PROJETO MEU ROMANCE
O destino de Cristiano Fonseca Jr.
Helio Salema
Cristiano,
no início da adolescência, teve uma surpresa enorme que balançou seu jovem e
virgem coração. Quando no primeiro dia de aula, do novo ano letivo, surgiu na
sua sala a deslumbrante ISADORA. Filha única do médico recém-chegado na cidade.
Durante os três anos seguintes eles formaram um par constante, não só nas aulas
como também fora do colégio. Até o dia em que o médico fora convidado, e
aceitou, trabalhar num hospital na capital, a convite de um professor que se
tornou diretor daquele hospital. Por muitos meses, Cristiano e Isadora se
correspondiam por cartas. Até que
Isadora parou de escrever.
SOLIDÃO
E TRISTEZA
A
tristeza de Cristiano era percebida por todos ao longe. Inclusive por Ângela
que era de outra turma, dois anos mais nova. Simpática, astuta e interesseira.
Foi cuidadosamente, conquistando as atenções do jovem Cristiano, e também da
família dele. Ambas as famílias viram
com bons olhos o entrosamento dos filhos.
CRISTIANO
NA CAPITAL
Após
a conclusão do segundo grau, Cristiano foi morar com seu tio na capital e
trabalhar no escritório de contabilidade que pertencia ao tio. Nos fins de
semana retornava a sua cidade natal.
NOIVADO
No
dia em que Ângela completou dezoito anos, Cristiano surpreendeu a todos ao anunciar
o noivado. A partir daí as famílias começaram a sonhar com o casamento.
Ângela
aprendeu a dirigir com o pai, há muito tempo, não teve dificuldade em ser
aprovada no exame para obter a habilitação.
DETETIVE
FONSECA Jr
Cristiano
consegue ser aprovado, em primeiro lugar, em um concurso para detetive de polícia.
No fim de semana seguinte vai se encontrar com sua noiva, muito empolgado,
comunicar a grande novidade.
No
sábado à tarde, ela contente com a notícia e também muito estimulada, resolve
mostra suas habilidades ao volante do fusca. Os dois vão passear pela cidade.
Ângela resolve ir até um lago que é o preferido pelos pescadores e também pelos
namorados. Ficam conversando dentro do carro e apreciando os pescadores e a
bela paisagem.
Quando
começa a escurecer, os pescadores vão embora e resta, somente, os dois
namorados naquele pedaço. Assim, podem ficar mais à vontade e aos poucos com
mais intimidades.
Ângela
sugere saírem do carro e tomar a fresca sentados no gramado, inteiramente a sós.
Com os desejos estimulados pela bela e suave noite, finalmente, acontece o
inevitável.
A
GRAVIDEZ DE ÂNGELA
Quando
os pais de Ângela ficaram sabendo da gravidez da filha, foi um misto de
surpresa, alegria e preocupação. A preocupação foi a mais forte e que abalou os
princípios da família, que desejavam ver a filha casar-se de vestido branco com
véu e grinalda. Alegria por sentir que o desejo de serem avós, certamente,
aconteceria. Surpresa pois não esperavam para este momento.
Os
pais de Cristiano logo pensaram nas possíveis reações da outra familia. O pai
olhou para o filho, sem dizer uma só palavra, externando sua preocupação e
decepção.
Durante
a gestação, Ângela teve vários problemas, inclusive necessitando de repouso. O nascimento
ocorreu sem transtorno. Nasceu um belo e saudável menino.
Ângela
continuou morando com os pais, pois temia ficar sozinha na capital com um
bebezinho. Recebia a visita de Cristiano nos fins de semana.
NA
CAPITAL
Isadora
casou-se com um médico, recém-formado, há mais de dois anos tentava engravidar-se,
mas não obtinha êxito. Recentemente, começou a fazer tratamento. Ansiosa por ter um filho; sofria e se sentia
culpada.
E
para piorar sua situação, seu marido foi assassinado na rua por um desconhecido.
O caso foi parar nas mãos do detetive Fonseca Jr.
Dias
depois, Isadora ficou sabendo que a pessoa destinada a solucionar a morte de
seu marido foi o seu primeiro namorado.
