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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

REFORMA ORTOGRÁFICA: Minivocabulário

REFORMA ORTOGRÁFICA: Minivocabulário
Palavras e expressões com ou sem hífen
Inez Sautchuk*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Palavras e expressões mais usadas com ou sem hífen, atualizadas conforme o Acordo Ortográfico. 
A
a fim de
à queima-roupa
à toa 1
à vontade
abaixo-assinado
ab-rupto 2
acerca de
aeroespacial
afro-americano
afro-asiático
afro-brasileiro
afrodescendente
afro-luso-brasileiro
agroindustrial
água-de-colônia
além-Brasil
além-fronteiras
além-mar
amor-perfeito
andorinha-do-mar
anel de Saturno
anglomania
anglo-saxão
ano-luz
antessala
antiaderente
antiaéreo
antieconômico
anti-hemorrágico
anti-herói
anti-higiênico
anti-ibérico
anti-imperialista
anti-infeccioso
anti-inflacionário
anti-inflamatório
antirreligioso
antissemita
antissocial
ao deus-dará
arco e flecha
arco-da-velha
arco-íris
arqui-inimigo
autoadesivo
autoafirmação
autoajuda
autoaprendizagem
autoeducação
autoescola
autoestima
autoestrada
auto-hipnose
auto-observação
auto-ônibus
auto-organização
autorregulamentação
ave-maria
azul-escuro
B
Baía de Todos-os-Santos
belo-horizontino
bem-aventurado
bem-criado
bem-dito
bem-dizer
bem-estar
bem-falante
bem-humorado
bem-me-quer
bem-nascido
bem-te-vi
bem-vestido
bem-vindo
bem-visto
bendito (= abençoado)
benfazejo
benfeito
benfeitor
benfeitoria
benquerença
benquerer
benquisto
bico-de-papagaio (planta)
bio-histórico
biorritmo
biossocial
blá-blá-blá
boa-fé
bumba meu boi
C
café com leite
calcanhar de aquiles
cão de guarda
carboidrato 3
causa-mortis (a...)
centroafricano 4
centro-africano 5
circum-murado
circum-navegação
coabitação
coautor
cobra-d'água
coco-da-baía
coedição
coeducação
coenzima
coerdar
coerdeiro
coexistente
coexistir
cofator
coirmão
comum de dois
conta-gotas
contra-almirante
contra-ataque
contracheque
contraexemplo
contraindicação
contraindicado
contraofensiva
contraoferta
contraordem
contrarregra
contrassenha
contrassenso
coobrigação
coocupante
coocupar
cooptar
cor de café
cor de café com leite
cor de vinho
cor-de-rosa
couve-flor
criado-mudo
D
decreto-lei
dente-de-leão
depois de amanhã
desumano
deus nos acuda (um...)
dia a dia 6
disse me disse (um...)
doença de Chagas
E
em cima
embaixo
entre-eixo
euro-asiático
eurocêntrico
ex-almirante
ex-diretor
ex-presidente
ex-primeiro-ministro
ex-secretária
extra-alcance
extraclasse
extraescolar
extrafino
extraoficial
extrarregular
extrassolar
extrauterino
F
faz de contas (um ...)
feijão-verde
fim de século
fim de semana
folha de flandres
francofone
G
general de divisão
geo-história
giga-hertz
girassol
grã-fina
grão-duque
grão-mestre
Grão-Pará
guarda-chuva
guarda-noturno
Guiné-Bissau
H
habeas-corpus (o...)
hidroelétrico
hidrelétrico
hidrossolúvel
hidroterapia
hipermercado
hiper-raquítico
hiper-realista
hiper-requintado
I
inábil
indo-chinês 7
indochinês 8
indo-europeu
infra-assinado
infra-axilar
infraestrutura
infrassom
inter-hemisférico
inter-racial
inter-regional
inter-relacionado
intramuscular
intraocular
intraoral
intrauterino
inumano
J
joão-de-barro
