A GRANDE JORNADA - CONTO COLETIVO 2023

FIGURAS DE LINGUAGEM

DISPOSITIVOS LITERÁRIOS

FERRAMENTAS LITERÁRIAS

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

29º CAMPEONATO DE ESCRITA CRIATIVA ON LINE: INSCRIÇÕES ABERTAS


29º CAMPEONATO DE ESCRITA CRIATIVA ON LINE:

INSCRIÇÕES ABERTAS

É A 3 DE DEZEMBRO que se inicia o 29º CAMPEONATO DE ESCRITA CRIATIVA, uma prova semanal, com dez jornadas e em regime 100% online, de produção de texto em prosa.
PREMIAÇÃO: O prêmio para o vencedor é a publicação, sem quaisquer custos, de uma obra da sua autoria - por parte da Chiado Editora (em Portugal).
O júri é composto por Sara Câmara Leme, tradutora, Rui Miguel Mendonça, jornalista e escritor, e Pedro Chagas Freitas, escritor.


INSCRIÇÕES: Para formalizar a inscrição, bastará enviar um e-mail com os dados pessoais para o endereço eletrônico
ao qual se responderá com brevidade para a inscrição ficar totalmente efetivada. E enviará mais informações.

CUSTO: O custo de inscrição é de 35 euros – para todo o Campeonato. Você receberá instrução de como formalizar esse pagamento.

REGULAMENTO
Com a criação deste Campeonato de Escrita Criativa, procura-se fomentar o gosto pela escrita e pelo evoluir linguístico e artístico de todos aqueles que assim o desejarem.
Ao ter uma periodicidade semanal, cria também hábitos e rotinas de escrita que podem ser enraizados e ainda mais desenvolvidos com o correr do tempo.

Regulamento
1. Norma:
1.1. Instalação e finalidade
1.1.1. Pedro Chagas Freitas, como mais um meio para estimular o gosto pela escrita, resolveu criar e lançar o Campeonato de Escrita Criativa.
1.1.2. O Campeonato de Escrita Criativa será disputado em dez (10) jornadas, ao longo de cerca de três (3) meses de prova.
1.1.3. Será disputada uma jornada por semana.
1.2. Modo de funcionamento
1.2.1. Todas as semanas (em dia a definir) será enviado, para todos os inscritos, o desafio escrito da jornada. Este desafio não pode ser partilhado publicamente sob qualquer forma.
1.2.2. Os inscritos terão sete dias para escreverem o texto que lhes é pedido e para o enviarem para o endereço de e-mail campeonato.escrita.criativa@gmail.com;
1.2.3. O júri pontuará cada um dos textos de zero (0) a vinte (20) valores, de acordo com critérios de qualidade (literária e linguística) e originalidade.
1.2.4. As pontuações serão, semanalmente, enviadas, via e-mail, para os concorrentes.
1.2.5. O vencedor do Campeonato de Escrita Criativa será aquele indivíduo (ou equipa) que somar, no final da décima jornada, mais pontos.
1.3. Inscrição 
1.3.1. Podem participar no Campeonato de Escrita Criativa todos aqueles que possuem a capacidade de escrever em língua portuguesa, independentemente da sua nacionalidade ou do país onde se encontrem.
1.3.2. As inscrições podem ser individuais ou por equipas.
1.3.3. O custo de inscrição é de 35 euros – para todo o Campeonato.
1.3.4. Para formalizar a inscrição, bastará enviar um e-mail com os dados pessoais para o endereço electrónico campeonato.escrita.criativa@gmail.com – ao qual se responderá com brevidade para a inscrição ficar totalmente efectivada.
1.4. Natureza dos prémios
1.4.1. O Prémio consiste na publicação, SEM QUAISQUER CUSTOS PARA O AUTOR, de uma obra da sua autoria por parte da Chiado Editora (Portugal).
1.5. Constituição do Júri
1.5.1. O júri será composto por Pedro Chagas Freitas, escritor, Sara Câmara Leme, tradutora, e Rui Miguel Mendonça, jornalista (Sport TV).
1.6. Casos omissos e dúvidas de interpretação
1.6.1. Os casos omissos e as dúvidas de interpretação serão resolvidos por maioria pelos elementos designados pela entidade competente.
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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

O potro manco que virou rei - Dinah R. Amorim


O potro manco que virou rei
Dinah R. Amorim

Mamãe Estrela era rainha do curral,  com tiara e tudo! Respeitada até pelos mais selvagens, precisava deixar um cavalo herdeiro, o que era sua grande preocupação. Necessitava de um vencedor de corridas e saltos, para manter a linhagem, como fora com seu pai e avô.  

