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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

O lápis mágico - Dinah Ribeiro de Amorim





O LÁPIS MÁGICO!
 Dinah Ribeiro de Amorim

  No dia do meu aniversário, mamãe e minha irmã organizaram uma festa linda! Oito anos! Acho que nunca vou esquecer. Teve balões, brigadeiros, presentes, muitos amiguinhos 

 e o famoso bolo de aniversário, com todos querendo soprar as velinhas junto comigo. Quando tudo acabou, fui abrir com calma meus embrulhos, cada um mais alegre que o outro. Dava dó  desmanchar cada  nó ou desdobrar  tantos papéis coloridos. Minha mãe gosta de guardar embalagens, então, tomei muito cuidado para não rasgá-los.

 Minha curiosidade foi grande porque cada um era mais interessante que o outro. Carrinhos, trem, jogos de diversão, educativos, bola de futebol, arco e flecha, livros,  até uma peteca!  

Chamou atenção um presente simples, pequeno, parecendo um estojo. O que seria! Abri com cuidado, não lembro mais quem o trouxe, descobrindo que era apenas um lápis colorido! Tudo bem, pensei eu, presente é presente, seja lá o que for.

  Fiquei horas no dia seguinte, brincando com todos eles, esquecendo até de fazer minhas refeições, o que mamãe reclamou um pouco, mas entendeu...

  Finalmente, peguei o lápis colorido para escrever um bilhete de agradecimento a um coleguinha que não pode vir, mas mandou um presente.

Estava viajando. Qual não foi minha surpresa! Eu pensava no que escrever e o lápis obedecia, parecia que me entendia! Era mágico! Que maravilha! Chamei minha irmã gritando:

_ Marianaaa! Eu ganhei um lápis mágico! Corre aqui! Ele me obedece e ainda escreve coisas engraçadas! Parece que fala comigo.

  Minha irmã veio correndo e perguntou se estava ficando maluco! Ficou olhando um pouco e pegou o lápis também. Mandou que ele riscasse todo o papel e ele riscou e ainda escreveu que ela era meio boba, deveria mandar fazer outras coisas!

  Muito espantado, tomei-o da mão dela e mandei que escrevesse um bilhete de agradecimento. À medida que eu pensava, ele escrevia, obedecendo. Quando terminava, deixava um comentário, como se fosse gente. Parecia um lápis robotizado, sensível ao toque da gente.

  Mariana pegou nele e mandou que escrevesse um recado para sua colega: “Não vou poder ir até sua casa hoje, preciso estudar!. O lápis obedeceu e ainda escreveu, no final: muito bem!

  Caramba, pensei, esse lápis é um sucesso! Imagine na minha escola! Nem preciso mais fazer a lição. Ele fará para mim.

“Nisso você se engana, escreveu ele! Só escrevo e obedeço coisas que você já sabe. Sou mágico, sim, um mágico honesto, que age segundo sua sensibilidade e conhecimento. Posso ajudar em alguma coisa, mas não em tudo. Você precisa saber primeiro e aí eu dou a minha opinião. Entendeu! Ajo de acordo com o seu toque! Gostou!”

  Muito, pensei eu, que presente legal! Foi o melhor de todos! O maior sucesso!  O meu sucesso de aniversário! E eu pensando que era o presente mais comum, de alguém que não tinha se incomodado muito comigo.
  
Ih, o lápis mágico despertou a atenção até de minha professora, que pedia emprestado quando corrigia nossas lições. Ia ser legal saber quem me deu esse presente! Eu poderia escrever um  agradecimento com ele.

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