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quarta-feira, 13 de abril de 2022

ICAL - HIRTIS LAZARIN NA BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO

ERA O ANO DE 2012

O ICAL NA BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO


Destaque Nacional entrevista a escritora Hirtis Lazarin na Bienal

Durante o lançamento do livros infantis na Bienal, a Hirtis Lazarin foi entrevistada Destaque Nacional. 

Veja a entrevista e sinta a emoção da escritora ao falar de seus livros, e do ICAL. 

Parabéns Hirts! Parabéns a todas! 

Agradecemos a nossa amiga, escritora Hirtis Lazarin.

Agradecemos ao Destaque Nacional, e ao simpático repórter Edgar Santos pelo bom trabalho.

Adamastor, o gigante - Alberto Landi

 


Adamastor, o gigante

Alberto Landi

 

Adamastor é um mítico gigante, baseado na mitologia Greco-romana, citado por Camões em os Lusíadas.

Representava as forças da natureza contra Vasco da Gama sob a forma de uma tempestade, ameaçando a ruína daquele que tentasse dobrar o cabo da Boa Esperança e entrasse ao Oceano Índico, que eram os domínios desse gigante.

Ele afundava naus, cuja figura se desfazia em lágrimas, que representava as águas salgadas que banhavam as confluências dos oceanos Atlântico e Índico.

Era uma oposição dele à audácia dos navegadores portugueses. Porém, ele tinha uma fraqueza, um amor impossível, mostrando que até o mais poderoso se padece dessa doença benigna, que é o amor.

Os navegadores e marinheiros aprenderam a recusar esses mitos e chegaram a esse Cabo, conhecido pela impossibilidade de se navegar, o que propiciaria abrir às portas da Índia.

Esses mares serviram muitas vezes de sepultura à embarcações e a gentes carregadas de riquezas e de desilusões, como que comprovando as profecias de Adamastor.

Há uma citação interessante de Bocage:

“Bem te vingaste em nós do destemido Vasco da Gama!

Pelos nossos desastres és famoso!

Maldito Adamastor! Maldita fama!”

Representa a figura mítica que Camões criou para simbolizar a passagem para as Índias. Hábeis marinheiros conduzidos por Bartolomeu Dias, em 1488 esse gigante deixou de ser assustador.

Há uma estátua do gigante Adamastor em Lisboa, no miradouro de Santa Catarina, com vista privilegiada para o Tejo, e é hoje a melhor companhia para ver o crepúsculo desde esse miradouro!

 

Fontes; anotações pessoais, leitura de Os Lusíadas e alguns sites.

CARAMELOS DELICIOSOS - Helio Fernando Salema

 




CARAMELOS DELICIOSOS

Helio Fernando Salema

 

Saí da pizzaria, caminhava para tomar o metrô. Meu desejo era ir para casa, ouvir música e dormir. Mas surgiram na minha frente duas amigas. Foi um ótimo encontro.

Só não imaginava a mudança que iria ocorrer.

Ficamos contentes, pois há muito tempo que não nos víamos. Lembramos que a última vez foi numa festa organizada por uma delas, a Sara. Que fez questão de ressaltar a minha participação naquele evento.

Realmente, colaborei com sugestões, ajudei nas compras e na arrumação, que ela insistia chamar de decoração.

Nesse instante aparece a ”figurinha” conhecida como SHIELA, mas no registro Shirlei Elena.

Já chegou intrometendo-se:

— Vocês vão no niver da Margarida? Lógico que vão né?

— Não! Estamos indo para a casa da Marisa. Respondeu Sara.

— Quem? Eu não conheço!

Luciana completou:

— Colega nossa de trabalho.

— Posso ir também?

Sabendo que não haveria outra alternativa, Sara se adiantou:

— Vamos logo, é aqui perto, no outro quarteirão.

Avisei que não iria. Luciana com aquela postura de mandona, que possuía, olhou para mim e ordenou:

— Vamos!

Usei todo o meu talento e argumentos:

— Claro que não! Não conheço a dita cuja. Não fui convidado. Não tenho vocação para penetra. Ainda mais, não tenho presente para a aniversariante. Acabei de saborear e me empanturrar de pizza. Trabalhei que nem um burro velho, transportando carga pesada.

 

Inclinei-me em direção a Sara para dar os beijinhos de despedida. Luciana me agarrou pelo braço e ordenou:

— Vamos! Não é hora de despedida.

Assim, com apoio da Sara, Luciana foi me puxando pelos braços. Literalmente arrastado por duas mulheres, sem nenhum homem por perto para me socorrer. Somente atrás de mim Shiela, convidando-se:

— Então eu vou com vocês.

