhoneiro.

O DNA dele está relacionado com 2 casos em aberto, de prostitutas mortas no Texas e Arizona. Informou o agente do FBI que ligou para Franco. Bingo!  Parece que você pegou um serial killer, Franco.

Por puro acaso minimizou Franco.  Tudo por causa de um acidente de trânsito, do qual é provável que seria inocentado.

Pelo visto, mais uma mulher teve que morrer para que pudéssemos pôr as mãos nesse criminoso, sentenciou o agente do FBI.

  

Por você, faria isso mil vezes - Adelaide Dittmers

 




Por você, faria isso mil vezes

Adelaide Dittmers

 

— Olhe em que tarde linda o seu filho vai nascer! Disse o rapaz, empurrando a maca, que me levava ao centro cirúrgico. 

Desde o quarto vínhamos conversando.  Olhei pela grande janela, que descortinava o verde das árvores entre as grandes casas do lugar.  Realmente era uma bela tarde de sol e céu muito azul.  E as palavras daquele jovem, que, ao fazer seu trabalho, conseguia ser sensível ao ver uma mulher, que ia ter um filho, tocaram-me profundamente.

Chegamos à sala de cirurgia e despedi-me dele.

A cesariana correu normalmente até o bebê nascer. O médico pediu, então, ao meu marido, que estava ao meu lado, que já podia sair da sala. O anestesista disse-me que ia me sedar para eu descansar, enquanto terminavam a cirurgia.

Quando acordei na sala de recuperação, sentia-me muito mal. Depois de algum tempo, fui levada para o quarto.  Continuava me sentindo muito mal.  Passei a noite da mesma maneira. Olhava pela janela e via as luzes da cidade muito turvas.  Estava assustada e com medo.

No dia seguinte, já me sentindo um pouco melhor, o médico veio me visitar e contou o que tinha acontecido durante o parto.  Ao retirar a placenta, uma grande hemorragia ocorreu.  Ele quase teve que retirar o meu útero, mas conseguiu evitar isso, costurando os vários vasos, que sangravam.  Foram mais de quarenta pontos internos e me submeteram a uma transfusão de sangue.

A recuperação foi lenta, mas a felicidade de ter aquele menino lindo nos meus braços deu-me forças para enfrentar as dificuldades do meu restabelecimento.

Hoje, ao olhar para trás, sei que teria passado por tudo isso mil vezes, se fosse preciso, para ter o privilégio de ser mãe de um ser humano tão maravilhoso. Ele e minhas filhas são a grande dádiva da minha vida.

E agora vejo que, apesar daquela noite ter se apresentada com as luzes turvas no meu restabelecimento, os dias que se seguiram sempre foram claros e azuis na minha vida.

 

Serei eu o herói de minha própria história, ou qualquer outro tomará esse lugar - Do Carmo

 




Serei eu o herói de minha própria história, ou qualquer outro tomará esse lugar

Do Carmo

 

Fim de tarde de um gélido domingo, íamos eu, papai e minha irmã, à padaria Dengosa, que sobrevive até hoje, que fica bem próxima da minha casa, a duas quadras de distância apenas. Compras domingueiras e infalíveis.

Seus pães, doces e tortas, salgados ou doces, eram terrivelmente deliciosos, bolos e docinhos, tinham sabor de quero mais e o estonteante perfume delicado, que embriagava o ambiente, era uma declaração de amor.

Já éramos clientes antigos e conhecidos do proprietário, amava participar dessas compras, porque sempre era presenteada com várias guloseimas, as quais só podia comê-las em casa, depois de lavar as mãos. Era um ritual macabro para mim, eu achava muito demorado.

Ao nos despedirmos dos funcionários, nos deparamos com uma cena muito triste, uma menininha chorava e um menino, pouco mais velho que ela, soluçava baixinho, e o pai, com voz melancólica, dizia:

- Queridos, vocês sabem da nossa situação de vida. Somos pobres, eu e a mamãe trabalhamos muito, mas com nossos salários, mal conseguimos pagar os compromissos mensais, e com muita dor no meu coração, não poderei satisfazer esse desejo de vocês. Sei que estão com vontade de comer algum desses doces, mas filhos, o papai não tem dinheiro.

Meu pequeno coração, retorceu-se dentro de mim ao ouvir, entre lágrimas, a menininha ainda chorando, dizer:

- Está bom, papai, você guarda um pouquinho do seu dinheiro, todo dia e quando tiver bastante, você compra para nós, não é maninho?

- É isso mesmo. Sabe papai, eu até não tenho mais vontade. Já passou.

Não me contive, soltei a mão de meu pai, aproximei-me deles e com a minha sacolinha recheada das compras, disse:  

- Menina, esta sacolinha está com alguns doces e pãezinhos, nós já comemos lá dento, então você quer ficar com ela?

A menininha, passando as mãos no rosto molhado, olhou para o pai que olhava para o meu pai com olhos desesperados e estendendo a mão para meu pai, disse;

 - O senhor tem uma joia valiosa, que tem um coração maior do que o mundo, uma criança colocando-se no lugar de outra que é muito carente. Eu aceito e agradeço a generosidade.

Com a alegria que sempre foi um dom de meu pai, sorrindo apertou a mão estendida e convidou-o a tomar um café, enquanto as crianças tomassem um saboroso chocolate quente com os pãezinhos e bolo, que escolhessem. Diante de toda essa cena, o proprietário da casa, alegremente ao servir-nos disse:

- Hoje este lanche é por conta da casa, pois recebi uma lição imensa de amor, vinda de uma criança heroica, pois não titubeou em entregar seus doces à uma menininha, carente e desejosa, que não conhecia.     

