Escolha umas das imagens para criar sua história.
Minha história nasce assim:
1) -
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Minha história nasce assim:
1) -
ANITINHA – A SUPER HEROÍNA
Henrique Schnaider
Anitinha era uma menina pobre, muito sofrida, perdeu os pais logo cedo e vivia num bairro da periferia numa casa abandonada juntamente com outros meninos e meninas na mesma situação que ela, e só sobreviviam à custa de restos de comida que ganhavam dos vizinhos os quais estavam numa situação financeira melhor.
O tempo foi passando e esta situação de penúria não mudava e o bando de miseráveis procurava ajudar mutualmente, o que tornava aquela triste situação um pouco mais amena. Anitinha se destacava dos demais membros desta irmandade de pobres coitados, era esperta, inteligente e muito destemida.
Ela não sabia, mas estava sendo observada por uma pessoa que acompanhava o bando à distância, procurando dar uma proteção a eles sem que soubessem. Até que um dia este senhor resolveu se apresentar à Anitinha e começou uma conversa muito agradável com ela.
Anitinha notou que ele era um pouco estranho, diferente da maioria dos homens que ela conhecia. Ele era atencioso e passava a sensação de ser uma pessoa muito bondosa. A conversa rolou solta até que ele revelou detalhes, prometendo mudar a vida dela.
Astradamus esse era seu nome perguntou se ela gostaria de possuir superpoderes e passar a fazer parte do grupo de pessoas Super Especiais cuja função era proteger as pessoas que estivessem sendo ameaçadas por seres malignos que estavam aqui na terra só para praticar o mal.
Anitinha aceitou o convite e aquele senhor investiu imediatamente a menina com superpoderes e falou a ela que a partir daquele momento, ela poderia começar a exercer sua função poderosa. E, Anitinha saiu para a rua procurando pessoas que estivessem sendo ameaçadas e facilmente encontrou quem precisasse de sua ajuda.
Tornou-se famosa com os seus poderes e as pessoas em perigo procuravam por sua ajuda e a menina estava indo muito bem cada vez mais poderosa e por ser astuta e inteligente estava derrotando os seres maldosos.
Mas um dia, os chefões poderosos do mal, que já vinham observando a menina e seus feitos, ficaram irritados, pois ela estava atrapalhando aqueles que vinham à terra em busca de praticar maldades. Mandaram um ser poderoso e de extrema crueldade chamado Kraken para enfrentar Anitinha e derrotá-la, para que ela parasse de salvar as pessoas que precisavam de ajuda.
Kraken pegou realmente a menina de surpresa e com sua força maligna conseguiu prender Anitinha numa caverna profunda e ficou na entrada dela para que ninguém se aproximasse para tentar salvá-la e o mal, com a falta da super menina, se espalhou gigantescamente.
Nesta altura dos acontecimentos Astradamus o poderoso chefe dos super-heróis chega à entrada da caverna com a missão de salvar Anitinha, mas para isso teria que enfrentar Kraken o terrível ser do mal, numa tremenda batalha entre o poder do bem e o poder do mal.
A luta foi intensa sem que a princípio se soubesse quem sairia vitorioso, mas Astradamus usou todos os poderes que possuía e depois de uma luta violenta conseguiu derrotar o Kraken. Em seguida, entrou na caverna e trouxe de volta a menina poderosa que assim pode imediatamente voltar a defender os necessitados.
Anitinha ficou eternamente grata ao grande chefe Astradamus por salvá-la e permitir assim que ela voltasse a defender as pessoas ameaçadas pelo mal.
Os chefões maldosos resolveram dar um tempo nas suas ruindades e a paz voltou a reinar naquele bairro da periferia.
O mistério no resort
Alberto Landi
No luxuoso resort à beira-mar, tudo parecia perfeito.
Os hóspedes desfrutavam do sol, da areia e das águas cristalinas, sem se preocupar com nada além de relaxar.
Está localizado numa ilha paradisíaca, nas ilhas Mauricio, no meio do Oceano Indico, cercado por palmeiras altas, areias brancas e águas azul-turquesa.
Sua arquitetura é uma mistura de influências tropical e moderna, com bangalôs espaçosos e apartamentos que se mesclam harmoniosamente com a exuberante paisagem natural.