Luciana e Sara se mantiveram caladas como se estivessem dando recado para a penetra audaciosa.

Na entrada do prédio, o porteiro que conversava com outras senhoras, arregalou os olhos. Perguntou se precisávamos de ajuda. Imaginei minha cara, era de alguém passando muito mal. Elas que, certamente, eram frequentadoras do prédio, ele as conhecia de longa data. Elas então, apressaram-se em dizer que não havia necessidade.

Por um instante, pensei em fingir que estava mesmo passando mal e assim escapar. Certamente, não daria certo. Perderia de 3 x 1.

Aceitei a derrota. Fomos para outro jogo. Num campo que não conhecia e em desvantagem numérica.

Ao chegarmos fomos recebidos com muita alegria pela aniversariante, Marisa. Também pela meia dúzia de mulheres que ali estavam, ou seja, a maioria numérica era feminina.

Antecipei-me para desculpar e explicar por não ter levado presente. A aniversariante, muito simpática, disse que a nossa presença era o melhor presente. Que eu era muito importante para que não parecesse o Clube das Luluzinhas.

Shiela, como não deixava passar em branco:

— Também se ele trouxesse, pão duro do jeito que é, seria a famosa ”lembrancinha”.

Houve uma explosão de risos, o que me deixou ainda mais envergonhado. No pensamento eu enviei Shiela para vários lugares conhecidíssimos, inclusive para a ponte que caiu.

Luciana explicou que Marisa tinha prazer em receber pessoas. Ela é que nos presenteava com seus maravilhosos doces. Minhas três amigas fizeram questão de me levar até o recanto das formigas.

Meus olhos fitavam e minha boca transbordava de saliva “Meus preferidos caramelos havia, percebi assim que os vi sobre a mesa, uma verdadeira adoração. ”

Minhas amigas, unidas como, três “moscas inteiras”, me acompanharam na maravilhosa batalha de provar todo aquele arsenal. Cada doce era seguido de comentários exaltados de Shiela:

— Nossa, que delícia! …Nunca provei coisa igual! … Não dá mesmo vontade de parar. Não é?

Em silêncio e concentrado nos caramelos, ignorei o palavreado de Shiela.

Para a Marisa, que estava ao meu lado, expliquei o meu encanto por caramelos. À medida que os saboreava fazia sinceros elogios.

Pela expressão da aniversariante, fiquei tranquilo. Vi que ela demonstrava satisfação pela  minha aprovação e elogios, recebia-os como meu presente.

 

Santa Maria di Leuca - Alberto Landi

 



Santa Maria di Leuca

Alberto Landi

 

Santa Maria di Leuca, é uma pequenina cidade, provida de muitas lendas, muita natureza, mar e sol, e outras belezas.

Situada na província de Lecce, entre os mares Adriático e Jônico, bem no extremo do calcanhar da bota, na região de Puglia. Seu nome deriva do grego, Leukos, que significa iluminado pelo sol.

Há uma lenda muito interessante, que dizem, que no extremo da península de Salento vivia uma linda mulher, com delicada pele branca como porcelana, olhos azuis como o mar e cabelos dourados como trigo, seu nome, Tálassa.

O seu canto chamava a atenção, até que um dia, um pastor chamado Menelau, passando com seu rebanho, foi atraído pela sua voz suave e delicada.

Tentou seduzi-lo, mas foi em vão, ele já estava comprometido com uma mulher da aristocracia de Lecce, de nome Ilítia.

Furiosa diante da recusa, Tálassa jurou vingança.

Com o decorrer do tempo, ela percebeu que o casal gostava de caminhar ao longo da costa, evocou os deuses, para que uma grande tempestade desabasse, deixando os céus cinza, o mar revolto e ventos ferozes.

Caíram no mar, e morreram.

Minerva, a deusa, vendo esta cena do Olimpo, sentiu muita pena do casal e resolveu petrificar os corpos, para eternizá-los. Para isso criou dois promontórios, entre os dois mares.

Assim, eles puderam manter o amor, porém, sem poder se tocar.

Com muito remorso, Tálassa, perdeu sua linda voz e por fim se suicidou.

Dizem que ela se transformou em rochas brancas que ficam entre dois cabos. Essa é uma das lendas muito comentadas nessa região.

O lugar mais interessante e com um visual de tirar o fôlego, é da Basílica, situada ao lado do farol, onde há um templo dedicado à Minerva, e para os cristãos simbolizam o portal para o paraíso. Deste ponto se avista os mares Adriático e Jônico, com suas águas cristalinas e o céu azul, parece uma pintura feita por um grande artista.

Descendo para a marina, há escadarias, são 284 degraus para descer e outros tantos para subir.

É um pedaço da Itália sensacional!


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