Meu pai ficou muito agradecido com os comentários do proprietário e pediu que fizesse outra sacolinha, que ele fazia empenho em pagar, para sua filha. Nos despedimos e cada um seguiu seu caminho. Ao chegar em casa, abrindo a bandeja, admirada ao extremo, vi a quantidade de doces e salgados que ele havia acrescentado ao novo pedido de meu pai. Com sentimento de dever cumprido, lanchamos naquela noite de domingo especial, como se fosse a primeira de nossas vidas.  

 

Um amor impossível - Dinah Choichit

 




Um amor impossível

Dinah Choichit

 

Está percebendo que eu faria por você isso mil vezes e mais mil? Quero te ver sempre alegre, sorridente e feliz com a vida, pois, sei que isso só é possível quando estou perto de você.

Eu também fico muito feliz de poder participar dessa sua alegria sabendo que sou o motivo dela. 

Nunca me esquecerei de que desde o primeiro momento que eu te vi eu também comecei a ver o mundo de outra forma, espero que possamos ter um  futuro juntos e que possamos lutar pelo nosso  amor,  porque por você, eu faria isso mil vezes e o quanto for preciso.                                                             

POR VOCÊ, FARIA ISSO MIL VEZES. - Henrique Schnaider

 




POR VOCÊ, FARIA ISSO MIL VEZES.

Henrique Schnaider

 

Israel, país dos meus sonhos.

Quando você foi criado por uma decisão da ONU em 1948, eu era apenas um menininho. Até hoje tenho minha vida ligada a ti, tanto por laços de família que tenho em Israel, como por laços afetivos devido a minha descendência judaica.

Os Judeus sempre foram um povo perseguido e considerados párias desde tempos imemoriais. Desde Nabucodonosor, rei da Babilônia, que ordenou a dispersão dos Judeus, nosso povo foi, desprezado e perseguido.

Os Judeus se dispersaram por todos os países existentes naquela época. Tanto na Europa Ocidental, países como Inglaterra, França Espanha, Portugal e países de toda Escandinávia. Pela Ásia foram andando e se integrando por onde chegavam.

Influenciavam a vida e os costumes de onde viviam e assim como a transmissão de vastos conhecimentos. Mas, sempre a história se repetia, assim como eram admirados, também perseguidos, sofrendo massacres intermináveis.

A igreja católica através da Inquisição, promoveu barbaridades contra os Judeus e disseminou o antissemitismo por onde a fé cristã chegava, obrigando os Judeus a se converterem e acusando o povo semita de culpados pela morte de Jesus.

Essa perseguição prosseguiu séculos adentro, chegando finalmente ao regime nazifascista da Alemanha. Através de Hitler e seus seguidores que queriam resolver o problema judeu, através dos campos de concentração e das câmeras de gás. Veio daí a palavra Genocídio, devido ao Holocausto do povo judeu. 6 milhões de seres humanos foram exterminados.

Derrotado o nazismo, regime horrendo, mais cruel que a humanidade já conheceu, as tropas aliadas chegaram aos campos de extermínios e encontraram algo inominável. Aqueles que sobreviveram, tinham se transformados em farrapos humanos, esqueléticos cheios de doenças.

Finalmente a recém-criada ONU, através da Presidência do excelentíssimo brasileiro Osvaldo Aranha, que ficou para sempre gravado na memória dos Judeus. Foi criado o Estado de Israel.

Não foi fácil a vida dos primeiros israelenses, que logo entraram em guerra contra todos os Exércitos árabes. Os quais não aceitaram a decisão da ONU. Foram derrotados de maneira milagrosa e Israel seguiu sua vida para o futuro. Hoje o País é considerado uma das maiores potências do mundo.

Nestes anos de existência de Israel ele deu ao mundo, contribuições enormes, nas pesquisas científicas na tecnologia e na Medicina. As quais o mundo todo reconhece. Os conflitos continuam na Região, mas não perco a esperança de que um dia todos os povos que vivem lá, promovam a Paz.

Oh, Israel! Hoje sinto orgulho de ti e pelo fato de ser judeu, por você me sacrificaria, faria isso mil vezes.

Porém nasci no Brasil, amo o meu País e pretendo viver aqui até o fim dos meus dias. Mas, sempre tendo a ti, oh Israel dentro do meu coração.

 

O CORREDOR EXEMPLAR - Dinah Choichit

 




O CORREDOR EXEMPLAR

Dinah Choichit

 

Hoje será um dia importante para meu filho Jonas, vai marcar a sua carreira. Haverá uma corrida de kart onde estarão muitos competidores capacitados. Ele vem se preparando o ano todo, pois é o seu sonho desde menino. Quando pequeno gostava muito de ir ao Kartódromo junto com um primo, que já era um campeão.

Antes de sair de casa, logo cedo, veio pedir a benção, e avisou para não nos atrasarmos. Estava calmo e confiante, pois conhecia a pista. Assim que chegou foi verificar se o seu carro estava em ordem, e se todos os funcionários estavam presentes. Tinha prometido a eles que se ocorresse tudo como o planejado, iriam almoçar todas as famílias, e todos juntos. Todos os parentes, amigos e sua equipe estavam vibrando para sua vitória.

Assim que entrou no carro, pensou ”Serei eu o herói da minha história ou qualquer outro tomará esse lugar?”.

Deu umas três voltas e não conseguia passar os outros competidores. Já estava começando a ficar nervoso quando surgiu uma abertura em meio aos carros e essa oportunidade lhe deu chance de ir para o primeiro lugar, onde permaneceu até o final.

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