joão-ninguém
L
latino-americano
lenga-lenga
luso-brasileiro
lusofobia
lusofonia
M
macroestrutura
macrorregião
madressilva
mãe-d'água
má-fé
mais-que-perfeito
mal de Alzheimer
mal-acabado
mal-afortunado
malcriado
malditoso
mal-entendido
mal-estar
malgrado
mal-humorado
mal-informado
má-língua
mal-limpo
malmequer
malnascido
malpassado
malpesado
malquerer
malquisto
malsoante
malvisto
mandachuva
manda-lua
manda-tudo
maria vai com as outras
médico-cirurgião
mesa-redonda
mestre-d'armas
microcirurgia
microempresa
microestrutura
micro-ondas
micro-organismo
microssistema
minicurrículo
minissaia
minissérie
multissegmentado
N
não agressão
não fumante
não me toques 9
não violência
não-me-toques 10
neoafricano
neoexpressionista
neoimperialista
neo-ortodoxo
norte-americano
O
olho-d'água
P
pan-africano
pan-americano
pan-hispânico
para-brisa
para-choque
para-lama
paraquedas
paraquedismo
paraquedista
para-raios
pé-de-meia
pingue-pongue
plurianual
poli-hidratação
pontapé
ponto e vírgula
por baixo de
por isso
porta-aviões
porta-retrato
porto-alegrense
pós-graduação
pospor
pós-tônico
predeterminado
preenchido
pré-escolar
preexistente
preexistir
pré-história
pré-natal
pré-nupcial
pré-requisito
pressupor
primeiro-ministro
primeiro-sargento
pró-ativo
proeminente
propor
pró-reitor
pseudo-organização
pseudossigla
Q
quem quer que seja
R
reabilitar
reabituar
reaver
recém-casado
recém-eleito
recém-nascido
reco-reco
reedição
reeleição
reescrita
reidratar
retroalimentação
reumanizar
S
sala de jantar
segunda-feira
sem-cerimônia
semiaberto
semianalfabeto
semiárido
semicírculo
semi-interno
semiobscuridade
semirrígido
semisselvagem
sem-número
sem-vergonha
sobreaquecer
sobre-elevação
sobre-estimar
sobre-exceder
sobre-humano
sobrepor
social-democracia
social-democrata
sociocultural
socioeconômico
subalimentação
subalugar
subaquático
subarrendar
sub-brigadeiro
subemprego
subestimar
subdiretor
subumano (ou sub-humano)
subfaturar
sub-reitor
sub-rogar
sul-africano
superestrutura
super-homem
super-racional
super-resistente
super-revista
supraocular
suprarrenal
suprassumo
T
tenente-coronel
tico-tico
tio-avô
tique-taque
tomara que caia
U
ultraelevado
ultrarromântico
ultrassecreto
ultrassensível
ultrassom
ultrassonografia
V
vaga-lume
vassoura-de-bruxa
verbo-nominal
vice-almirante
vice-presidente
vice-rei
vira-casaca
X
xique-xique 11
xiquexique 12
Z
zás-trás
zé-povinho
zigue-zague
zum-zum
1 como adjetivo ou como advérbio.
2 preferível esta forma a "abrupto", também correta.
3 a forma carbo-hidrato também está correta.
4 refere-se à República Centroafricana.
5 refere-se à região central da África.
6 como substantivo ou como advérbio.
7 quando significar Índia + China; indianos + chineses.
8 referente à Indochina.
9 significando "facilidade de magoar-se".
10 planta.
11 chocalho.
12 planta.
Este quadro está apoiado nas obras: 
BECHARA, Evanildo. O que muda com o Novo Acordo Ortográfico. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2008.
INSTITUTO ANTÔNIO HOUAISS. Escrevendo pela Nova Ortografia. Rio de Janeiro/São Paulo, Houaiss/Publifolha, 2008.
GOMES, Francisco Álvaro. O Acordo Ortográfico. Porto, Porto Editora, 2008.

