A GRANDE JORNADA - CONTO COLETIVO 2023

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sábado, 3 de fevereiro de 2018

CONCURSOS LITERÁRIOS EM ABERTO - FEVEREIRO 2018


CONCURSOS LITERÁRIOS 2018


Prêmio SESC de Literatura (#Brasil)
Inscrições até 16.02.2018 -
Informações:
a) Voltado a autores residentes no Brasil
b) Livros Inéditos - Romances / Contos
c) Inscrição pela internet (conforme o Regulamento)

Premiação:
I) Publicação

Prazo para inscrição: 16 de fevereiro de 2018

Organização:
SESC – Serviço Social do Comércio
Editora Record

Contato - Mais informações e Dúvidas:
literatura@sesc.com.br

Regulamento:
http://www.sesc.com.br/portal/site/premiosesc/Edital/

http://www.sesc.com.br/premiosesc/edital/edital2018.pdf

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 Prêmios Literários Cidade de Manaus (#Brasil)
Inscrições até 28 de fevereiro de 2018
Informações:
a) Voltado a autores do Brasil
b) Livros inéditos - diversos gêneros

Premiação:
I) Prêmio em dinheiro

Prazo: 28 de fevereiro de 2018


Organização:
Prefeitura de Manaus
Conselho Municipal de Cultura

Contato - Mais informações e Dúvidas:
http://concultura.manaus.am.gov.br/fale-conosco


Regulamento:
Edital Geral - http://dom.manaus.am.gov.br/pdf/2013/novembro/DOM%203289%2008.11.2013%20CAD%201.pdf/view

Regras Específicas - http://dom.manaus.am.gov.br/pdf/2017/outubro/DOM%204231%2020.10.2017%20CAD%201.pdf (página 56)

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VI Prêmio Hermilo Borba Filho (#PE)
Inscrições até 09 de março de 2018

Informações:
a) Restrito a residentes em Pernambuco
b) Livros Inéditos - Contos, Poemas e Romances
c) Inscrição pela internet (conforme o Regulamento)

Premiação:
I) Publicação
II) Prêmio em dinheiro

Prazo: 09 de março de 2018


Organização:
Governo do Estado de Pernambuco
Secretaria de Cultura – Secult-PE

Contato e Dúvidas:
premiohermilo@gmail.com

Regulamento:
http://www.cultura.pe.gov.br/editais/vi-premio-hermilo-borba-filho-de-literatura/

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Prémio Nacional de Poesia Actor Mário Viegas (#Portugal)
Inscrições até 10 de abril de 2018

Informações:
a) Livros Inéditos - Poesias

Premiação:
I) Prêmio em dinheiro
II) Publicação

Prazo: 10 de abril de 2018


Organização:
Centro Cultural Regional de Santarém

Contato e Dúvidas:
centro.cultural.regional.santarem@gmail.com

Regulamento:
http://ccr-santarem.pt/2017/07/03/premio-nacional-poesia-mario-viegas/

http://ccr-santarem.pt/wp-content/uploads/2017/07/Regulamento-1.pdf

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FONTE: http://concursos-literarios.blogspot.com.br/

O portal misterioso - Henrique Schnaider

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O portal misterioso
Henrique Schnaider

Lucio morava em New York, a vida nesta cidade é uma loucura, as pessoas vivem as maluquices de uma cidade grande, vivem estressadas, ele não era diferente, estava muito cansado.

Resolveu tirar férias, comprou passagem para o Brasil, tinha muitos parentes residentes aqui, nascera brasileiro, mas logo cedo seus pais imigraram para América, ele sentia-se mais, norte americano.

Às vezes a saudade apertava, queria seguir para Amazônia e viver as maravilhas da terra natal.

Lucio, então, seguiu viagem para Manaus, de onde faria em um longo passeio pelo rio Amazonas.

 Manaus tinha um calor insuportável, úmido, Lucio tratou de ir se adaptando ao clima que não estava acostumado.

Depois de uma semana na capital divertindo-se com vários tours pela cidade, apreciando as delicias dos pratos da terra, visita ao teatro Amazonas e outros locais característicos, com emoção embarcou na viagem pelo rio Amazonas.

Os navios são chamados de Gaiola, onde as pessoas se acomodam em redes de dormir, assim foram para a sua primeira parada na aldeia dos índios Chavantes.

Foram recebidos com muita festa pelos índios, pessoas simples porem muito hospitaleiras, logo todos os elementos da tribo estavam ao ritmo das danças tradicionais, um som muito envolvente, Lucio entrou na dança, entre homens e mulheres num ritmo frenético, bebendo um liquido chamado Santo Daime.