A recepção e as áreas comuns são decoradas com elementos locais, como madeira trabalhada a mão e tecidos coloridos, proporcionando um ambiente acolhedor e sofisticado aos hóspedes.
As piscinas oferecem vistas deslumbrantes para o mar enquanto os restaurantes e bares são projetados para proporcionar experiências gastronômicas únicas tanto ao ar livre quanto em ambientes elegantes e climatizados, cada detalhe da arquitetura foi pensado para integrar a beleza da ilha e oferecer uma estadia inesquecível aos visitantes.
No entanto, uma série de eventos misteriosos começou a perturbar a paz do local paradisíaco.
Primeiro, os objetos pessoais começaram a desaparecer dos quartos dos hóspedes, em seguida ruídos estranhos eram ouvidos durante a noite, fazendo com que alguns visitantes relatassem avistar sombras suspeitas nos corredores vazios, bem como em torno dos bangalôs.
A gerência do resort ficou perplexa e preocupada com todos esses acontecimentos.
Resolveu contratar um detetive particular renomado, Joe Baxter, cidadão americano aposentado do FBI, que, durante 42 anos de sua carreira como detetive, foi honrado por diversas vezes pelo seu trabalho, empenho e dedicação em resolver assuntos sigilosos de seu departamento. Natural da cidade de Norfolk, estado da Virgínia, foi consultado sobre a possibilidade de aceitar o convite para desvendar esses roubos e ruídos estranhos.
Baxter não estava contente com a sua aposentadoria, pois estava acostumado ao seu trabalho que era muito interessante, e prontamente aceitou e viajou para as ilhas Maurício.
Disfarçado de hóspede, começou a investigar discretamente todos em busca de pistas.
Com o decorrer dos dias, descobriu uma rede de túneis subterrâneos secretos que percorriam toda a extensão do complexo hoteleiro.
Ali, encontrou um grupo de contrabandistas tentando usar o complexo como fachada para atividades ilícitas.
Com coragem e astúcia, revelou a verdade por trás dos acontecimentos misteriosos e garantiu que os mesmos fossem entregues à justiça.
O resort pode finalmente retomar a vida normal e todos os hóspedes puderam desfrutar de sua permanência com tranquilidade e sem preocupações!
As Crianças e o gnomo do bosque
Adelaide
Dittmers
Beto, João, Roberta e Lena adoravam
brincar no bosque perto de suas casas.
Subiam nas árvores, molhavam-se nas águas verdes do lago e escondiam-se
uns dos outros, gritando de alegria quando eram encontrados.
Em uma tarde de sol, em que
caminhavam entre os arbustos, as
crianças se depararam com uma amoreira carregada. Foi uma festa. Deliciavam-se
com as frutinhas, quando dentre os galhos surgiu um homenzinho verde com cheiro
de flores do campo. Os quatro deram um
berro assustados, mas o anão os acalmou:
— Não vou fazer mal a vocês.
— Quem é você? Gritaram em coro.
— Sou um gnomo. Protejo as florestas.
— Um gnomo! Que legal! Exclamou Lena.
O gnomo disse então que sempre os via no
bosque e se divertia com eles. Percebia
também que brincavam sem ferir a vegetação, o que o deixava muito feliz.
— E por que você nunca apareceu para
brincar conosco? Perguntou Beto.
— Para não assustá-los. Mas hoje resolvi me mostrar. Preciso da ajuda de vocês.
— Nossa ajuda! Gritaram todos ao mesmo
tempo.
O gnomo então lhes falou que estava
muito triste e preocupado. As pessoas
não respeitavam mais a natureza.
Cortam as árvores, jogam lixo nas
águas dos lagos, rios e mar. Que peixes estão morrendo engolindo
plásticos. Colocam fogo nas florestas.
Quando terminou, as crianças estavam
caladas, com os olhos muito abertos.
— É por essa razão, que vim falar com
vocês, que são o futuro deste nosso planeta.
— Como podemos ajudar? Perguntou
Roberta, que pareceu ter despertado de um pesadelo.
O homenzinho lhes explicou que como
gnomo não poderia usar superpoderes, que era apenas um protetor da natureza,
mas eles como seres humanos poderiam, sim, usá-los.
— Vocês aceitam?
As crianças se entreolharam:
— E como seriam? Perguntou João.
— Terão o poder de impedir que as
pessoas pratiquem atos que prejudiquem o meio ambiente.
