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terça-feira, 17 de agosto de 2021

O LÁPIS DE COR - Alberto Landi

 




O LÁPIS DE COR

Alberto Landi

 

Havia uma caixa de lápis, de cores maravilhosas! Mas um deles se sentia muito triste, era o de cor preta.

Ele se sentia o pior de todos. Pois ele era a ausência de outras cores. Às vezes ele estava de bom humor. Ficava até “lúdico” com as crianças que o utilizavam para desenhar. As vezes se mostrava “matreiro”. Deixando sua ponta grossa só para desagradar as crianças.

As pessoas só o escolhiam para desenhar ou pintar coisas sem muita importância. Mas ele fazia tudo para se destacar. Se mostrar útil e “preciso” apesar de suas limitações.

Os outros percebiam que o lápis preto se destacava dando um sombreado mais nítido em tudo, e tentavam agradá-lo.

O Amarelo desenhava caricaturas para que se divertisse.  O Vermelho enchia o papel de corações, mostrando quanto o amava. O Azul o levava às profundezas do mar proporcionando fantástica viagem ao mundo de cores azuladas. O Verde o colocava em uma imensa floresta misteriosa. O Laranja lhe mostrava o brilho do sol com seus raios brilhantes e reluzentes.

Mas, ele continuava triste. Foi então que ele percebeu que lá no fundo da caixa, havia um lápis bem quietinho, totalmente sem uso, abandonado.

Era o Branco.  Curioso ele perguntou:

— Por que você está tão só?

O lápis Branco respondeu:

— Estou aqui pensando que nem sempre a ausência de cor é tão ruim.

— Como assim? Indagou o lápis preto

— Eu só posso ser utilizado em um fundo colorido.

— Tive uma ideia, falou o lápis preto pensativo. Que tal ficarmos juntos?  É simples, eu posso colorir o fundo do papel e você o desenha, assim um ajuda o outro.

Os dois ficaram felizes.  Pois, nunca imaginaram que duas cores tão diferentes, combinariam tão bem. E dessa forma, saíram fazendo arte com as crianças.

Afinal de contas, “é preto no branco”!

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