Depois ingeriu a bebida, entrou num transe, perdeu completamente a noção de tempo e espaço, lembrava que viu uma garrafa a beira do rio, abriu, leu uma mensagem que lhe indicava um caminho, pelo qual seguiu, até ficar em frente a um portal, que sem temor ultrapassou, viu que estava em outro lugar, parecia um mundo fora daqui da terra.

Os seres, totalmente estranhos, pareciam humanos, mas havia diferenças, já que estas pessoas eram muito bonitas, verdadeiros deuses gregos.  Havia uma mulher entre eles, fez sinal para que a seguisse, foi o que fez, montaram em um animal semelhante a um cavalo e saíram rapidamente dali ela fez sinal de perigo, estavam sendo perseguidos por monstros horríveis com muitos olhos, bocas faiscantes, soltando labaredas, bocarras imensas, dentes salientes, gigantescos, parecia que Lucio, chegara ao inferno de Dante.

Lucio estava apavorado, mas de repente simplesmente, para encanto do rapaz voaram suavemente, escapando daqueles seres horríveis, pousaram num lugar paradisíaco, logo chamou de Changrilá. Para sua surpresa, Loi Loi, conseguia conversar com ele através da mente. Disse-lhe que ele era o primeiro ser que conseguira sair vivo depois de atravessar o portal, por coincidência ela estava passando no local e conseguiu salva-lo, mas tinha uma revelação a fazer, ele não poderia novamente atravessar o portal e voltar para sua terra.


Completamente enamorado por Loi Loi, o rapaz lhe disse, gostaria muito de ficar com ela para sempre, e acabou por ser correspondido, a felicidade reinou naquele lugar maravilhoso.

DESTINOS CRUZADOS - Henrique Schnaider


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DESTINOS CRUZADOS
Henrique Schnaider

Álvaro era aquele tipo de pessoa de difícil relacionamento, tinha poucos amigos, era solitário e quase todos os dias saia para um longo passeio na praia, sempre ia acompanhado da cachorrinha Teca.

Neste dia de um céu enfarruscado, lá foi ele pela praia, com Teca correndo na frente toda lampeira. Ele caminhava vagarosamente com a água banhando os pés.

De repente vê que teca havia achado algo, o rapaz apressou-se para ver do que se tratava. Era uma garrafa.

Curioso, ele a pegou. Pelo seu estado demonstrava ter passado longo tempo no mar, olhou no interior um papel com coisas escritas.

Estava muito bem vedada.

Assim que conseguiu abri-la, ansioso desdobrou o papel, era uma mensagem de amor imaginário com alguém que a missivista não conhecia, mas idealizava que a pessoa que encontrasse o bilhete, seria o amor de sua vida.

A carta era detalhada, dava hora e local de onde seria o encontro e de como ela estaria vestida, o local ele conhecia e não era muito longe dali.

Álvaro ficou impressionado com a coincidência, já que depois de tanto tempo no mar, estava marcando um encontro com uma data que seria dali vinte dias, não pensou duas vezes, iria naquele encontro.

Ao sair à porta de casa, viu a vizinha que nem sequer sabia o nome. Notou como era atraente, acenou para ela. Ele nunca vira ninguém na casa, imaginou que ela fosse também solitária como ele.

De repente viu-se angustiado com os pensamentos voltados àquele encontro, o dia marcado se aproximava. Quanto mais próxima a data, mais desesperado ficava achando que estava ficando louco, por acreditar numa mensagem vinda do mar, dentro de uma garrafa.

Finalmente chegou o dia mais esperado de sua vida, e ao mesmo tempo numa tremenda angústia, pois se achava um perfeito idiota por acreditar no que estava por fazer.

Dirigiu-se ao local sem disfarçar o nervosismo, os detalhes do local eram muito claros, hora marcada, disse como estaria vestida.

Pontualmente, Álvaro chega ao local do encontro. E para sua surpresa, lá está sua vizinha. Fica um pouco desorientado, mas não havia dúvidas, era ela! Só podia ser, estava exatamente no local marcado, vestida de acordo como descreveu na carta.


Ele se aproxima a cumprimenta, ambos demonstravam uma satisfação e surpresa. Perguntou seu nome. Perola, ela disse. Conversaram com muitas horas e o rapaz teve a certeza que nunca mais andaria solitário naquela praia.

