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quinta-feira, 25 de abril de 2024

O cãozinho aventureiro - Alberto Landi

  


O cãozinho aventureiro

Alberto Landi

                                     

Era uma vez um cãozinho da raça Shih Tzu, quando ele chegou para Ester parecia uma bolinha, foi um presente de um amigo.

Inicialmente parecia muito preguiçoso e lento, mas desenvolveu bem em poucos meses.

Com o tempo, surpreendeu com sua esperteza, à medida que crescia, comia tranquilo sua ração, sem afobação. Gostava muito de frutas.

Muito sapeca, curioso, traquina, adorava explorar novos lugares.

Certo dia, desapareceu, deixando desesperado a família toda, foi procurado por todos os lados, amigos, parentes e nada de encontrá-lo.

Ele havia se infiltrado na floresta nas cercanias do sítio onde Ester morava. Rex gostava de ficar entre as árvores e fazer amizades com animais diferentes.

Fez com vários deles, mas o que mais gostou foi de um esquilo e um macaco. Este era muito lúdico, falante, disse para Rex:

— A floresta é bela, mas para quem não a conhece pode ser perigosa.

Em seguida veio o esquilo e acrescentou:

— Isso é verdadeiro, ontem quase uma onça-pintada me devorou.

Portanto, não fique na floresta à noite. Por sorte, estava se aproximando uma coruja que, com muita sabedoria, o ajudou a encontrar o caminho de volta para casa.

Quando chegou em casa percebeu que sua aventura foi bem emocionante, mas deu muito valor ao conforto e segurança de seu lar.

Chegou de orelhas caídas, olhos e focinho tristes, pelos sujos.

Você é bem-tratado, não lhe falta alimento, é levado sempre ao veterinário, está sempre bem cheiroso, disse Ester.

Emocionado, deixou cair algumas lágrimas dizendo, sou muito feliz com você e fico grato por tudo que faz por mim.

Ester, um tanto zangada pelo que ele fez, retrucou:

— Agora entendo, você quer viver uma vida dupla? Um pouco na sua casa e depois sai para se aventurar...

Mas, uma lição Rex aprendeu que é legal às vezes se aventurar, desde que seja com autorização dos pais.

Mas, certo dia, de forma desconhecida, conseguiu escapar novamente e partiu feliz. Ele era dócil e carinhoso, por isso todos os amigos gostavam de sua companhia.

Quando se foi deixou um vazio imensurável e até hoje ela não teve coragem de substituí-lo.

Penso que devemos respeitar o sonho de liberdade mesmo que seja dos animais.

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