DIA DE DOMINGO!
Dinah Ribeiro de
Amorim
Quando penso em
domingo, logo vem a saudade. Saudade dos domingos alegres da infância, saudades
do meu sobrado, da casa dos avós!
Que dias
gostosos, com todos à mesa, contando lorotas e esperando a macarronada supimpa
de vovó.
Tio Roberto, o
mais bidu, fechava a sua botica movimentada e era quem fatiava a carne assada,
em auxílio à mãe.
Comíamos às
pampas e, logo após, tia Ilda corria a ligar a vitrola. Colocava seus discos
prediletos, em tom alto, para iniciarmos um sassarico.
Quando Tio Mário
se levantava, após os docinhos de sempre, o mais janota de todos, começava a
fuzarca!
Gostava de jazz
e os outros queriam ouvir blues.
Oito tios e
quatro netos, cada um sassaricando e tendo um gosto musical, virava mesmo uma
fuzarca. Começava o quiproquó.
Ninguém dava mão
à palmatória.
Todos queriam
fazer valer a sua vontade. Aí a tarde ia pra cucuia!
Vovô e vovó se
levantavam da mesa, se afastavam, iam descansar na varanda. Vovô sempre
exclamando: Sebo! Não tenho sossego nesta casa!
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