O MURO ENCANTADO! - Dinah Ribeiro de Amorim


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O MURO ENCANTADO!
Dinah Ribeiro de Amorim


Marizinha, de seis anos, amava brincar no quintal de sua vovó, com muitas plantas, árvores, bichinhos e um muro de tijolos cheio de buracos velhos, causados pelas chuvas. Assim passava suas tardes, imaginando histórias encantadas, no mundo feliz da infância. Escondia brinquedos usados, doces, pedaços de queijo, nas fendas do muro , para seu grande amiguinho, Riri..., uma mistura de corpo de boneco, cabeça de rato e rabo de gato. Acreditava ser o morador local.

Riri aparecia de vez em quando, sorria muito, acenava-lhe com sua mãozinha, pegava as prendas e saia correndo.

Numa tarde ensolarada, quando a menina ia lhe depositar um doce, Riri aparece e a convida para entrar. Marizinha, espantada, Pensa como entrar num buraco, dentro do muro? Riri, sorrindo, estende-lhe a mão e, puxando-a, o buraco aumenta, surgindo um corredor imenso, fazendo-a percorrer com grande curiosidade. Que teria no final!

Uma grande porta se abre e a menina e seu companheiro penetram num ambiente estranho, com móveis grandes e janelas enormes. Espiam lá fora e Marizinha vê uma cidade cheia de homens altos, vestidos de verde, parecendo outro mundo! Locomovem-se com passos pesados e largos e, para grandes distâncias, possuem asas. Seriam anjos, pensa ela.

Havia visto muitas gravuras com desenhos de anjos e sabia que tinham asas. Homens, vestidos de verde, era a primeira vez. Empurra Riri para abrirem a janela e pularem para conhecê-los. O amiguinho, amedrontado, recua. Segreda em seu ouvido que poderiam não ser muito amistosos.

“Por quê?” Pergunta a menina. Riri aponta-lhe um galpão enorme, de telhado vermelho, com janelas fechadas, de grande chaminé, pelo qual jogam, de vez em quando, alguma coisa.

Observam melhor e avistam serem jogados alguns seres pequenos, semelhantes a Riri, que talvez lhes sirvam de alimentação. Marizinha compreende o temor do amigo e o porque de tê-la chamado. Talvez fosse um pedido de ajuda.

Sentam-se debaixo da janela e começam a arquitetar um plano! O que fazer diante de inimigos tão altos, fortes e poderosos. Riri, tão pequeno e, ela, uma menina ainda! Se fosse adulta e grande como seu pai, talvez resolvesse alguma coisa. Pensando no pai, lembra de sua caixa de ferramentas. Possuía pregos, martelos e uma chave estranha, comprida, que abria e fechava todo tipo de fechadura. Bastava torcer ou distorcer os parafusos que as seguravam.

Pede a Riri que a leve de volta ao quintal. Corre até a casa da vovó e procura a caixa de ferramentas do avô. Esta, surpreendida, já pensando em alguma outra invenção da menina, recomenda-lhe Cuidado! O avô tinha apego às suas coisas.

Marizinha volta ao buraco, chama Riri que a introduz novamente no corredor, chegando até o ambiente estranho. Sentam-se no chão e observam a movimentação daqueles seres descomunais. Precisavam estudá-los para organizarem um modo de salvar os pequeninos, presos no galpão.

Percebem que voam em bandos, para algum lugar distante, demorando para voltar e, quando voltam, trazem com eles, pendurados, vários bichinhos, semelhantes a Riri, jogando-os pela chaminé. Talvez servissem de alimentação. Precisavam descobrir um jeito de impedi-los nessa tarefa e abrir janelas ou portas do galpão.

Marizinha abre a caixa de ferramentas e descobre uma grande tesoura, usada por vovô para cortar grama. Tem uma idéia! Esses homens verdes devem ter horas de sono. Vamos esperar que durmam e, silenciosamente, cortar suas asas. Estão usando-as para o mal! Não são anjos! Sem asas, não poderiam voar. Acabariam seus movimentos.

Esperam algum tempo e, quando eles voltam cansados, deitam no chão e adormecem profundamente. A menina e Riri, com grande esforço, levantam o vidro da janela e escapam para o mundo lá fora, fazendo escorregar primeiro, o tesourão. Ufa! Que esforço! Quase caem os dois, temendo fazer barulho.

Como todo grandão é pesado, teriam que fazer grande barulho para acordá-los, pois o sono também é pesado.

Vagarosamente, vão cortando as asas dobradas, uma por uma, delicadamente, impedindo-as de abrirem. Voltam correndo e escondem-se no corredor, quando um deles se mexe, tornando a adormecer.

