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quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

O TRONO E A COROA - Henrique Schnaider

 




O TRONO E A COROA

Henrique Schnaider

 

O trono e a coroa vivem juntos desde os primórdios da humanidade sempre muito amigos, já perderam a conta da própria idade. São milhares de anos com certeza, são inseparáveis. Porém de tempos em tempos acontecem desavenças, mas a reconciliação sempre acontece.

Os tempos modernos desvalorizaram os dois e hoje são raros os lugares onde eles ainda têm espaço na vida dos reis. Mas em outros tempos a importância era grande e invejada pelas cadeiras mais finas.

No reino dos sonhos o Monarca Cedros tinha um trono todo coberto de ouro e pedras preciosas, rubis, diamantes, esmeraldas de uma beleza invejável. A coroa tinha um brilho especial recheada de ornamentos raros, ficava perfeita na cabeça dele, dava-lhe um porte e uma presença incomuns.

Leonino, o trono do rei, tinha conversas intermináveis com a cabeça coroada, Mirela. Um dia ele numa conversa de egos disse a ela:

— Nossa, hoje me sinto poderoso o maior entre os maiores, meu rei não sabe o que fazer para me agradar, minha limpeza é diária. Serei eternamente grato e mostrarei fidelidade sempre que ele precisar.

Mirela cheia de inveja e presunção disse ao Trono.

— O rei Cedros me adora, me trata com um carinho que só tem por mim. Fico toda arrepiada, meus ornamentos brilham com força por causa do amor que o rei nos dedica.

A conversa corria solta entre Leonino e Mirela, cada um querendo se mostrar melhor que o outro, parecia uma briga entre plumas e paetês que estavam ali por perto se mostrando todas.

Neste momento o rei deixou Mirela delicadamente em cima do trono e se ausentou. Nisso aparece o Ministro do rei que estava escondido atrás de uma pilastra. Vinha   muito tempo tramando um golpe para derrubar Cedros e assumir o trono. Parou em frente ao desejado lugar real e ficou apreciando tamanha imponência, deslumbrado imaginando-se sentado e coroado.

O secretário do Ministro aparece e lhe diz baixinho:

— Senhor, está tudo pronto para tirar o poder do rei Cedros, para que sua Excelência assuma o trono.

O Ministro todo empolado respondeu:

— Quando O rei voltar o prenderemos e finalmente assumirei o trono e a coroa. Leonino e Mirela ouviram incrédulos toda aquela trama urdida pelo Ministro.

Leonino fala a Mirela:

— Jurei, sempre ser fiel ao Rei Cedros e não permitirei que este traidor derrube nosso Soberano e você vai me ajudar nesta tarefa. Usaremos nosso poder mágico para não permitir que isto aconteça.

O rei Cedros retorna à sala do trono, para sua surpresa, como não estava acompanhado da guarda real é preso pelo Ministro e seus fiéis traidores, fica ali triste vendo seu trono ser usurpado.

Carnal, o ministro traidor, ansioso, não perdeu tempo, sentou-se no trono e colocou a coroa na cabeça. Neste momento Leonino e Mirela exercem seus poderes mágicos e imediatamente raios poderosos atingem Carnal e seus comparsas. Mirela aperta a cabeça do traidor até ele desmaiar.

Neste momento chegam à sala do trono os guardas reais que prendem o Ministro e os insurgentes. Libertam o rei Cedros que feliz se dirigiu ao trono, leonino e Mirela o recebem carinhosamente.

Ele diz a Mirela:

— Nem sempre, minha cara, a história tem um final feliz, mas ficaremos unidos para defender o rei Cedros toda vez que houver inimigos, e assim fazer com que sua vida seja coberta de felicidade. 

Leonino recebe Cedros com imponência. Mirela envolve delicadamente a cabeça do rei num mar de carinhos. 

 

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