— Aceitamos, gritaram os quatro muito
empolgados.
O gnomo estendeu a mão e um raio de luz
atingiu cada um deles e quando erguessem a mão anulariam qualquer ação que
prejudicasse o sistema natural da terra.
Eles se sentiram orgulhosos pela missão
e, agradecendo ao homenzinho, afirmaram que fariam tudo para proteger a
natureza.
No dia seguinte. Roberta estava indo
para a escola, quando, passando por uma ponte, viu um homem jogando um enorme
saco de lixo no rio. Estendeu a mãozinha
e o saco caiu em cima dele. O homem sujo
e fedorento ouviu a menina gritar:
— Quem joga lixo no rio é mais lixo do
que homem.
Ele baixou a cabeça envergonhado.
Dois dias depois, Beto andava de
bicicleta ao lado de um campo de vegetação baixa, onde dois homens ateavam fogo
para queimá-lo, talvez para torná-lo um pasto. O menino levantou a mão e um
grande jato de água apagou a chama e derrubou os homens.
O menino berrou:
— Aqui é lugar para plantar. Não devaste a natureza.
Lena impediu um lenhador de cortar o
único jacarandá das redondezas. João viu pessoas jogarem garrafas plásticas de
um barco no mar. Com um movimento, fez
com que caísse na água.
Por onde passava, evitavam o desrespeito
à natureza. Os habitantes do lugar se
perguntavam o que estava acontecendo. Percebendo a repercussão do que estava
acontecendo, os quatro começaram a falar na escola e com os amigos sobre a
importância de se conservar as águas limpas, as florestas e proteger os
animais.
Corriam pelo bosque, quando desabou uma
chuva, molhando-os todos. Abriram os
braços, deliciando-se com o banho frio, saltando de um lado para outro. De
repente, o homenzinho verde apareceu para a alegria deles e também se juntou à
brincadeira.
Depois parou e sério agradeceu o que
tinham feito e que, de agora em diante, não teriam mais superpoderes.
Os rostinhos deles murcharam, mas o
gnomo acrescentou comovido.
— Agora vocês já aprenderam a convencer
as pessoas apenas com suas palavras, que são muito mais importantes e poderosas
do que poderes porque chegam ao coração e à compreensão daqueles que as ouvem.
Um “Vivaa” molhado encheu o bosque.
O
abraço da liberdade.
Alberto Landi
Em
uma manhã ensolarada no porto de Nova York, a majestosa estátua erguia-se
imponente com sua tocha brilhante iluminando o caminho dos navios que se
aproximavam.
Era
ali, em meio ao vai e vem das embarcações e do burburinho dos turistas
ansiosos, que um acontecimento inesperado estava prestes a surpreender a todos.
Enquanto
os visitantes se aglomeravam para tirar fotos e contemplar a grandiosidade da
escultura, algo incomum começou a acontecer.
Lentamente,
os seus olhos pareciam ganhar vida, brilhando com uma luz dourada que indicava
bondade e acolhimento para todos ao seu redor, seguido de um piscar de olhos
para todos ali presentes.
Mal
podiam acreditar no que viam, testemunhavam um momento mágico e único naquela
manhã inesquecível.
À
medida que o sol se elevava no horizonte, os braços da escultura se ergueram
lentamente em um gesto acolhedor, como se estivesse saudando cada visitante que
chegava ao local.
O
silêncio tomou conta do lugar, enquanto todos observavam maravilhados aquela
cena extraordinária que ultrapassava as barreiras do tempo e espaço.
Os
pássaros voavam em círculos ao seu redor, como se celebrassem com ela aquele
momento de magia e encantamento.
Os
turistas sorriam emocionados, sentindo-se acolhidos pela presença imponente da
escultura personificada diante de seus olhos.
E
assim, sob o olhar atento que agora parecia sorrir para cada um dos presentes,
as pessoas ali sentiram em seus corações a chama ardente da liberdade que
aquela figura icônica representava.
E
assim enquanto o sol brilhava sobre os céus de nova York, uma cidade que nunca
dorme, ela continuava a sua vigília silenciosa e eterna saudando a quem
chegasse, com sua luz radiante e seu gesto acolhedor lembrando a todos que a
liberdade é um direito intransferível de cada ser humano neste imenso mundo.
