A GRANDE JORNADA - CONTO COLETIVO 2023

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terça-feira, 28 de outubro de 2014

SURPRESA! - Dinah Ribeiro de Amorim


SURPRESA!
Poesia premiada - Poesia lírica - 7º lugar

Dinah Ribeiro de Amorim

A lembrança de seu rosto jovem,
Alegre, cheio de vida,
Ainda guardo na memória,
Primeiros anos da minha história...

Apesar da continuidade do tempo,
Dos rumos diferentes tomados,
Ainda guardo no coração
Meus primeiros momentos de emoção.

Fomos felizes no passado, embora a distância tenha nos separado.
Seu olhar apaixonado, gestos suaves, delicados, faziam-me sonhar com amor e paixão,
Sem resquícios de solidão!

Hoje, quando o vejo de longe,
Mais velho, careca, diferente,
Penso o mesmo de mim: “Como mudamos, de repente!”

Basta chegarmos mais perto,
Não sei o que acontece!
Tudo volta novamente
A mesma atração de sempre!

Espanto-me com isso.
Até parece feitiço.
Tanto tempo se passou
E amor ainda restou!



Aconteceu! Dinah Choichit




ACONTECEU
Dinah Choichit


Desde que eu estava no ginásio era apaixonada pelo Claudio. Menino de quinze anos, e eu de treze. Sempre íamos juntos para a escola. Morava perto. Uns cinco quarteirões da minha casa.

Ele, com um corpo atlético, andava de bicicleta, participava de caminhadas escolares. Não chegava a ser o preferido da turma, mas era muito bem cotado.

Eu era, simplesmente, uma menina comum. Mas, tinha um corpo perfeito, tranças grossas e compridas.  Conversávamos muito e chegamos, nessa época, a andar de mãos dadas.

Foi então que me apaixonei perdidamente.

Mas, uma notícia chegou aos meus ouvidos como uma bomba: vou acabar os estudos em Boston.

Ganhara uma bolsa para aprender tocar guitarra, era o seu sonho. Seu pai consentiu e iria acabar seus estudos lá.

Trocamos beijinhos na despedida e mil promessas e endereços.

Certo dia chegou uma carta de Claudio. Já parecia bem mais maduro. Ansioso por notícias e saudoso demais.

Eu lhe fazia muita falta.  Às vezes sentia falta até do perfume que eu usava.

Chorei muito, e fiquei encantada com a carta.

Papiro em revista - Dinah Ribeiro de Amorim



Papiro em revista
Crônica Texto premiado: Revista Papiro - 5ºlugar

Dinah Ribeiro de Amorim

Com que ansiedade espero nossa revista bimestral vinda de Santos.

Santos, cidade que encanta os olhos, agraciada com pessoas ilustres, através dos seus 468 anos.

Ilustres como as que estão no Papiro, proporcionando alegrias, paz, incentivo, recheio de notícias interessantes, poesias, contos, dedicação à arte, literatura, cultura, ordenadas pelo mesmo ideal.

Dom profundo e infinito que só o hábito de escrever fornece.

Algumas pessoas têm outros vícios: “bebidas ou drogas”. Que pena! Nosso vício é escrever! Sem ele também não vivemos, não manifestamos sentimentos, belezas sentidas e vividas, colocadas no papel como desabafo do que passa pela mente ou coração, no momento.

Deus nos deu essa graça, essa bênção de colocar impressas suas maravilhas ou palavras, arquivadas em livros, jornais, revistas, pinturas, não as deixando espalhadas, abandonadas ao vento.

Benditos sejam os que escrevem poesias, contos, romances, trovas; benditos sejam os que facilitam essas edições, promovendo e divulgando ao nosso povo: cultura, educação, literatura e informação.

Nos dias atuais, quando a Internet penetra em nossas casas, invadindo-as em todos os sentidos, lutemos sempre pela vitória da palavra escrita e falada, fazendo a Tecnologia como um acessório, um auxiliar, mais uma ferramenta a nosso serviço, a serviço dos nossos sentimentos que brotam, das palavras contidas e explodidas, corações pulsantes à serviço das nossas manifestações literárias.

Que nossos jornais e revistas culturais não se percam, sejam como o Papiro em revista, “P”roporcionando “A”legrias, “P”remiações, “I”ncentivos culturais à “R”oda de amigos, “O”riginários de um mesmo ideal: transmitir, através de sua linguagem: amizades, união, amor e paz ao mundo!