Após muitas tentativas, nasce-lhe um macho, de pelo preto e luzidio, mas manco de uma perna. Cresce forte e charmoso, com única dificuldade para  ser futuro rei: capenga.

  Se não puder ser coroado, Mamãe Estrela continuará sem ter para quem transmitir o título, e terá que passar a coroa para um estranho que vença os desafios.  

No entanto havia na região um sábio muito velho que diziam portar uma varinha mágica. Ele era um ancião respeitado, era calado e observador, e com seus poderes já tinha resolvido muitos problemas insolúveis naquela parte do país.

Eis que o ancião decide ajudar.

Quem sabe quando adulto poderá correr, saltar, pular. Iniciou-se então, a difícil tarefa de aprendizagem.

 Apesar de Estrela duvidar dos resultados, ela colaborava no necessário para ter um vencedor na família. Seu filhote talvez continuasse o reinado.  

  Os dias passavam rapidamente, e o pequeno cavalinho corria manquitolando pelas campinas, saltava com dificuldade pequenos obstáculos. E assim, auxiliado pela varinha que portava o velho homem,  tentava salvar o reinado.  Ganhar, finalmente,  a coroa no torneio do reino.

Dias árduos e incessantes de  muito treino se seguiram.

  Até que chegou o tão temido dia da competição. Alguns cavalos de fora, de outros distantes currais, desejavam também aqueles prados verdejantes. Todos alazões de grande porte e muito bem treinados. Seria muito fácil ganhar daquele potrinho manco, cor do Ébano, como o chamavam. Já era tempo de Estrela passar a coroa.

O mago ancião, persistente, acostumado a acreditar e ver acontecerem milagres, apostava em Ébano, e na tradição de Estrela.

  Alinhados na chiringa, Ébano analisava os outros competidores, e não os temia. Dada a largada, todos saíram em disparada. Galopavam e saltavam, até o a linha final.

 Surpreendentemente,  Ébano já acostumado a pular com a melhor perna, nos treinos sucessivos com o ancião, saltava com muita facilidade, o que não acontecia com os outros. Perdia um pouco no galope, mas ganhava na altitude e agilidade. Seu treino eficiente lhe valia pela deficiência. Atingiu logo o ponto de chegada, antes de todos os outros.


  Muito aplaudido, recebeu com honra a tiara da mãe emocionada. O mago, com leve sorriso, sorrateiramente, se retirou para sua caverna!

O COLAR DE ESMERALDAS E O SORVETE! - Dinah Ribeiro de Amorim


O COLAR DE ESMERALDAS E O SORVETE!
Dinah Ribeiro de Amorim

Era um atraente colar de esmeraldas! De um verde tão faiscante que ofuscava qualquer outra joia exposta na vitrine. Chamava atenção de todos os clientes.

  Tanta beleza despertava ciúme e cobiça nas outras peças de valor existentes. Era mesmo  grande atração.

  Sentia-se, no entanto, bastante infeliz. Gostaria de ser livre, voar pelos ares, sentir o vento e a chuva molhar suas valiosas pedras, frequentar outros lugares, abandonar aquela prisão entre vidros onde vivia apoiado sobre quente veludo  azul, sufocado de calor e olhares humanos desejosos.

  Às vezes, um menino curioso, chupando sorvete, com a alegria estampada no rosto, parou para observá-lo. “Ah! Como gostaria de trocar de lugar!”

Ele desejava muito isso, e pensou com tanta força, mas com tanta força que... Numa tarde, uma senhora elegante e rica, entrou na loja e fascinada pela joia que exuberava na vitrine,  tratou de comprá-la imediatamente antes que outro o fizesse. “Para mostrar às amigas”, exclama. “Morrerão de inveja”.

  O colar ficou tão contente que até vibrava! No pescoço dela sentia liberdade. Mudança de vida. Não poderia voar,  mas andaria através dele. Viajou muito, foi a muitos eventos, mas esperava mesmo por um sorvete onde pudesse mergulhar todas as suas pedras.

  Chegou o grande dia. A senhora em  renda  verde, ostentava o lindo colar de esmeraldas. Enquanto fazia a entrada triunfal, os presentes  admiravam seu pescoço. Nunca viram joia tão magnífica!

  Foi oferecido um especial sorvete de creme em taças de prata, após lauto jantar. A senhora inclinou-se para servir-se, mas o fecho do colar se abriu e as pedras rolaram, suavemente, num pequeno voo para dentro da sobremesa.


  Diante da confusão formada o colar foi sumindo, mergulhando prazerosamente naquela  doçura gelada.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

ROBERTÃO - ANA CATARINA SANTANNA MAUES

           NOVA ALUNA NA OFICINA DO ICAL - ANA CATARINA SEJA BEM VINDA!




