Uma
noite mágica no Allianz Park
Alberto
Landi
A
cidade parecia respirar com o estádio. As luzes verdes tremulavam no céu de São
Paulo como auroras tropicais. No estádio, cada coração batia no mesmo compasso,
o da esperança.
O
placar era cruel: três a zero contra. O passado recente pesava nos ombros da
equipe e nas gargantas engasgadas da torcida.
Parecia
impossível. Mas é justamente no impossível que o futebol encontra sua poesia.
Alan,
o primeiro herói da noite, carregava no olhar o fogo de quem recusa o destino.
Quando
a bola beijou a rede pela primeira vez, o grito do estádio não foi apenas de
gol, mas de renascimento.
Veiga
veio depois, herói dos 25 minutos jogados, sereno como quem sabe a dimensão da
própria fé. Cada toque seu parecia conversar com o tempo. E, quando marcou, o
Allianz explodiu: as arquibancadas se transformaram em ondas, os cânticos em
tempestade.
De
repente, o impossível já não morava mais ali. O placar agora igualado parecia
pedir mais um sopro, mais um milagre.
E
veio. No último lance, o grito contido atravessou o campo, ruas e a cidade,
libertando o que há de mais humano no futebol: a emoção de acreditar até o fim.
Naquela noite, não foi apenas um estádio, foi altar, palco e coração pulsante de uma fé verde que se recusou a morrer.
Há
noites que não se explicam, apenas se vivem e se lembram para sempre.
Quando
o apito final ecoou, não era apenas o jogo que terminava, era uma história que
ficava gravada na alma.
Noventa
minutos no Allianz foi muito!
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