Afastar angústias e decepções, dando um pouco de felicidade a todos nós, que é o que almejamos!
                                                                


Poesias diversas - Jorge da paixão



O futuro vai chegar
Jorge da Paixão    

A beleza do Universo
É uma arte da Natureza
Sem partida ou regresso
Um pavilhão de grandeza.   

A singeleza do coração
É que lapida o amor
Uma arte com perfeição
De conteúdo encantador.

O sentimento de emoção
É que enriquece seu valor
Conduzindo-lhe em direção
Ao futuro promissor.

Um grande amor vive em mim
No meu coração ele reside
É eterno e não tem fim
Repleto de paz ele progride.

O futuro vai chegar
De esperança iluminado
Para o mundo prosperar
Sempre por Deus abençoado.





Germina a paz com amor
Jorge da Paixão  

Maravilhoso é o brilho do Sol
Com seus raios em ação
Prenuncio do arrebol
Alvissaras em evolução

Germina a paz com amor
No fundo do meu coração
Um lugar encantador
Onde brota inspiração

Deus me dê o que eu mereça
E receba eu, com humildade
E meu coração engrandeça
Sentindo felicidade

Fecho os olhos pensando em ti
E enxergo tu sorrindo
Meu coração fica a sentir
Um doce amor evoluindo

Teu olhar me enfeitiça
Teu sorriso me fascina
Teu corpo me cobiça
Teu perfume me domina

Tu és a mulher mais linda
Que enxergo neste mundo
O meu coração domina
Com um amor bem profundo

A tua imagem venero
A esperança me diz
Que teu amor eu tanto quero
Para ser um homem feliz.




Deus é a minha luz
Jorge da Paixão       

Todos somos filhos de Deus
Por ele sempre amados
Incluindo os ateus
Que por ele são perdoados

O amor dentro de mim
Governa o meu coração
Dia e noite é sempre assim
Me trazendo inspiração 

Dentro da minha alma tem
Uma esperança a brilha
Trazendo a força do bem
Minha vida a confortar   

Deus é a minha luz
E nada pode apagar
No meu coração ele produz
O amor para me inspirar...  

Enquanto estou feliz a orar
Compassado bate o meu coração
Nunca deixarei de amar
O meu amor é uma canção.




Verdade espelho da vida
Jorge da Paixão    

O desabrochar da flor
É o sorriso da liderança
Inocente e encantador
Dos lábios de uma criança

No céu brilham as estrelas
Sinto o amor em meu coração
No jardim rosas vermelhas
É que me dão inspiração  

No raiar do Sol distante
Vejo o brilho da esperança
Envolvendo radiante
Um novo dia que avança    

A existência segue o destin
Por Deus determinado
O amor é cristalino
No coração moldurado    

Verdade espelho da vida
Que é um conteúdo divino
Por Deus fortalecida
Com seu amor genuíno.



Nas noites conto as estrelas
Jorge da Paixão         

No jardim ontem eu plantei
Uma semente de romã
E com carinho adubei
Para te oferta amanhã   

Nas noites conto as estrelas
Que brilham na constelação
Para minha poder envolvê-las
Com a minha inspiração

Tem gosto de caramelo
No conforto do palito
O teu lábio tão singelo
De sorriso bem bonito 

Para eu poder sorrir
Preciso do teu sorriso
Para feliz eu sentir
A doçura do paraíso

O luar faz harmonia
Com a água cristalina
Que embala pela poesia
Vai correndo na campina    

Encontro no teu olhar
O verdadeiro romantismo
Feito para me inspirar
Em um poema lindíssimo.




Síntese da vida
Jorge da Paixão      

Todo dia uma flor
No jardim a desabrochar
Perfumada de amor
Para a vida respirar  

Todo dia a esperança
Para a vida é uma razão
Seu brilho é uma liderança
Que ilumina o coração

Todo dia é novidade
Presente da Natureza
Trazendo a felicidade
Que na vida é uma riqueza  

Todo dia é uma oração
Fortaleza do amor
Que guarnece o coração
Aquecido em seu calo    

Todo dia é alegria
Com a Natureza a sorrir
Cada rosa é uma poesia
No jardim a se abri   

Todo dia a saudade
Visita o coração
Com toda naturalidade
Trazendo recordação   

Todo dia é abençoado
Com a rica felicidade
Para um futuro planejado
Quando o amor é de verdade.