PLAFT PLUFT, O FANTASMINHA CAMARADA!
Dinah Ribeiro de Amorim
Na cidade de Bruxolândia, afastada dos centros urbanos, inexistente nos mapas, caminha um solitário fantasminha, cabisbaixo e entristecido.
Acabou de sair de uma reunião com os fantasmas mais velhos, chefiados pelo bruxo mor, o fantasma Cruz Credo, que, enraivecido e soltando fumaça pelos ares, bravo mesmo, reclamou da situação atual dos fantasmas novos: “Não causavam mais medo nas crianças nem nos jovens!”
Plaft Pluft, o fantasminha legal, como era conhecido, até que se esforçava em fazer aparições repentinas e barulhos ensurdecedores, mas a criançada o achava engraçado, ria muito dele e convidava-o a entrar nas brincadeiras. Ele entrava e gostava. Que culpa tinha se a geração atual não temia mais fantasmas?
Aparecia nas ruas desertas, em casas abandonadas, cemitérios à noite, cumpria rigorosamente o que lhe ensinaram os antigos, mas as pessoas não o temiam, não eram mais como antigamente. Até gostavam de fantasmas.
Cruz Credo, o chefe velho, muito rigoroso, não percebeu que o mundo mudou. A educação das crianças e jovens é outra. Gostam do imaginário, do invisível, de tudo que é diferente do real e visível.
São atraídos, buscam o diferente, algo que os afaste de suas existências. São insatisfeitos com a vida que têm.
Quando ele aparece para assustá-los, não correm dele, mas cercam-no, curiosos, querem conhecê-lo, saber de onde vem, como vive, etc.
Fica até meio sem graça e não sabe como responder. Acha que os fantasmas, de hoje, necessitam de alguma ajuda, talvez algum psiquiatra, como os humanos, quem sabe?
Continua sua andança pelos caminhos, pensativo, procurando uma solução. Mudar de aparência, colocar alguma vestimenta semelhante aos jovens, cobrir suas partes imateriais, disfarçando-as, etc.
Percebe aos poucos que, no caminho, não está sozinho. Uma menina de verdade, não disforme como ele, chora baixinho, derrama muitas lágrimas. Despede-se de um jovem, com cara de zangado, que lhe dá um aceno e segue em direção a outra mocinha, mas diferente no olhar, na vestimenta, cheia de piercing pelo nariz e rosto, braços e pernas com desenhos pretos, de cobras e torres. Mais feia que as bruxinhas de verdade, até ele fica com medo.
A jovem que chora senta-se num banco da praça e Plaft Pluft, devagar, para não assustá-la, senta-se ao seu lado, compadecido. Olha-a de perto, vê como é linda, delicada, parece mais uma fada, ao contrário da outra, uma bruxa, que lhe roubou o namorado.
Olha-a com tanto carinho que, ao vê-lo, a jovem não sente medo e resolve contar-lhe a razão da sua mágoa.
Chama-se Lala e, Murilo, seu namorado, rompeu com ela e irá levar a outra moça, Frida, ao baile da escola. Diz que a tal Frida é mais bonita, mais jeitosa, mais moderna que ela. Lala é muito sem graça, não o interessa como a outra, que está mais de acordo com a época.
— E como é estar mais de acordo com a época? Pergunta-lhe o fantasminha, interessado.
— Ah! Gostar de tudo que é estranho, novidade, fora do normal, passeios assombrosos, roupas esquisitas, malcheirosas, andar em bandos, brigar muito, lutar mais do que se divertir, ser valentão no mundo dos fracos, responde Lala, recomeçando a chorar.
Plaft Pluft pensa, então é isso. Querem ter poderes, virar fantasmas, de verdade, fazer o mal. Não têm mais medo. A vida dos fantasmas agora é inútil. Quanto mais amedrontam, mais agradam.
Olha para Lala e acha-a tão bonita, tão suave, tão bem-feita, gostaria de ser um jovem, para sair com ela. Aprender a dançar, vê-la sorrir, acompanhá-la ao baile da escola, portar-se como um cavalheiro, seu par.
Lala pergunta-lhe curiosa, um pouco mais calma: “Não entendo isso. Como é tão gentil comigo? Não sinto medo de você. É um fantasma de verdade?”