Robertão
Ana Catarina SantAnna Maues

Manhã de sábado. Dia preguiçoso. A única programação é nada pra fazer, delícia! Saí para comprar meu pãozinho, passei na banca  apanhei  jornal,   mexi com   alguns cachorros que passeavam com seus proprietários.

 Ah! Que dia lindo!

Porém quando dobrei esquina quem ví?  Robertão! Não, não, tudo menos isso! Ele acabaria com meu sábado, Não é a toa que seu nome era Robertão, fala muito, é chato demais.   

Já era!   Viu-me.

   Feliciano, quanto tempo!

   E aí Robertão?

   Maravilha te encontrar. Rapaz,  sabe que ....

Quarenta minutos depois.  Meu Deus! Ele não dá espaço pra eu  ensaiar a despedida. Como pode alguém conseguir falar tanto.

Ao longe reconheci Alfredinho. Será a salvação da pátria. Mas Alfredinho ao ver-nos desviou.  Foi-se a esperança. Mais de uma hora depois, avistei Claudio. Rezei ara que Claudio caminhasse até nós. Minhas preces foram ouvidas.

   Cláudio! Amigo que bom te ver! Este aqui é o Robertão. - disse segurando Claudio pelo braço.

   Olá prazer! - Saudei o desavisado Claudio – Robertão, por que Robertão?

— Tenho que ir! Vou deixar vocês conversando.


  No caminho pensei sorrindo “logo logo saberá orque ele se chama Robertão”.

AMBIGUIDADE! - Dinah Ribeiro de Amorim




AMBIGUIDADE!
Dinah Ribeiro de Amorim

  Maria era casada com João, um homem apaixonado, mas muito ciumento.

  Para distrai-la de seus problemas, constantes interrogatórios, a mãe, aflita, resolveu  presenteá-la com cachorrinha, da raça poodle.

  João mal repara no presente, achando bom que a mulher se divirta dentro de casa. Nem pergunta se é macho ou fêmea!

  Maria, agradecida, dedicava-se totalmente ao animal, levando-o constantemente a banhos, vacinas, etc...  Substituiu com isso, o filho que não tiveram e os ciúmes do marido. É a alegria da casa.

  Um dia, Pituca, amanheceu meio quieta, enjoada, sem a atividade costumeira.

  Assim que o marido saiu para o trabalho, sem dizer nada, Maria   levou-a ao veterinário da esquina. Após um breve exame, pede-lhe para deixar Pituca o dia todo. Queria melhor diagnóstico. Avisaria o momento de buscá-la.

  Maria deixou o telefone e o endereço de casa, para qualquer emergência. Ficou, realmente, preocupada.

  Dr. Paulo, observando bem, viu que seu problema era indigestão. Deu-lhe um remedinho que resolveu a questão. Telefonou para Maria, mas justamente naquele dia, o telefone não funcionou. Escreveu, então, um bilhete, mandando-o à sua casa, com os dizeres: “Dª. Maria, sua cadela,  já resolvi o problema! Pode vir às três horas. Dei-lhe bom trato e garanto sua melhora por muito tempo”!

  João, que havia chegado do trabalho mais cedo, recebe o bilhete do veterinário. Trêmulo e pálido, tem um desmaio!

  

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

CONTOS INACABADOS -JORGE PAIXÃO


O vizinho inoportuno
Jorge  Paixão

A rua onde moro sempre foi muito tranquila, muita paz e união entre
os moradores. Mas certo dia mudou-se para lá uma pessoa que
veio ser meu vizinho. Ele é um senhor careca, banguela e gosta muito
de sorrir, seu nome Herculano Caçapava.

Ele só chega em casa tarde da noite com o farol do carro bem alto e o som naquelas alturas. Senta-se numa mezinha de plástico vermelha e fica enchendo a cara de cerveja acompanhado de outros amigos que aparecem por lá. Não  respeita a lei do silêncio e se alguém reclamar ele aumenta o volume e diz que é para ninar os vizinhos .

Minha vida virou um inferno com esse elemento ao meu lado, para dormir agora tenho que tapar os ouvidos com rochas de cortiça...







Zequinha do Dr. Tadeu
Jorge Paixão

Zequinha filho do Dr. Tadeu, não gosta muito de estudar. É perito em jogar Game na internet. Por conta disso só tira notas baixas na escola.


