A GRANDE JORNADA - CONTO COLETIVO 2023

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quarta-feira, 29 de março de 2023

O ARROZ DE PALMA - FRANCISCO AZEVEDO

 

O ARROZ DE PALMA - FRANCISCO AZEVEDO





O ARROZ DE PALMA – Francisco Azevedo

Família é prato difícil de preparar.

São muitos ingredientes.

Reunir todos é um problema…

Não é para qualquer um.

Os truques, os segredos, o imprevisível.

Às vezes, dá até vontade de desistir…

Família é prato que emociona.

E a gente chora mesmo.

De alegria, de raiva ou de tristeza.

O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita.

Bobagem!

Tudo ilusão!

Família é afinidade, é à Moda da Casa.

E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito.

Há famílias doces.

Outras, meio amargas.

Outras apimentadíssimas.

Há também as que não têm gosto de nada, seria assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha.

Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo.

Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.

Enfim, receita de família não se copia, se inventa.

A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia.

Muita coisa se perde na lembrança.

Aproveite ao máximo.

Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete!


E, saiba o que autor nos diz sobre esta obra e o tema que ele aborda: 

http://franciscoazevedo.com/o-arroz-de-palma


O livro O ARROZ DE PALMA nos leva a pensar na família, na sua constituição, na sua formação, nos valores, nas pessoas, na união, nos amores, na saudade, nas lembranças, nas importâncias. Experimente O ARROZ DE PALMAS.

Depois dessa valiosa degustação, certamente, você vai querer muito montar a árvore genealógica de sua família.

Experimente isso também. Você vai o prazer da pesquisa e de estabelecer contatos cm quem ha muito não vê.

Há muitos sites que ancoram sua árvore genealógica de modo gratuito. Indico o site MYHERITAGE. Lá o site é grátis, e há muitos caminhos de buscas, além da possibilidade de compartilhar com seus parentes. 





E mais tarde, talvez você se veja interessado em escrever a biografia de um familiar  ou da família toda...

MUDANÇAS QUE TRANSFORMAM - Helio Fernando Salema

 


MUDANÇAS QUE TRANSFORMAM

Helio Fernando Salema

 

Seu Jerônimo assim que chegou ao Brasil foi trabalhar numa padaria como auxiliar de padeiro. Pouco depois conheceu Rosa, empregada numa casa próxima, que diariamente ia à padaria comprar pães e leite.

Logo no primeiro olhar ambos se revelaram. Como ele morava num pequeno quarto sozinho, próximo ao local de trabalho, ela passou a fazer companhia a ele durante à noite e não mais dormir na casa dos patrões.

Os patrões de Rosa resolveram comprar uma grande casa a beira-mar numa cidade próxima. Assim poderiam acomodar melhor seus cães e gatos. Também teriam um grande e belo jardim além de uma boa horta.

O mais desejado; receber amigos com mais conforto e num local bastante aprazível.

Rosa ficaria tomando conta da casa e controlando os funcionários moradores daquela cidade. Providenciando o que fosse necessário para a acomodação da família e convidados. Certamente, haveria necessidade de muitos contratados, principalmente nos fins-de-semana, quando além das pessoas íntimas, outras famílias também participariam das maravilhas oferecidas pelo lugar de belas praias.

A casa tinha uma parte reservada aos hóspedes. Com várias suítes, sala de jantar, sala de jogos e até uma pequena cozinha.

Além do belo jardim próximo da piscina.

Nos fundos uma ampla área reservada aos animais e uma horta que abastecia a casa com verduras frescas e de boa qualidade.

Rosa disse que só iria se Jerônimo também fosse. Assim Jerônimo foi admitido para cuidar do jardim, da horta e dos animais.

O casal morando na casa de caseiro tinha todas as suas despesas custeadas pelos patrões.

Jerônimo era muito controlado e Rosa não era gastadeira. O salário de ambos ficava depositado na poupança da Caixa Econômica Federal todos os meses.

Rosa tinha uma filha, Irene, num orfanato. Passou a visitá-la com mais frequência, pois poderia durante a semana se ausentar do trabalho que

Jerônimo não deixaria a propriedade abandonada.

Depois de alguns meses, Rosa teve uma surpresa. Quando Irene completasse 18 anos, deveria dar lugar a outra menina. Satisfação em ter a filha junto a ela, mas, simultaneamente, como acomodá-la.

Jerônimo, que não conhecia Irene, não gostou da ideia de ter que dividir a pequena casa com uma estranha. Na expectativa de que a jovem não se adaptasse e, em pouco tempo, tomaria outro rumo, não se irritou.

Porém, Irene mostrou suas habilidades na cozinha e, aos poucos, foi ganhando a simpatia do padrasto. Jerônimo, que já fizera amizades com muitos comerciantes, vislumbrou a possibilidade de que com a ajuda da enteada, montar uma lanchonete.

Um dos pontos preferidos era o bar de um amigo, também português, que se queixava do cansaço para continuar trabalhando. Com alguns meses de conversa chegaram a um bom acordo para ambos.

As mulheres gostaram da ideia. Empolgadas, deram várias sugestões para a reforma do local que estava em péssimo estado. Durante a reforma, mãe e filha foram se aperfeiçoando nos doces e salgados durante a semana, quando ficavam a sós na casa da praia.

A inauguração foi um acontecimento histórico no bairro. Na fachada um letreiro bem colorido chamava a atenção, SABORES E ENCANTOS.

Uma decoração interna totalmente diferente do antigo bar. Cores bem fortes chamavam a atenção de quem por ali passava. Os fregueses sempre admiravam as qualidades dos bolos, doces e salgados; alguns imaginados e sugeridos por Jerônimo e, elaborados por mãos experientes com a suavidade e carinho das mulheres.

Irene convidou uma amiga de colégio para trabalhar com ela. Assim, todos os dias Irene e Jerônimo saiam de casa cedo para abrirem a lanchonete. Depois as duas moças ficavam trabalhando até à noite, quando Jerônimo chegava para fechar.

Isso durou pouco tempo, pois as duas moças não davam conta de tanto serviço.

A solução foi o casal sair do emprego. Jerônimo alugou uma casa próxima à lanchonete e os três mudaram imediatamente.

Com o passar dos meses e a chegada do verão, época em que aumentava bastante o número de pessoas na cidade, também aumentou a freguesia.

Depois de dois anos, Jerônimo​​, muito empolgado com o sucesso, resolveu procurar outro local mais próximo do porto para abrir uma filial.

Encontrou uma loja de bom tamanho e num ponto de muito movimento.

A filial mostrou ter sido uma boa escolha. Cada dia aumentava ainda mais o faturamento, superando as expectativas de todos. Depois de um ano a família adquiriu um bom apartamento.

A proximidade do porto ajudou bastante além das encomendas que eram feitas com frequência.

Até que um dia, Irene arrumou as malas e avisou que iria pegar o navio e, em companhia de um marinheiro, iria para Portugal

 

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