Plaft Pluft, meio sem jeito, responde que é um fantasma novo, educado por uma mãe moderna, que não gostava de ser fantasma, e má. Queria ser uma mulher, real, como as outras. Os mais velhos não deixaram.
— Mas, se quiserem, podem ser gente humana, mesmo? Pergunta, espantada, Lala.
— Algumas vezes, sim, responde o fantasminha, encabulado. Depende do nosso coração. Se a vontade de fazer o bem for maior do que a do mal, pode haver uma transformação.
— Então, você, se quiser, poderá ir comigo ao baile? Pergunta Lala já toda entusiasmada. Eu arrumo umas roupas legais, e ficará um jovem lindo.
Plaft Pluft, não pensou muito, acompanhá-la ao baile, seria para ele, tudo de bom e ainda faria inveja ao rapaz que a abandonara. Promete pensar no assunto, conseguir uma dispensa e lhe dar resposta no dia seguinte, àquela hora.
Despedem-se e Lala, mais feliz, vai para casa. Irá ao baile, sim, e acompanhada, imagine, por um fantasma de verdade, disfarçado. Não poderá haver maior triunfo entre os jovens.
No dia seguinte, Lala senta-se no mesmo lugar, mesmo banco, mesmo parque. Plaft Pluft, disfarçado, em atraente jovem transformado, senta-se ao seu lado e pergunta se ficou bem.
Lala, emocionada, reconhece-o pela voz e, encantada, combina um horário para buscá-la, como colega recém-chegado à escola, em sua casa. Ia apresentá-lo à mãe como o par predileto.
Chega a noite do baile e, como o combinado, Plaft Pluft acompanha, muito elegante, a mocinha Lala, que virou uma grande amiga. Toda linda, de vestido rosa bordado, entra no salão apoiada nos falsos braços do seu fantasma. Vaidosa, orgulhosa do seu belo par, começa a valsar, passando à frente do antigo namorado, que a olha, enciumado.
Todos os presentes a olham com admiração e Frida, a atual namorada de Murilo, coloca o pé à sua frente, para que caia ao chão, num grande baque.
Plaft Pluft, mais que depressa, ao perceber essa maldade, levanta rápido o corpo de Lala pela cintura, suspende-a no ar, fazendo-a rodopiar e valsar pelos ares.
Nossa! Exclamação geral da moçada! Que namorado legal! Estão valsando e voando. Aplausos gerais!
Lala e seu fantasminha legal são eleitos os reis do baile de final de ano!
Plaft Pluft, o fantasma, contraria seus ancestrais e resolve se transformar num homem de verdade, apaixonado pela menina Lala, que ganhou seu coração.
Nessa história, o fantasminha camarada se transforma no Paulo Pedro, um jovem muito legal.
As Mãos do Meu Pai – Mário Quintana
“As tuas mãos têm grossas veias como cordas azuis
sobre um fundo de manchas já cor de terra
— como são belas as tuas mãos —
pelo quanto lidaram, acariciaram ou fremiram
na nobre cólera dos justos…
Porque há nas tuas mãos, meu velho pai,
essa beleza que se chama simplesmente vida.
E, ao entardecer, quando elas repousam
nos braços da tua cadeira predileta,
uma luz parece vir de dentro delas…
Virá dessa chama que pouco a pouco, longamente,
vieste alimentando na terrível solidão do mundo,
como quem junta uns gravetos e tenta acendê-los contra o vento?
Ah, Como os fizeste arder, fulgir,
com o milagre das tuas mãos.
E é, ainda, a vida
que transfigura das tuas mãos nodosas…
essa chama de vida — que transcende a própria vida…
e que os Anjos, um dia, chamarão de alma…”
Distinção – Carlos Drummond de Andrade
O Pai se escreve sempre com P grande
em letras de respeito e de tremor
se é Pai da gente. E Mãe, com M grande.
O Pai é imenso. A Mãe, pouco menor.
Com ela, sim, me entendo bem melhor:
Mãe é muito mais fácil de enganar.
(Razão, eu sei, de mais aberto amor.)
O pai -Pablo Neruda
Terra de semeadura inculta e brava,
terra que não tem estreitos nem sendas,
minha vida sob o sol treme e alarga.
Pai, os teus olhos doces nada podem,
como nada puderam as estrelas
que me abrasam os olhos e as fontes.
