A GRANDE JORNADA - CONTO COLETIVO 2023

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DISPOSITIVOS LITERÁRIOS

FERRAMENTAS LITERÁRIAS

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

ICAL- MEU TEMA MEU PROBLEMA - aula de 25 de outubro de 2023

 



Neste dia, selecionaremos alguns temas que servirão de estudo ara vocês, e como consequência, uma história empregando o tema pesquisado.

Abaixo estão os temas de cada um, e um link para começar a pesquisa. Não se conformem com apenas esse link, busquem mais informações sobre o conteúdo.


PEGUE SEU TEMA E VÁ FUNDO NA PESQUISA.
Depois escreva uma história de ficção com o tema, cujo título será o que vem abaixo do seu nome:


Para o Helio

A ÁRVORE MÁGICA

Uma árvore capaz de produzir até 40 tipos de frutos diferentes:




Para a Adelaide

A CIDADE SUBTERRÂNEA

Coober Pedy não é o primeiro, nem o maior assentamento subterrâneo do mundo. As pessoas se refugiam embaixo da terra para enfrentar climas inóspitos há milhares de anos




Para o Landi

O CURIOSO ARQUIPÉLAGO DE SVALBARD 

Esse um arquipélago remoto no Ártico, administrado pela Noruega, é conhecido por suas paisagens deslumbrantes, com montanhas nevadas, fiordes e geleiras, abrigando uma rica e rara vida selvagem, com mais ursos polares do que habitantes em Svalbard – renas, raposas e, eventualmente, visitantes ilustres como a baleia-azul.




Para o Leon

O PODER DA INVISIBILIDADE

O ANEL DE GIGES DE PLATÃO
O homem bom praticaria uma maldade se pudesse fazê-la sem ser visto?




Para o Henrique

O PERIGOSO HOMEM DO BEM

Como dizia Machado de Assis: A oportunidade não o ladrão, pois o ladrão já nasce feito. A oportunidade faz o crime.







Para a Yara

UM JAPONESINHO QUE TEM MUITO A ENSINAR

Disciplina, respeito, limpeza, ordem, e muito aprendizado, é assim nas escolas japonesas. 










TUDO QUE É RUIM DE PASSAR, É BOM DE CONTAR - Ariano Suassuna


Para escritores: 

TUDO QUE É RUIM DE PASSAR, É BOM DE CONTAR


Os contos sem conflito, os romances sem conflitos, ou com situações mansas, daquelas que não atraem o leitor.

O que é ruim de contar, torna o enredo bom de ler.


A CAÇADA - PAISAGEM SURPREENDENTE - HELIO FERNANDO SALEMA




A CAÇADA 

A PAISAGEM SURPREENDENTE

Helio Fernando Salema

 

A noite chegava, suavemente, cobrindo o resplendor do dia e deixando raios de sol no horizonte que se despediam do extenso gramado daquele belo prado. Uma árvore solitária se destacava, tendo junto dela a sua própria sombra como companheira.

Os pássaros, recolhidos em seus ninhos ou simplesmente acomodados nos galhos, tendo a proteção das folhas. A cada minuto, os raios de sol se dispersavam no azul do céu, como uma explosão não destrutiva, mas revelando toda a beleza de um pôr do sol no campo. Um momento sublime de paz e serenidade.

Próximo dali, na modesta casinha, residia o casal Nestor, Florinda e os seus filhos adolescentes.  Mariana, quatorze e Mário, onze anos. Nestor. Este, apaixonado pela caça, sempre dizia que as aves e os animais deveriam ser abatidos para serem saboreados.  D. Florinda, embora apreciasse carne, não concordava com a matança indiscriminada. Para ela os animais deveriam ser preservados e, somente, quando houvesse muita necessidade é que deveriam ser sacrificados. Ideia compartilhada por sua filha.

Quando Mariana era pequena, durante a madrugada, costumava ouvir o canto dá sabiá. Ao amanhecer, relatava para sua mãe a satisfação de ter escutado aquele canto que ela também ouvia, algumas vezes, durante o dia. Quando isto aconteceu no início de uma primavera, sua mãe, muito contente, afirmou que a filha seria abençoada com amor, paz e felicidade. Pois, era o que dizia, a avó de D. Florinda que era uma Índia.

Mário, por sua vez, ficava fascinado quando o pai relatava os seus encantos pelas caçadas. Ouvia tudo, muito atento aos detalhes. O que fazia seu pai repetir com mais empolgação, estendendo seus relatos por mais tempo. D. Florinda sempre saía de perto para fazer alguma coisa, mesmo quando não houvesse nada para fazer.

Numa tarde, Nestor decidiu ensinar o filho como manusear a nova espingarda. Os dois foram para o quintal e D. Florinda para o quarto rezar.

No entardecer de certo dia, seu marido, olhando para o céu, pressentiu que seria uma ótima noite para caçar. Preparou sua espingarda calibre 20, que obteve em troca por uma de suas cabras. Isto deixou D. Florinda triste, pois aquela cabra, ela cuidava desde que nasceu e já lhe dera várias crias. Quando Nestor explicou que a cabra já estava velha e que possuía outras, bem mais novas, ela ficou ainda mais insatisfeita, por perceber que o marido trocava uma velha por outras novas.

Justamente, naquele belo início de noite, que Nestor saiu apressado e nem levou o seu embornal com as comidas que ela preparou, a pedido dele. Florinda, que minutos depois, percebeu. Dirigiu-se ao quarto para fazer suas orações, após cuidar dos filhos e vê-los deitados.

Foi pela fresta da janela, que ela percebeu que a luz do dia mostrava sua presença e a ausência do marido, na cama. Preocupada, levantou-se e foi ver os pertences que ele levou, se estaria sobre a mesa, ou no armário em que ele sempre guardava sua espingarda. Nada encontrou.

Foi para o quintal, olhou para todos os lados e não viu nada que pudesse eliminar suas suspeitas. Voltou para dentro da casa, foi ver os filhos que ainda dormiam tranquilamente.

As horas foram passando e nenhuma informação. Só quando seu Raimundo chegou, a cavalo, procurando por Nestor que ela ficou sabendo que seu marido deveria ter ido até o sítio do seu Raimundo para ajudar matar o porco que eles combinaram no dia anterior.

Seu Raimundo ficou assustado ao saber que Nestor não dormiu em casa. Virou o seu cavalo e saiu disparado em direção à mata, onde ele sabia que era o lugar preferido pelos caçadores.

Após cavalgar a esmo, tentando encontrar o amigo ou alguém que pudesse lhe dar informação, parou, amarrou o cavalo numa árvore e adentrou à mata fechada. Com muita dificuldade desviando de troncos caídos, evitando arbusto espinhento e olhando para o chão a procura de pegadas de botas ou de algum animal. Tudo em vão.

Raimundo, embora experiente, no entanto, poucas esperanças lhe restavam de encontrar seu amigo com vida. Depois de muito procurar, parou para descansar e ficou meditando, se continuava a busca ou voltava para pedir ajuda. Foi quando olhou para o lado e avistou o que parecia ser parte de uma roupa. Levantou-se, bruscamente, e foi naquela direção. Ao aproximar-se, viu o corpo do seu amigo Nestor estendido sobre a folhagem. Cutucou a perna e nada aconteceu. Então viu marcas de picadas de cobra no braço do amigo.

O cãozinho aventureiro - Alberto Landi

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