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segunda-feira, 27 de março de 2017

A vizinha misteriosa - Christianne Vieira


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A vizinha misteriosa
Christianne Vieira


Mariluce era uma mulher linda sempre estava bem vestida. Era a sensação do seu quarteirão. Todas as vizinhas, a admiravam, a invejavam e gostariam de ser como ela.

O que ninguém sabia,era a razão de tanto glamour. Atrás da  máscara de altivez e elegância, existiam muitos mistérios.

Ela  vinha desfilando pela rua, parecia flutuar. Usava óculos escuros, e o queixo empinado.

D.Eugenia sua vizinha, atenta ao vê-la passar, correu logo para o parapeito da janela. Perguntou se ela sabia que Lucky, o cachorrinho da Marli,  que desaparecera.

Mariluce correu rapidinho e fechou o portão para não ter que responder  a vizinha. Elas moravam em uma rua bem tranquila, de um bairro calmo, todos se conheciam e cuidavam da vida alheia.

Artur, neto de Dona Eugenia, estava vindo pela rua e presenciou o acontecido. Para ele nada tinha importância, mas diante de tanta arrogância perguntou para a  avó sobre ela.

Sua avó sabia muito pouco. Que ela se mudara há poucos meses, vivia sozinha, saia todos os dias bem cedo, e retornava no meio da tarde. Suas janelas permaneciam sempre fechadas, e ela mal cumprimentava seus vizinhos.

Realmente, ela sabia muito pouco...

Artur, nada satisfeito, perguntou qual o sobrenome?

Montessanto. Pronto, já poderia buscar informações. Após alguns cliques já havia encontrado algumas notícias. Talvez, até a razão  dela ser tão metida.

Na sua pesquisa descobriu que Mariluce havia trabalhado como cuidadora de um rico empresário, e ele havia morrido envenenado. Sua fortuna havia desaparecido, e ela era a principal suspeita do crime, que estava sendo investigado. Segundo a reportagem, estavam a sua procura.

Ao saber da novidade Dona Eugenia não  se surpreendeu, imaginara que aquela vizinha escondia algum mistério. Se ela fosse a culpada, poderia estar correndo perigo ao viver ao lado de uma assassina.

A partir desse dia ela só pensava no crime. Imaginava um velhinho indefeso contorcendo de dor ao morrer.

Decidiu que ficaria de olho nela. Para sua surpresa no dia seguinte, ela viu um carro estacionando e desceram três homens de terno preto. Minutos depois, eles saíram da casa da Mariluce, e ela os acompanhava. Sairam apressados, entraram no carro, e partiram.

Vários dias passaram e nada de Mariluce, nem sinal dela. Depois de dez dias, uma senhora, abriu a sua porta e logo em seguida um caminhão de mudança estacionou. Empacotaram todos seus pertences, e em algumas horas a casa estava desabitada.

Dona Eugenia queria saber o que acontecera? Passado um mês, ela estava assistindo a televisão, e para a sua surpresa Mariluce apareceu, estava presa. Haviam encontrado suas contas, em bancos estrangeiros, e já tinham provas  de que ela tinha praticado o crime.


Mais tarde descobriram que Artur a teria denunciado temendo pela segurança de sua avó.

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