O mal de amor cegou a minha vista
e nesta fonte doce do meu sonho
refletiu-se outra água estremecida.
Depois… Pergunta a Deus por que me deram
o que me deram e por que depois
soube da solidão de terra e céu.
Olha, minha juventude foi broto
puro que ficou sem abrir, perdeu
sua doçura de sangues e de sucos.
O sol que cai e cai eternamente
cansou-se de beijá-la… E sendo outono,
Pai, os teus olhos na podem.
Escutarei na noite tuas palavras:
menino, meu menino…
e na noite imensa seguirei
com as minhas e as tuas chagas
Soneto ao pai – Edival Lourenço
Oh! Fluida infância! Pátria faz-de-conta!
Pobre de coisas com riqueza d’alma:
palhoça, vento, verde, aves e calma
para fruir a vida em toda monta.
Aquele ano choveu além da conta
e abriu-se um olho d’água em nossa casa
que meu pai ajudou, com fina vaza,
fazer o arroio: do Araguaia ponta.
Encanta-me o sentido que propala.
Maior riqueza, sei, ninguém encontra:
o nascente Araguaia nos escala.
A vida tem o rio a inspirá-la:
mereja, empoça, entorna, enfim desponta
promissora qual jorro de olho d’água!
A voz do meu pai – Manoel de Barros
Abro os olhos.
Não vejo mais meu pai.
Não ouço mais a voz de meu pai.
Estou só. Estou simples.
Não como essa poderosa
voz da terra
com que me estás chamando, pai —
porque as cores se misturam
em teu filho ainda
e a nudez e o despojamento
não se fizeram em seu canto;
mas, simples por só acreditar
que com meus passos incertos
eu governo a manhã
feito os bandos de andorinha
nas frondes do ingazeiro.
A lenda de Barba Negra
Alberto Landi
No auge dos tempos dourados da pirataria, havia um temido capitão que aterrorizava os mares do Caribe e saqueava vilas. Era temido pelos marinheiros e comerciantes de todas as nações, seu nome Barba Negra.
Com sua barba longa emaranhada e encharcada de rum e fumaça de tabaco, ele comandava um navio negro como a noite, batizado de Pérola Negra.
Os relatos sobre ele eram repletos de horror. Dizia-se que ele possuía um olhar capaz de congelar o sangue nas veias de qualquer homem e que seus risos ecoavam como trovões em meio a tempestades, ele era um vulcão de raiva, pronto para entrar em erupção a qualquer momento, a raiva queimava dentro dele como fogo selvagem. Costumava ter pistolas em volta do peito, amedrontando todos.
Seu navio era decorado com caveiras e ossos, e os poucos sobreviventes dos seus ataques afirmavam que a tripulação era composta por fantasmas e demônios.
A bandeira com a imagem de uma caveira com os ossos cruzados é conhecida como um símbolo associado à pirataria. A imagem da caveira representa a morte, enquanto os ossos cruzados simbolizavam a mortalidade humana. Era usada para intimidar as vítimas em potencial, sinalizando que os piratas estavam dispostos a lutar até a morte. Não era por acaso que não havia quem não temesse ao ver flutuar a bandeira representando um esqueleto.
Era uma noite com muito nevoeiro quando o navio fantasma foi avistado ao longo da costa lançando uma sombra tenebrosa sobre a pequena vila costeira.
Os moradores, apavorados, se apressavam em trancar as portas e janelas, rezando para que esse terrível pirata sanguinário não escolhesse a vila como seu próximo alvo.
A pequena comunidade se manteve em silêncio, esperando pelo pior, até que uma figura enigmática encapuzada emergiu da neblina que atingia a vila naquele momento e se dirigiu ao navio fantasma, agora atracado no pequeno porto que ali existia.
Era um marinheiro conhecido como capitão Locker que já havia enfrentado há algum tempo alguns corsários.
Com os olhos bem fixos e determinados, ele desafiou o valente pirata para um duelo.
Foi muito intenso o confronto com espadas reluzentes sob a luz do luar.
Os moradores ainda apavorados assistiam segurando a respiração, enquanto as laminas de aço das espadas tilintavam no ar.
Com um golpe certeiro, Locker conseguiu desarmar e vencer o valentão que, caído ao chão, não mostrou raiva e ainda deu uma risada estrondosa, dizendo:
— Você é muito digno de me enfrentar, enquanto estendia a mão em sinal de respeito e amizade para Locker.