Outro dia quando chegou em casa, sua mãe dona Epifania, lhe colocou de castigo trancado no  quarto para estudar sozinho. Mas, em vez de estudar ele ficou na janela  olhando e contando as andorinhas que pousavam no fio de telefone da frente da casa. Anotava num caderno e mostrou a sua mãe,  dizendo serem problemas de matemática que ele tinha resolvido. Ela então sorriu feliz e disse a ele que quando seu pai chegasse iria mostrar a resolução de matemática para ele ver que tem um filho aplicado nos estudos.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

FIGURAS DE LINGUAGEM - planilha demonstrativa (algumas)



Figuras de Linguagem 


Figuras de construção
Elipse
Omissão de termos que podem ser subentendidos facilmente.
Exemplo
Quanta perversidade no mundo! (Subentende-se o “há”.)
Zeugma
Variedade de elipse; omissão de termo anteriormente expresso.
Exemplo
O inocente foi, preso; o culpado, solto. (Subentende-se o segundo “foi”.)
Assíndeto
Falta de conjunção entre elementos coordenados.
Exemplo
Estava mudo, pálido, trêmulo, assustado. (Repare que poderia haver um “e” entre os dos últimos termos da frase.)
Pleonasmo
Repetição de ideias (com as mesmas palavras ou não) para realçá-las ou enfatizá-las.
Exemplo
Vi com meus próprios olhos. (Está claro que ninguém pode ver com os olhos alheios.)
Polissíndeto
Repetição do conectivo entre elementos coordenados.
Exemplo
Foi e voltou e correu e pulou e brincou. (A repetição do “e” enfatiza a quantidade de ações enunciadas.)
Hipálage
É atribuir-se a uma palavra o que pertence a outra na mesma frase.
Exemplo
“Em cada olho um grito castanho de ódio”. (Note que, pela lógica, “castanho” se refere a “olho”. A frase é do escritor Dalton Trevisan.)
Hipérbato
É a inversão da ordem natural das palavras numa oração ou das orações num período.
Exemplo
“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas...” (A ordem natural ou direta seria: “As margens plácidas do Ipiranga ouviram...”)
Anáfora
Repetição da(s) mesma(s) palavra(s) no começo de cada um dos termos da oração.
Exemplo
“Este amor que tudo nos toma, este amor que tudo nos dá, este amor que Deus nos inspira, e que um dia nos há de salvar...”
Silepse
Também chamada de concordância ideológica. Faz-se a concordância com a ideia subentendida e não com a palavra expressa. Pode referir-se ao gênero, número ou pessoa.
Exemplos:
Deixei a agitada São Paulo. (Silepse de gênero, a rigor São Paulo é masculino.)

Grande parte dos eleitores estavam longe de aprovar os descaminhos da CPMI. (Silepse de número: a ideia é de plural, embora, a rigor, o sujeito – “Grande parte” – esteja no singular.)

Os que conseguimos pular fora, pulamos. (Silepse de pessoa: a frase deveria ser “Os que conseguiram pular fora, pularam”, mas quem a enuncia se inclui entre os que praticaram as ações expressas pelo verbo).
Ambiguidade
Vício de linguagem onde as palavras da frase que causam duplo sentido de interpretação.
Exemplos
O cachorro do seu irmão não me deixou entrar. (refere-se ao cão, ou está xingando o irmão de cachorro?)
Marina discutiu com o namorado e estragou seu dia. (o dia de Marina ou do namorado?)

Figuras de pensamento

Antítese
É o uso de palavras opostas numa mesma construção.
Exemplo
Às vezes, fazemos o mal, quando queremos fazer o bem.
Paradoxo
Raciocínio aparentemente contraditório, um aparente contra-senso. Todo paradoxo contém, em última análise, uma antítese.
Exemplo
Há muitos ricos que são muito pobres. (No caso, a contradição se daria entre a riqueza material e a pobreza espiritual.)
Ironia
Consiste em se afirmar o posto do que se pretende dizer, com intenção de crítica ou escárnio.
Exemplo
Os políticos brasileiros são tão honestos! (Sem comentários...)
Eufemismo
É a suavização de uma ideia desagradável ou agressiva.
Exemplo
O senhor está faltando com a verdade (ou seja, com todas as letras, está mentindo).
Alusão
Referência a um fato, um trecho, ou personagem conhecido.
Exemplo
“Andei sobre as águas, como São Pedro” (verso de Paulo Vanzolini).
Preterição
Fingir não afirmar aquilo que se está afirmando.
Exemplo
Nem vou mencionar o excessivo esforço que me causa ouvir a sua argumentação. (Ora, o excessivo esforço foi literalmente mencionado.)
Gradação
Expressão progressiva do pensamento, numa ordem que parte da menor para a maior intensidade.
Exemplo
Caminhou apressado, correu, disparou pela rua.


AS MENINAS DA CASA VERDE! - Dinah Ribeiro de Amorim

  AS MENINAS DA CASA VERDE! Dinah Ribeiro de Amorim   José Arouche de Toledo Rendon foi uma das principais figuras do início do impéri...