O amor que é genuíno    
Jorge da Paixão     

Tão sublime é a amplidão
Iluminada pelo esplendor
As estrelas é uma canção
E o oceano é um cantor

A estrada é o caminho
Em que leva ao destino
Seja de flor ou espinho
O amor que é genuíno    

O Sol já veio brilhar
Na Perfeita Liberdade
Para o poeta inspirar
Sentindo felicidade    

Em silencio a floresta
Um paraíso encantado
Onde os pássaros fazem festa
Sobre um lago iluminado 

Quem planta precisa cultivar
A ditosa maravilha da flor
Para o beija-flor beijar
Ao sentir sede de amor



A Natureza é uma poesia   
Jorge da Paixão                      

A Natureza é uma poesia
A brisa uma seresta
Recitadas com alegria
Pelo verde da floresta  

A manada vai passando
Pela estrada da esperança
O sabiá estar cantando
Sobre um galho que balança

No infinito Deus estar
Ele é o juiz da humanidade
Para com seu amor nos salvar
Construindo felicidade 

Profunda é a sensibilidade
Que endossa a confiança
No mar da prosperidade
Que o coração alcança  

Foi a néctar de uma flor
Que me inspirou numa canção
De uma história de amor
Em um passado de ilusão.





A mulher é uma excelência     
Jorge da Paixão       

O premio da existência,
que nos concede o criador
É uma rica benevolência
iluminada de amor.

Procedente do nascente
Atira-se da cascata
E segue caudalosamente
A água límpida cor de prata  

O jardim é uma alegoria
Perfumada de amor
Aonde a rosa com alegria
É a rainha da flor

O sorriso é uma magia
Feita pela expressão
O amor é uma poesia
Que faz feliz o coração    

A razão da existência.
É proveniente do amor
A mulher é uma excelência
Do futuro promissor.





O amor é sempre assim     
Jorge da Paixão       

Pele estrada da esperança
Vai seguindo meu amor
Dia e noite ele avança
Ao futuro promissor  

O amor para mim é tudo
Sem amor nunca sou nada.
Ele é o meu escudo
E a luz da minha estrada

Tudo de bom por inteiro
Para a realização
O amor que é verdadeiro
Resplandece o coração  

O verdadeiro amor
É o motor do coração
A esperança seu calor
Para a realização.

O amor é sempre assim
governa o meu coração
É uma luz dentro de mim
Que me dar inspiração.





sábado, 18 de outubro de 2014

A embarcação do Mestre William - Jorge da Paixão


A embarcação do Mestre William
Jorge da Paixão        

Alex tronou-se amigo intimo de Sarah. Ao olhar nos  seus olhos foi atraído pelo imã  do amor que enfeitiçou  sua alma e, perdidamente se apaixonou.

Gentilmente lhe convidou para passearem no magnifico e famoso observatório de Maine para felizes curtirem a maravilhosa paisagem, não resistindo sua beleza roubou-se um delicioso beijo dos seus lábios de mel, e bastante emocionado declarou  o amor gigante que estava a muito tempo alojado em seu poético coração. Ela, então  sorriu muito feliz  lhe confessando que retribuía o mesmo sentimento de  ternura que sentia por ele ! Na verdade era  agora uma mulher realizada.

Enquanto  isso a Natureza soprava a brisa da felicidade, perfumada de amor pela maresia que o mar presenteava a vida em um ritmo encantador.


Os dois enlaçados formavam um casal de pombinhos agraciados pelo Cupido e subiram até o patamar daquela escada antiga e estreita para observarem se aproximando lá distante tremulando as velas brancas da esperança na fantástica embarcação do Mestre William.

ARREPENDIMENTO - M.Luiza de C.Malina


ARREPENDIMENTO  
M.Luiza de C.Malina

Deborah!

Depois de 8 meses te escrevo.  Mercia e Juan estiveram em Mônaco.  Contaram-me que seu carro amanheceu amassado na garagem, no dia seguinte em que Juan te entregou a carta. Que tinha medo de mim, que eu poderia estar na cidade e teria feito isto.

Creio que em três anos que estivemos juntos,  demonstrei como eu era. Não consigo acreditar que você pudesse pensar que eu fosse  capaz de fazer uma coisa desta.

Não tenho palavras para justificar a carta que  escrevi. Sabe muito bem que, tudo o que escrevi, não é o que eu sinto. Ao contrário.

Não tenha medo de nada Deborah, quero tranquiliza-la que, se existe alguém que possa te causar algum dano, não permitirei. O seu carinho Deborah, sei que o perdi.  Tudo o que eu fiz, quis fazer por despeito.

Os presentes que te dei, você sabe muito bem, foram poucos em comparação ao que merece. De tudo o que sou e do que serei não há dinheiro no mundo que pague os três anos de amor, compreensão e respeito  com que você me brindou.

