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quarta-feira, 24 de abril de 2024

O LAGO DE TUALATIN - Alberto Landi

 




O LAGO DE TUALATIN

Alberto Landi

 

O lago de Tualatin está localizado nos arredores da cidade de Portland, Oregon, é um dos poucos refúgios urbanos nacionais.

É um lugar fantástico, pois há uma grande variedade de aves como flamingos, gaviões, falcões, garças-azuis e diversos pássaros.

Situado na planície de inundação do Rio Tualatin, esse refúgio tem muitas espécies que escapam muitas vezes aos olhos de quem a visita.

Margeando o lago há pequenas mesas e alguns fast-food para quem deseja passar o dia e apreciar a beleza local.

Em suas águas límpidas e transparentes, havia um flamingo que se destacava dos demais, uma ave elegante, de uma coloração exuberante, admirava a sua imagem nessas águas.  Plumagem rosada, peito delicado, parecia um top-model desfilando na passarela, marcas pretas na frente da asa, alimentação a base de camarões, algas, crustáceos e plânctons, cauda curta, asas grandes e musculosas, pés palmados, ótimos aliados para agarrar o fundo de lagos, vôo bonito e rápido.

Mas era uma imagem que não lhe agradava, na verdade, queria ser um predador voraz, uma ave de rapina.

Decidiu contatar um falcão, pois admirava as suas asas longas e afiladas, cauda curta, uma aerodinâmica adaptada a voos rápidos e execução de manobras ágeis. Plumagem cinzenta azulada no dorso e asas, cabeça preta, bico escuro com base amarela e pernas da mesma cor.

O falcão por sua vez começou a fazer amizade com o flamingo, dando algumas orientações de como se comportar e viver da caça.

Em uma das lições dadas foi como abater pequenos roedores com o bico.

— Vá em frente e caia de bico neles, diz o falcão.

O flamingo não estava se adaptando com os possíveis novos costumes e com muita pena dos roedores recuou, como dizendo isso não é legal.

O falcão ficou bravo e disse ao flamingo que ele precisaria se consultar com a coruja terapeuta, para perder o medo.

Com pouca conversa, a coruja percebeu que o flamingo não iria se adaptar com o novo habitat, e o convenceu   para se aceitar da maneira como ele é e vive, se assumir sem nenhuma culpa.

Moral da história: Uma vez flamingo, sempre flamingo.!

 

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