O pirata fez um juramento ao marinheiro de nunca mais ameaçar qualquer vila ou outro assentamento costeiro, desde que sua vida fosse poupada.
Agora a alegria em seus olhos era como um nascer do sol radiante após uma longa noite.
A risada era como uma melodia, que cativava as pessoas ao seu redor.
Desde então seu nome passou a ser lembrado não apenas pelo medo que inspirava, mas também pela lenda do capitão que encontrou redenção e paz nos mares revoltos e tumultuados do Caribe!
SUSTO À PRIMEIRA VISTA
Vanessa Proteu
Ana, de repente, ouve um barulho na
cozinha e vai verificar. É noite e o relógio na parede começa a badalar. Ela se
vira e se depara com um vulto. Ana corre desesperadamente e abandona a casa
alegando haver nela uma figura estranha capaz de causar pavor e desespero em
quem mora lá. Essa é a lembrança da última vez que Alfredo, um jovem fantasma,
conseguira assustar alguém.
Ele está indignado, pois nos últimos tempos, suas
tentativas de causar pânico nas pessoas não estavam funcionando como
antes. E o famoso “buuuuu!” já não era
mais tão assustador, nem mesmo os grunhidos no meio da noite. Sem emprego, sem
diversão, esse fantasma carioca estava meio deprê. Há tempos não aparecia nenhum morador na sua
casa na rua do ouvidor, número 100. Alfredo trancara-se no porão, pois já havia
desistido da vida, se é que podemos dizer que assombração tem vida.
Numa manhã, porém, ele ouviu uma movimentação estranha:
— Mermão, o que será isso? — perguntou a si. Para sua surpresa, era a família de
Brenda, uma adolescente mimada e cheia de manias, obcecada por beleza e
exageradamente fresca.
Alfredo logo se animou:
— Agora sim... Mas como vou fazer para espantá-los? Faz
tanto tempo que não faço isso, cara! Vou precisar de um plano. Já sei, quando a galera estiver dormindo, eu
derrubarei algumas coisas, faço as portas se baterem e, quem sabe, até faça as
luzes piscarem. Mas, e quando eles me virem?
Hum... Deixa eu pensar... Acho que vou dar uma gargalhada bem forte que
até as janelas vão tremer. Vai ser “daora”, meu! Mal posso esperar. Ansioso, Alfredo anda de
um lado para o outro, atravessando as paredes e esfregando as mãos. Ah, ele ficou muitíssimo animado com aquela
movimentação! À medida que o sol se despedia, o relógio fazia tic-tac, tic-tac
e a noite se aproximava, o nosso temido fantasma se preparava. Trovões e relâmpagos abrilhantavam o show.
Nada daria errado. — Será que eu uso branco ou preto? Nossa, como sou
indeciso! É melhor eu usar preto, pois o
branco está fora de moda e quem usa branco é o Gasparzinho, o fantasminha
camarada. Eu não quero parecer com ele.
Ao cair da noite, pelas mãos da tempestade, as luzes se
apagaram e Alfredo começou o seu espetáculo. As velhas portas rangiam como se
sentissem dores, as cortinas sacudiam e cada membro da família se arrepiava.
Estava dando tudo certo. Alfredo estava pronto para sua aparição no quarto de
Brenda e assim que ele atravessou a parede...
— Ahhhh !!! — ouviram-se gritos. No clarão dos raios,
eles finalmente se viram. Brenda usava uma máscara facial marrom, rolinhos no
cabelo e um roupão roxo. Ambos gritaram. Foi susto à primeira vista.
Amália e o fado de Lisboa
Alberto
Landi
Era uma vez numa Lisboa mágica e cheia de encanto, uma fadista de nome Amália. Ela era como a própria cidade, cheia de mistérios, histórias e paixões. A origem do fado remonta aos bairros históricos de Lisboa, como Alfama, Mouraria e Bairro Alto.
Ela
caminhava pelas calçadas do Chiado, onde o fado ecoava pelas vielas estreitas.
Assim
como Lisboa, ela tinha uma alma antiga, carregava consigo as memórias de tempos
passados. Ela era a personificação da saudade, da força e da beleza que a
cidade representava.