Não tenho o direito de que derrame uma só lágrima de seus olhos, no entanto eu te fiz derramar todas as lágrimas. Perdoa-me. Quero-te muito. Muito mais do que você pensa. Não imaginei que poderia fazer-te sofrer tanto. Sofri ao saber de sua doença por amor.

Já não sei mais como minha vida se encaminhará. Cheguei a pensar em alugar uma casa e morar em São Paulo. Não o fiz porque não tinha motivos para retornar ao Brasil, se você não estava mais na cidade. Toda a essência da minha vida é você.

Nada consegue levar o vazio que sinto. Estou morando nos melhores hotéis. Nada me atrai.  Não sinto nada, não como, não durmo. A única coisa que penso é na sua voz. Quero que sejas muito feliz comigo... Ou até mesmo com a pessoa que você escolher. Quero dar-te todo apoio que necessita, para desta forma desculpar-me de todos os danos que te causei.

Peço poder ver-te uma vez mais. Quero demonstrar o respeito e admiração que tenho pela sua vida, que nunca dependeu de ninguém... E eu, arruinei tudo!

Por favor, estarei na casa de Juan. Continuam morando no mesmo apartamento. Telefone para Mercia. Irei abrir uma filial com eles. Precisaremos de uma pessoa de confiança e, desta forma poderei ouvir-te diariamente.  Sei que não mereço, sequer, conviver com sua voz. Juan cuidará para que seu salário seja cinco vezes a mais do que está registrado em sua carteira.

 Nossa relação será comercial e amigável. Serei seu amigo fiel e protetor.

Soube que você esta morando  com sua família. Quero que encontre a tranquilidade que roubei. Perdoa-me. Foi a primeira vez que fiz isto na minha vida. Ninguém teve culpa de nada. O único culpado sou eu. O meu carinho e respeito por você não mudou em nada. Continuo te querendo.

Seja o que você decidir ser conveniente para sua vida, lembre-se de que fui um pedaço seu. Mereço que você me procure.

Deborah. Perdoa-me pelos aborrecimentos causados, pelo tempo e vida que você me brindou... Foi lindo!

Sempre seu Amigo Hugo.


Ainda: Mercia é verdadeiramente uma amiga sua. Sofreu junto e aconselhou-me muito bem. Merece que você entre em contato com ela.

O teu sorriso é o mel - Jorge da Paixão


O teu sorriso é o mel
Jorge da Paixão       

Já entrei no elevador...
Subindo para a prosperidade...
Com o coração cheio de amor...
Saboreando felicidade...     

Vou encontrar á esperança...
Sentindo na alma um calor...
Tendo em Deus confiança...
Por ser o meu protetor...   

Num toque primaveril...
Sorrindo feito criança...
A rosa vermelha se abriu...
No jardim da esperança...

Nunca o passado volta...
Mas manda logo a saudade...
Na minha vida o que importa...
É a tua felicidade...       

O teu sorriso é o mel...
Que adoça minha esperança...
E me leva até o céu...
Paraíso de bonança...    

Amanhã vai florescer...
As rosas no meu caminho...
Que com amor vou colher...

E te ofertar com carinho..

PRIMAVERA AO ENTARDECER! - Dinah Ribeiro de Amorim



PRIMAVERA AO ENTARDECER!
Dinah Ribeiro de Amorim

  Sentada num banco de jardim que frequentava todas as tardes, ouvia o barulho da criançada e o bate papo de suas mamães.

  Distraia assim a sua vida mansa, ausente de trabalho e novidades.

  Vivia sozinha, seus filhos adultos, casados, morando longe, mal apareciam para uma visita.

  Era uma senhora alegre apesar de só e espantava facilmente tristezas quando observava outras vidas, mais moças do que ela.

  Lembrava-se então do seu passado e de como fora feliz também.

  Numa dessas tardes, quando a brisa de folhas terminou, brotando as primeiras flores nas árvores, prenúncio de primavera, aproximou-se dela um senhor idoso,  portando bengala, que há muito a observava. Pediu licença e se sentou. Não falava nada, só queria ficar ao lado dela.

  Não se incomodou com isso, deixando-o sentar-se todas as tardes ao seu lado, embora não conversassem.

  Com o tempo, acostumou-se com ele. Chegava primeiro ao parque, sentava-se, examinava aquele lugar bonito, alegre, perfumado, primavera no ar, e, logo depois, ele chegava. Mancando levemente, pedindo licença, sentava-se ao seu lado. Continuava sem falar nada, olhando simplesmente o mesmo que ela.

