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quarta-feira, 22 de agosto de 2018

UM ANJO DO CÉU = Henrique Schnaider



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UM ANJO DO CÉU
Henrique Schnaider

As mãos, são parte importante do corpo, servem para acenar, para se comunicar, para a linguagem das Libras. Para os cegos, a visão, já que sem elas não poderiam ver através método braile. As mãos servem também para agredir, para matar empunhando todos os tipos de armas, apertando botões para lançar mísseis, e bombas.  

Servem também para a comunicação através da escrita que pode nos brindar com as mais lindas poesias, artigos dos mais perniciosos, enganando as massas assim como Hitler o fez com sua máquina de propaganda, regida por Paul Joseph Goebbels.

Livros maravilhosos que tornaram verdadeiras lendas os seus autores: Ernest Hemingway, Fernando Pessoa, Vitor Hugo, Clarice Lispector, Carlos Drummond de Andrade, Machado de Assis e mais uma infinidade de escritores pelo mundo afora. 

Esta é a história de Leila uma menina que nasceu muda e surda, de pais muito pobres,  o ditado já diz, que desgraça pouca é bobagem. Pelo pouco conhecimento e ignorância, acharam que Deus lhes havia castigado, com Ele não se discute, a menina foi crescendo num mundo a parte, do silêncio, onde só havia para ela os pais.

Como diz o velho ditado, sempre existe o dia que temos que pegar o trem da sorte, se o perdermos, talvez ele não passe nunca mais, Um dia Leila, com oito anos de idade, os pais da menina, estavam sentados num jardim de um parque, quando uma senhora parou em frente a garota e brinca com ela.

— “Oi como vai? Tudo bem? como é seu nome? a menina olhou para ela, nada respondeu, apenas sorriu. A senhora, disse, “meu nome é Julia”? E dirigindo-se aos pais. “Ela não fala?”.

— “Minha senhora ela se chama Leila, é surda e muda não temos recursos para um tratamento”.

Julia falou,

— Que coincidência! Sou diretora de uma escola para surdos e mudos. Vou lhes dar o endereço, gostaria que a levassem amanhã de manhã, vou ajudar no que for possível”.

Na manhã seguinte os pais de Leila, foram para a escola de Julia, onde foram recebidos pela Diretora que lhes explicou, que estava disposta a dar um curso para Leila, sem custo nenhum, ainda passaria o dia todo lá com direito as refeições.

Vitor e Alzira não cabiam em si de tanta felicidade, achando que Julia tinha sido um anjo que caiu dos céus para ajudar.

O tempo foi passando, Leila descobriu um mundo novo, aprendeu que as mãos eram algo, demasiadamente importante na sua vida, aprendeu a se comunicar com a linguagem das Libras.

Depois de alguns testes médicos, descobriram que Leila usando um aparelho de surdez, conseguiria ouvir, e a felicidade reinou na casa de Vitor e Alzira.

Como seria bom que muitos anjos como Julia, ajudassem os milhares de crianças carentes.

AS MÃOS DE UM ESPECIAL ALGUÉM. - Do Carmo



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AS MÃOS DE UM ESPECIAL ALGUÉM.
Do Carmo

Minha atividade diária é bem rotineira, tanto nas tarefas domésticas como no lazer. No entanto é bastante movimentada.

Como faço parte de vários grupos de senhoras, todas nós, aposentadas, nos dedicamos a vários tipos de utilização de tempo ocioso. Eu, depois da literatura, o qual maior prazer proporciona-me é o trabalho manual em prol de crianças carentes.

Fazemos roupinhas em tricô, em tecidos bordados, montamos enxovais para oferecer às mães necessitadas, e outras mil coisas próprias para a ocasião.
Porém, entre nossas beneméritas fadas, destaca-se uma “Fada de mãos de ouro”, que consegue transformar um pedaço de pano em uma peça de arte.

Quando a conheci, pensei: como essa senhora conseguirá segurar uma tesoura ou uma agulha, tendo os dedos das mãos tão tortos?

Qual foi minha surpresa, ao ver com que com destreza ela manuseava os tecidos, a tesoura e agulha, costurando e bordando com imenso cuidado e carinho.

Sempre muito perfeita na confecção, ágil e expedita, logo ficou também apelidada de Senhora Coelhinha. Suas mãos pareciam duas formiguinhas gigantes, tal a rapidez com que se moviam.

Outra tarde, enquanto fazia meu tricô, recordei o dia em que conheci a Senhora Coelhinha e ponderei o meu mau julgamento de suas mãos.

Infelizmente, hoje em dia, ouvem-se mais comentários de desgraças conseqüentes do mau uso das mãos, do que uma mão amiga estendida para um irmão.





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