EM
OUTRA CIDADE
Durante
alguns meses tudo transcorria, calmamente e sem novidades. Até que numa manhã
chuvosa, Ângela saiu de carro para ir à casa de uma amiga que estava doente e
precisava de ajuda. Num cruzamento, seu fusca foi alvejado por um caminhão desgovernado
que acertou, justamente, na porta do motorista. Foi imediatamente, socorrida e
levada para o hospital. Horas depois veio a falecer.
A
mãe de Ângela ficou traumatizada, e em razão de não poder continuar cuidando do
neto, Cristiano, a família o entregou para os avós paternos.
NA
CAPITAL
Por
alguns meses, o detetive Fonseca Jr trabalhou no caso do assassinato do esposo
de Isadora. Neste período os dois se encontraram inúmeros vezes.
TIREM
ESSA LOUCA DA CENA DO CRIME
A
sirene do carro da polícia soava estridentemente, mas o veículo não se movia.
Era um engarrafamento absurdo. O
detetive decide sair do carro e caminhar, em passos largos, porém sem chamar a
atenção das outras pessoas. De cabeça baixa, serpenteando entre os transeuntes
e de ouvidos atentos:
—
Foi um tiro certeiro.
— Não!
Foram 2 ou mais.
— O
atirador saiu correndo e entrou num carro que o aguardava.
Ao
chegar ao local, a vítima ainda estava caída. Um bando de curiosos cercava o
corpo. Uma mulher louca gritando:
—
Cadê a polícia? Nessa hora eles somem. Também não tem dinheiro para eles. Só
aparecem para multar.
Um
soldado se aproxima, olha para a mulher e a reconhece:
—
Tirem!!! Essa louca da cena do crime!!!
Imediatamente,
ela é levada pelos policiais que acabaram de chegar. O detetive ouve o que as pessoas
próximas da cena, extremamente exaltadas, falavam do que ouviram, mas não viram.
Um
policial se aproxima do detetive e comenta:
—
Aquela mulher louca viu tudo ou quase tudo.
— Sei.
Depois eu falo com ela em outro lugar e a sós.
UM CASO PASSIONAL?
Maria
resolveu fazer uma surpresa para o seu marido. Depois de muito esmerar-se na
produção do seu visual, de maneira que ele não a reconhecesse, foi pela
primeira vez até a porta do prédio onde ele trabalhava.
A
espera foi longa. Maria olhou, atentamente, para cada um que saía; parecia que
todos já tinham deixado o prédio e nenhum era o Antonio, seu marido.
Resolveu
subir até o escritório, ela sabia qual era o andar, mas não tinha certeza da
sala. Enquanto subia pelo elevador, o marido descia pelas escadas. Como
encontrou todas as portas trancadas, Maria pegou o primeiro elevador que
descia. Ao entrar percebeu uma única
pessoa, era um homem que a olhou com os olhos arregalados e assustador. Passados
poucos segundos tentou agarrá-la. Foi-se esquivando até que a porta se abriu e
então pode sair correndo em direção à rua.
Ao
entrar num bar para beber água e se acalmar, encontrou uma cadeira e não perdeu
tempo. Após sentar-se repara que era alvo da atenção dos frequentadores, que a
olhavam espantados, inclusive seu marido que estava acompanhado de uma bela
jovem e não a reconheceu.
Em
seguida chega o agressor que ao ver MARIA se dirige até onde ela estava. Mesmo
no meio de tantos homens e também do seu marido, não foi suficiente para se
sentir protegida.
Todos
percebem o destempero de Maria, olham para o malígno e alguns vão naquela
direção para resguardar aquela senhora que entrou só e estava indefesa.
O
estranho sentiu-se acuado, e levando a mão direita até às costas, pega um revólver.
O temor era geral. Aquela cena surpreendeu a todos. Em seguida o malígno vira-se
em direção ao Antonio e dispara duas vezes. Antonio cai e uma gritaria geral
toma conta daquele local, que há poucos minutos, era um ambiente de
confraternização.
Mais
um caso para o detetive Fonseca Jr.
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