Riri lembra Marizinha que precisariam abrir o galpão. Voltam, amedrontados, com a chave de fenda na mão, indo pé ante pé até a entrada do galpão. Não existe uma porta! Só janelas fechadas e a chaminé. E agora! Como fariam?

Marizinha suspende Riri com os braços, ajudando-o a abrir o vidro da janela, quebrando-o com um furo. O barulho acorda todo mundo! Os prisioneiros de dentro e os gigantes de fora. Começa uma correria infernal. Os Ririzinhos escapam e vêm em direção à janela do ambiente estranho, guiados por Riri. Os gigantes, atordoados, tentam se levantar para apanhá-los, mas não conseguem. Com as asas quebradas, mal conseguem se mover. São pesados demais!

Marizinha e Riri ajudam seus amiguinhos a fugirem pelo corredor, chegando até o buraco do muro que, de repente, diminui de tamanho, aparecendo novamente o quintal.

Felizes e salvos, o muro permanece com novos habitantes, para alegria da menina que fecha a grande porta antes de fugir, voltando, cansada e emocionada para conhecer seus futuros amiguinhos.

Preocupa-se, agora, em aumentar o número de prendas, docinhos e queijos, atraindo vovó para observar suas brincadeiras, que exclama rindo: “Marizinha, é tudo imaginação! Vovô precisa, um dia, tampar todos os buracos do muro!”

A menina, assustada, responde: “Não, vovó, vai matar meus amiguinhos! Espero que esse dia nunca chegue!”   




A GARRAFA NA PRAIA - Isabel Conde

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A GARRAFA NA PRAIA
Isabel Conde

O jovem estava bastante pensativo naquele dia e resolveu caminhar na praia.
Cabisbaixo, experimentando a brisa que vinha do mar, com os pés descalços a dar leves batidas sobre a combinação de água rasinha e a areia fina, apenas observando a impermanência sob seus pés.

Depois de algum tempo e sem nenhum ânimo, decidiu parar e sentar-se para olhar observar o milagre que era aquela imensidão de água diante de seus olhos. Assim que fixou o olhar nas primeiras ondas, viu uma garrafa de vidro verde escuro, com uma espécie de rolha, que parecia estar já bem desgastada.

Curioso, moveu-se rapidamente para apanhá-la. Claro que devia ser uma mensagem e percebeu que já estava quase animado de novo, só por se sentir presenciando aquele acontecimento.

 Fez várias suposições sobre o que seria a mensagem! Quem sabe uma carta de amor. Ou talvez, um pedido de socorro! Nossa! Aquilo seria incrível, parecia até que já tinha vivido isso, ainda que fosse através de uma cena de filme!

Tinha que abrir depressa para saber, finalmente, o que continha!

Mas, pensou, e se fosse algo ruim? Que o fizesse ficar ainda pior do que já estava?

Era visível que continha uma mensagem em seu interior e alem disso, parecia estar bem conservada. Ficou muito tempo olhando aquela garrafa e pensando o que fazer, enquanto os pensamentos ruins já lhe voltavam à cabeça.

Chegou a pensar em devolvê-la ao mar. Seus pensamentos já estavam tomados de tristeza novamente e imaginou como seria jogar-se junto com a garrafa, ao mar. Para sempre!
Uma gaivota passou grasnando, chamando sua atenção e fazendo com que saísse de tão negativos pensamentos. Resolveu que seria melhor abrir a garrafa de uma vez e assim, mataria logo a curiosidade. Certamente se sentiria melhor, até pelo simples fato de decidir finalmente o que fazer.

A tampa estava muito apertada e difícil de retirar, deve ter ficado muito tempo em alto mar. Mas não tinha importância, afinal ele já se sentia bem o suficiente para procurar algum instrumento que pudesse ajudar a abri-la já que não queria simplesmente quebrá-la em uma pedra qualquer. Tinha criado uma espécie de afeição por aquele objeto, resolveu levá-la para casa a fim de fazer isso lá.

Já era praticamente outra pessoa! Tinha reparado na alegria de observar as coisas pequenas enquanto ia para casa com aquela garrafa e o que o tinha deixado tão triste e deprimido antes, agora já não se comparava com a alegria de ter encontrado com sua família que o recebera com tanto carinho, o que na verdade era muito comum, ele é que nunca observava. Deu um abraço forte e demorado em todos, que retribuíram instantaneamente.