  Houve uma tarde em que ele não apareceu. Preocupada, procurou-o com o olhar, mas não o achou. Pensou em perguntar a alguém,  mas não sabia nada dele!  Andou um pouco pelos arredores e encontrou um vendedor ambulante, cujo ponto era ali. Perguntou-lhe sobre o senhor de bengala, que vinha todas as tardes, e ele prontamente respondeu: “Seu Ailton, aquele que vem sempre? Mora ali na esquina. Enviuvou há dois anos e nunca mais conversou com ninguém. Vai ver que adoeceu!”

  Ansiosa, vai até a esquina para saber dele. Achou sua casa através de uma vizinha e tocou a campainha. Notou que a porta estava aberta. Como ninguém respondesse, entrou e subiu as escadas velhas. A poeira e o cheiro de mofo tomavam conta do lugar. Algumas plantas, na entrada, pediam água há muito tempo, mas teimavam em viver!

  Foi subindo, curiosa, abrindo janelas, observando lugares, chamando Sr. Ailton em voz alta.

  Encontrou-o deitado num quarto, estava sonolento, meio delirante de febre, aparentando forte gripe. Não a reconheceu, olhando-a com curiosidade, chamando-a, às vezes, de Elisa.

  Quem seria Elisa! Com certeza a esposa falecida.

  Cuidou dele, chamou um farmacêutico local, deu-lhe os remédios receitados e ia todas as tardes vê-lo, ao invés de ir ao parque.

  Sr. Ailton, aos poucos, foi melhorando. Sua aparência ficou mais sadia, faces coradas, mais risonho e forte. Alegrava-se ao ver quando Esperança aparecia, sempre trazendo um caldo quente ou uma carninha bem temperada. Até a casa estava diferente, mais limpa, cheirosa, alegre, ensolarada, com algumas flores trazidas pela estação que chegava.

  Pois é, Primavera no tempo e na alma daqueles idosos que se encontravam no entardecer da vida, mas, ainda com sentimento de amor, carinho, amizade, sonho!


 Esperança entrou na vida do Sr. Ailton e ele na dela também!

NO DESAMOR OS ANJOS DISSERAM AMÉM - M.Luiza de C.Malina


NO DESAMOR OS ANJOS DISSERAM AMÉM     
M.Luiza de C.Malina

Deborah. Te quero muito!

Não estranhe, você estará recebendo esta carta por parte do meu amigo Juan, assim será mais seguro.

Passamos lindas semanas juntos. Eu sei que escrevo enciumado. Não ria de mim. Aquele rapaz que estava conosco na festa. Se, não me engano, o nome dele é Felipe, lembra-se dele? Conversamos muito com ele.

Percebi que ele te admirava, estava encantado. Eu fumava muito, já não sabia se lhe dava um murro na cara, me retirava ou sei lá o quê! Vocês riam animados. Procurava uma brecha para poder dançar agarradinho com você. Mas, não conseguia interromper o assunto. Nunca fumei tanto. Acredito que ele deve ter percebido. Sinalizava que, você era dele.

Assim, deixo-te livre do nosso compromisso de três anos, para que siga seu caminho. Seguirei com meus compromissos e, dificilmente, este ano retornarei ao Brasil.  Pretendo fixar-me em Mônaco para maior facilidade de negociações. Logo que eu tenha endereço fixo, avisarei.

Espero que compreenda minha atitude. Felipe é mais jovem, um tipo esportista e  tem muito a te oferecer. Você sempre foi boa, meiga e sincera amiga. A minha namorada amante. A esposa ideal.

Por te amar tanto, meu presente de Natal para você neste ano é um marido.  Quero que o procure e case-se com ele. Eu nada posso te oferecer.

Não me procure e nem a Juan. Já lhe avisei que também não te procure. Isto está assim resolvido.

Adeus!

Hugo.


A grande força do bem - Jorge da Paixão


A grande força do bem
Jorge da Paixão           

Pela estrada da esperança...
Perfumada pela flor...
Meu coração feliz avança...
Num belíssimo esplendor...

Na luz do Sol que revela,
a Natureza em ação...
Expressa a rosa amarela,
o amor em evolução...    

O amor é uma raiz...
No meu peito a crescer...
Meu coração bate feliz....
Quero a Deus agradecer...    

Deus eterno rei do mundo...
Comanda a força do bem...
Com seu amor profundo...
É o nosso juiz também...     

Vivo plantando a paz...
Para a felicidade colher...
Sinto que o amor é capaz...
De todo mal combater...

O caracol e a borboleta. - Hirtis Lazarin

  O caracol e a borboleta. Hirtis Lazarin   O jardim estava festivo e cheirava a flor. Afinal de contas, já era primavera. O carac...