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quinta-feira, 24 de agosto de 2017

UM TREM COM ALMA - Henrique Schnaider


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UM TREM COM ALMA
Henrique Schnaider

Foguinho era um trem que possuía alma e falava,  sempre lembrando das histórias que seus passageiros contavam.

Sorriu lembrando-se do dia em que percebeu que Laura estava olhando fixamente pela janela, notou-lhe o semblante de desespero,  logo deduziu o pior, ela estava a ponto de um suicídio Isso já havia acontecido antes e Foguinho sabia bem como era. Diminuiu a velocidade ao extremo, rastejava pelos trilhos dando à Laura tempo de arrepender-se. E foi que aconteceu. Laura voltou para a cabine  arrependida da intenção tresloucada. Foguinho ria orgulhoso do que fizera salvando-lhe vida.

Foguinho estava entrando na estação, cautelosamente, até que finalmente parou certinho na plataforma de embarque dos passageiros. Ele era bom demais nestas manobras ao parar nas estações. Resfolegando todo e observando com curiosidade as pessoas que embarcavam.

Lá vinha um casal muito simpático, acompanhado dos três filho, na maior alegria já que iriam passar férias na fazenda que pertencia à família por mais de dois séculos, propriedade que lhes proporcionava muitas alegrias, muito lazer e muitas comidas gostosas.

Foguinho ouvia deliciado o filho do casal que queria andar a cavalo, pescar e comer as deliciosas comidas e os maravilhosos doces caseiros que a  Antônia fazia para eles com enorme prazer. Ah, pensava Foguinho, quem me dera tirar umas férias também, ir para oficina e entrar numa reforma completa.

De repente o trem surpreso, observou dois policiais trazendo um preso algemado. Ouviu quando um dos policiais disse ao preso que soubesse se comportar, enquanto estivessem viajando no trem, pois se fizesse algo errado sua pena de detenção aumentaria. Foguinho pensou e disse a si mesmo “acho que hoje teremos confusão”.

La vinha um grupo de escoteiros alegres, porém muito disciplinados. Ia para as montanhas acampar em treinamento de sobrevivência e Foguinho pensou como seria bom se ele pudesse acompanhá-los e se divertir junto com a garotada.

O trem deu um apito agudo e com todos a bordo, partiu vagarosamente levando todas aquelas histórias para o seu destino e sentiu-se muito orgulhoso, já que seria ele quem os levaria aos seus destinos.

Depois de alguns dias enquanto Foguinho já trazia de volta aquela família que foi para a fazenda,  ouvia encantado as conversas sobre todas as aventuras que aconteceram por lá.

Foguinho olhou na segunda cabine e lá estavam os dois guardas que levaram dias antes o preso algemado,  e pela conversa dos dois as coisas ocorreram na mais absoluta tranquilidade.

O trem ficou na maior alegria quando viu o grupo de escoteiros retornando das montanhas, chefiados pelo senhor Alberto, pelas conversas muito animadas, Foguinho entendeu que as aventuras foram muitas.


O velho trem pensou o quanto era feliz carregando seus passageiros e ouvindo tantas histórias de vida.

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