Era então o momento de conhecer seu conteúdo, de abri-la com cuidado. Retirou o papel que estava em seu interior e que trazia a seguinte mensagem: “NÃO EXISTE CAMINHO PARA A FELICIDADE. A FELICIDADE É O CAMINHO.” –  Buddha

A ESCADA – Superstição - Isabel Conde


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A ESCADA  – Superstição
Isabel Conde

Era extremamente, supersticioso, , nunca passava por baixo de uma escada. Nunca mesmo! Nem que tivesse que atravessar de uma calcada para outra, ou até que tivesse que passar por constrangimentos.
Para você ter uma ideia, havia uma casa sendo reformada, no trajeto que ele fazia todos os dias. A reforma já demorava meses, parecia que aquela escada na calçada não sairia de lá nunca, sempre atravessava a rua.
Porém, naquele dia estava muito atrasado e, resolveu que passaria por baixo da escada, acontecesse o que acontecesse!
Respirou fundo, e foi em frente. O pavor seguia junto com ele, sufocava-o a medida que se aproximava da escada. No momento em que se encontrava a dois passos da escada, com o coração aos pulos, ofegante, parou, puxou a respiração mais profundamente e, passou!
Do outro lado percebeu que sobrevivera.

Olhou para trás e observou imediatamente que poderia também passar por outras, consideradas, dificuldades de sua vida.

O Rafinha - Isabel Conde



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O Rafinha
Isabel Conde

A criança estava atônita com o brinquedo. Mal podia esperar para descer do carrinho e começar a diversão. Os pais não estavam entendendo muito bem, pois a ideia era a de chegarem e irem até a praça de diversões do shopping para que o filhinho pudesse se divertir.
Entretanto, o Rafinha estava inquieto e queria descer de qualquer jeito, ali mesmo. E continuava insistindo com os pais.
Ao verem a euforia e a aflição do garoto para descer do carrinho, resolveram soltar os cintos e colocá-lo no chão.
Foi aí que perceberam que ele tinha avistado o que ele mais gostava desde sempre, quando chegavam lá.

Ele foi logo brincar de andar ao contrário na escada rolante.

O Natal dos Sonhos - Morgana Cruz

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O Natal dos Sonhos
Morgana Cruz


Em uma pequena cidade ao sul da capital todos se preparavam para a chegada do Natal.

 As lojas eram pequenas não tinham grandes liquidações, nem muitas opções. Por isso os moradores reutilizavam os enfeites natalinos do ano anterior com muita criatividade, ou faziam novos enfeites com materiais reciclados. Os Panetones artesanais eram deliciosos preparados por Cristina, Yara, Mocinha e Santinha, de tão macios eles derretiam na boca e eram distribuídos para cada família.

A Biblioteca da cidade se transformava na casa do Papai Noel, onde na noite do Natal todas as crianças podiam pegar seus presentes. Presentes que durante o ano os pais e amigos se reuniam para fazer ou produzir os pedidos. Na maioria das vezes os pedidos das crianças eram Paz Saúde e   muito Amor para sua família, amigos, e todos do planeta terra.

Na noite do Natal todos se reuniam na praça em frente a biblioteca e realizavam um encontro ecumênico com cantos hinos e orações. Apesar das diferenças de crenças todos concordavam que o grande encontro era para comemorar o Aniversario de um homem muito especial em nossas vidas JESUS!!!!!




Tempo de Natal - Isabel Conde


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Tempo de Natal
Isabel Conde


Passávamos o ano inteiro esperando. Era demorado que só. Era tão demorado que as coisas pareciam só elas mesmas. Nada mais.

Mas quando você estava por vir, tudo se transformava. Aquele burburinho entre todos! As pequenas correrias, que sempre tinham estado lá, davam uma sensação de harmonia na confusão alegre. Tinha um ar amoroso no ar, todos os dias.

Agora, nos dias que antecediam sua estada, tinha uma espécie de magia!

Casca de noz virava balde pra puxar água do pocinho que o pai ajudava a fazer!

Pedaço de espelho quebrado virava aguinha debaixo da ponte de palito de sorvete, pros reis passarem.

Pedaço de galho seco virava árvore com neve de algodão nos tronquinhos.

Tinha uma estrela brilhando noite e dia, naqueles dias, na vida da criançada.
Quando chegava o Tempo de Nata!

FELIZ NATAL!!!

Dezembro/2017

Quem era ela? - Hirtis Lazarin

  Quem era ela? Hirtis Lazarin     A rua já estava quase deserta. Já se ouvia o cri-cri-lar dos grilos. A lua iluminava só um tantin...