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quinta-feira, 27 de outubro de 2016

A MELHOR FESTA JUNINA! - Amora

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A MELHOR FESTA JUNINA!
Amora

Festas juninas são sempre divertidas! Muitos enfeites, comidas e bebidas típicas, músicas alegres, vários tipos de dança.

Geralmente, seus visitantes ficam descontraídos, coloridos, com suas botas, chapéus, bigodes e lenços ou saias bordadas, cheias de retalhos, nas mulheres, tentando imitar o nosso caipira da roça, figura tão querida dos brasileiros.

Impossível dizer em poucas palavras a que gostei mais. Todas foram muito boas! Mas, lembrando um pouco o passado, comecei a prestar maior atenção nelas com a participação dos meus netos, na escola.

Assisti-los vestidos de caipira, dançando quadrilha aos pares, foi emocionante e engraçado. São mestiços, minha filha é clara, casada com nissei e eles puxaram mais o lado oriental. Vê-los fantasiados, procurando dançar, acompanhados de alguma coleguinha loira, de trancinhas, ou, a neta, com belo vestidinho trabalhado de fitas, moreninha, de olhos puxados, ao lado de um par completamente diferente, deixou-me sempre contente.

Todo ano, enquanto cresceram, a festa junina da escola foi a mais atraente e divertida, com papais e vovós encantados, preparando flashes para lembrança dos seus filhos e netos. Acho que fiz parte deste grupo, com grande entusiasmo. Tenho fotos pela casa inteira.

Até hoje, lembro com saudade dessa época, pena que cresceram tão rápido, já cursando faculdade, esquecidos talvez desse tempo de criança e das felizes festas escolares.


ANGÚSTIA, JAMAIS. - Do Carmo

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ANGÚSTIA, JAMAIS.
Do Carmo


Desde muito criança, talvez no segundo ou terceiro ano primário, tenho um sonho que acalentei até completar sessenta anos, quando me aposentei e dei asas a essa ideia de tornar-me escritora.
A cada ideia sugestiva surgida no meu imaginário, repleta de repleta de imagens, vinha cercada de insegurança ao passá-la para o papel, eu sentia uma angústia imensa, impotência decorrente da minha situação de vida, pois era uma correria total. Apenas rabiscava o teor do que seria meu texto e guardava para um futuro infinito.
O tempo passou, meus filhos cresceram, formaram-se, casaram-se, e eu acostumei-me com a viuvez. Fiquei vovó, e depois de dez anos, aposentei-me.
Maravilha, renasci como SEMHORA, LIVRE, LEVE E SOLTA.
Desse momento em diante, ninguém mais me impediu de nada. Tornei-me frequentadora assídua de Bibliotecas, Casas de Cultura, Oficinas Literária, onde descobria um espaço cultural, lá estava eu.
Sentia-me realizada, pois a angústia, ansiedade e a impotência, não tinham mais lugar em minha vida. Escrevia tudo o que surgia na mente e, pouco modesta como sou, achava todos os textos uma obra de arte. Leda ilusão. Quando nas aulas eu ouvia a leitura dos textos dos colegas, eu sentia-me uma traça esquecida numa gaveta.
Mas, toda nuvem negra passa e o sol brilha novamente.
Hoje estou livre daquela angústia anterior, quando colecionava ideias e nunca as concretizava.
Agora faço meus textos sem temor ou dúvidas, tranquilamente me submeto às considerações dos professores, as quais acato e tento cumpri-las.
As ideias continuam surgindo, mas aquela sensação de insegurança de não saber como expressar-me, desapareceu, uma vez que aprendi a ler o texto em voz alta, deixá-lo descansar, voltar a ler e se necessário, fazer cortes, rever palavras repetidas, pontuação, tempo dos verbos, concordâncias, enfim, deixar o mais perfeito possível.   
 Feliz e orgulhosa pelo feito, digito com muito cuidado, encaminho às mestras, minha sempre, para mim, obra prima, e espero os comentários e correções.
Estou realizada.


Quem era ela? - Hirtis Lazarin

  Quem era ela? Hirtis Lazarin     A rua já estava quase deserta. Já se ouvia o cri-cri-lar dos grilos. A lua iluminava só um tantin...