Nas
noites de verão, ela se sentava a beira do Tejo, nas proximidades da Torre de
Belém, contemplando as águas que refletiam a luz das estrelas. Rio dos poetas,
inspiração para versos e canções, símbolo da alma lusitana, eterna fonte de
encanto e esperança.
Ela
sabia que a cidade carregava em si o peso da história e a promessa de um futuro
brilhante.
Seus
olhos brilhavam como as sete colinas de Lisboa e sua presença era tão
importante quanto o Castelo de São Jorge. Ela era a personificação da alma da
cidade, uma mistura de tradição e modernidade, de melancolia e alegria.
E
assim ela e Lisboa se fundiam numa só essência, representando a beleza e a magia
que só uma artista como ela poderia carregar, tornou-se num ícone cultural em
Portugal.
Quando
interpretava o fado tocava o coração de quem a ouvia., transmitindo uma intensa
emoção.
E
assim, ao som das guitarras portuguesas e de sua voz, as ruas de Lisboa se
enchiam de emoções e saudades. Cada nota do fado ecoava como um lamento antigo,
entrelaçando-se com a história da cidade.
No
coração da capital portuguesa, o fado continuava a tecer suas melodias,
mantendo viva a tradição e o sentimento único que somente Lisboa e Amália
poderiam expressar.
Deixou
um legado que continua a inspirar gerações de músicos e apreciadores do fado em
todo o mundo!
DICAS DE SITES INTERESSANTES PARA NAVEGAR OU PARA UTILIZAR:
1 - GOOGLE ART:
Um canal de viagem pelas mais diversas fontes de artes do mundo.
https://artsandculture.google.com/
2 - GOOGLE EARTH:
Veja os países, cidades, bairros, em todos s seus pontos. Aumente ou diminua a tela. Faça pesquisas. Navegue sem fronteiras.
3 - RIMAS:
Sabe aquele momento que faltam palavras? Para os poetas, indico para quem busca uma rima para a poesia que está nascendo:
5 - QR CODE FÁCIL E GRÁTIS:
Para criar um QR CODE de um endereço, de um cardápio, de um lugar, site, ou seja, lá o que for, é muito fácil neste site.
6 - CORRETOR DE TEXTO GRÁTIS:
Este site ajuda a enxergar algumas falhas do texto. Não é perfeito, mas ajuda.
Ele tem a versão gratuita, embora a versão paga, como em todos os casos, seja mais completa:
https://languagetool.org/editor/new
7 - CALCULE SEM PROBLEMAS:
O site CÁLCULO EXATO ajuda a fazer conversão de medidas de velocidade, de área (superfície), de volume, fuso horário e tantas outras possíveis utilidades:
https://calculoexato.com.br/parprima.aspx?codMenu=ConvMassa
8 - CÁLCULO PARA PAGAMENTO ÀS DOMÉSTICAS:
Precisa de uma ajudinha com os cálculos:
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Um
legado a ser seguido
Alberto Landi
Caminhando por alguns locais
da cidade de São Paulo, observava atentamente a agitação ao meu redor.
Andava por praças, jardins,
e percebia pequenos gestos que revelavam o legado deixado por pessoas comuns.
Numa das praças, observei um
mural colorido repleto de mensagens de encorajamento e solidariedade criados
por artistas anônimos, que não tiveram chances e oportunidades de aparecerem na
mídia, mas inspirados pela empatia e compaixão.
Deparei-me com um grupo de
crianças brincando em um jardim revitalizado por voluntários da vizinhança,
cuidando da preservação do meio ambiente, uma atitude que poderá ser
transmitido para gerações futuras, ao mesmo tempo, criando um espaço de alegria
e aprendizado.
A noite chegou, observei
abrigo em centros comunitários onde voluntários ofereciam refeições quentes e
apoio emocional em pessoas moradoras de rua.
A atitude deixada por elas
era realmente uma herança de amor.
Eram palavras de
encorajamento, gestos altruístas, que faziam diferença numa cidade grande como
São Paulo e tocavam o coração de quem as recebia e daqueles que eram acolhidos.
Todas essas atitudes,
movimentos dessas pessoas representa para mim um tesouro inestimável que me
inspira a seguir adiante com esse exemplo, um grande legado!
O SEGREDO DE UMA LÁGRIMA Pedro Henrique Curioso é pensar na vida e em toda sua construção e forma: medo, terror, desejo, afet...