http://educacao.uol.com.br/portugues/reforma-ortografica/2009/01/30/minivocabulario.jhtm




Vidas secas de Graciliano Ramos.wmv

sábado, 8 de novembro de 2014

“PERDE TEMPO”OU “POUPA TEMPO”? - Dinah Ribeiro de Amorim


“PERDE TEMPO”OU “POUPA TEMPO”?
  Dinah Ribeiro de Amorim

  Dª Sueli, aos setenta e cinco anos, tinha uma vida bastante ativa. Fazia exercícios diários, pintava, gostava de ler, frequentar festas, organizar serviços voluntários e, de vez em quando, escrever algumas poesias. Ia levando a chamada “nova idade” da melhor maneira possível. Seu maior prazer mesmo era dirigir, pegar o  carro e sair para uma bela estrada, num dia bonito de sol. Sentia-se livre, aventureira e independente.

  Ficou realmente muito preocupada quando notou que sua carteira de motorista estava vencendo. Dirigiu-se ao despachante mais próximo, achando que logo resolveria o assunto, mas com muita delicadeza e atenção, ele informou que teria que fazer exame médico novamente, agora, só no Detran. Ou, se quisesse, poderia tentar também nos Poupatempo da cidade, pois devido “a sua idade,” talvez tivesse menos fila, e poderia ser melhor atendida.
  Achou que mais perto seria o Poupatempo, Dª Sueli não perdeu tempo, e logo para lá se dirigiu. Muito bem atendida, indicaram-lhe a fila da 3ª idade, e não poderia fazer o exame de vista no mesmo dia, mas poderia marcar com antecedência e comparecer no dia e hora designados para ela. Como a fila estava comprida, perguntaram-lhe se não queria se sentar num banco adiante, que seria chamada na sua vez, pois a moça que marcava a consulta não estava atendendo no momento.

  Quanta gentileza! - pensou ela, sentando-se para aguardar. Após duas horas, dirigiu-se novamente à encarregada da fila que, com mil desculpas, colocou-a no lugar novamente,  afirmando ter esquecido de  chamá-la. Também, com tanta gente! Tudo bem - pensou ela, desejando marcar sua consulta e ir embora pois, já estava ficando realmente cansada.  “Acho que a idade já está me pegando,” (reflete).

  Finalmente, portando os papéis necessários para uma nova carteira, marcou um novo dia para seu exame de vista, não esquecendo antes do pagamento da taxa estabelecida, no banco existente ali mesmo, para esse fim.

  No dia combinado, compareceu ansiosa, louca para regularizar sua situação e tornar a dirigir seu carrinho que a levava, livre, a tantos lugares atraentes. Foi encaminhada novamente a uma fila especial, recebida com a mesma gentileza anterior, apresentou novamente os documentos necessários como da primeira vez, agora um pouco mais rápido, mas que decepção! A atendente pesquisou no computador e lhe disse que não poderia ainda fazer seu exame de vista, pois existia uma pendência na sua pontuação, vinda do DETRAN. Mas como! - pensou ela, não havia recebido nenhuma notificação, algumas multas que tivera sempre foram pagas corretamente, deveria haver algum engano.  Seus documentos estavam em ordem. Os funcionários se entreolharam e, resolveram encaminhá-la a um departamento do DETRAN, mais próximo, no centro mesmo, próximo ao Perdetempo, isto é,  Poupatempo para perguntar o que havia acontecido. Realmente, seria mais fácil para ela, “devido à idade,” com menos gente. Só não sabiam se estaria funcionando naquele horário. “Que sorte - pensou ela, em sua inocência.” “Fica aqui ao lado. Quem sabe ainda volto hoje mesmo e resolvo tudo.”

  Chegou ao prédio indicado, cheio de gente e com vários casos. Foi encaminhada a uma nova fila especial, atendida por um senhor muito gentil que olhando também pelo computador lhe disse que havia tido alguns pontos a mais. A contagem agora não era mais anual, mas outro tipo de contagem que ela não entendeu muito bem e, como sua carta estava vencendo, não poderia guiar até fazer um novo exame de trânsito, realizado no próprio DETRAN, passando antes por um julgamento do caso e de quanto tempo seria sua penalidade, sem poder dirigir!

  Pronto, Dª Sueli estava agora não só muito contrariada como entristecida, sentindo-se uma condenada por ter pretendido renovar sua carteira de motorista, cansada de tanta correria, recebendo e ouvindo novidades que, para ela, com tantos anos de trabalho em periferias de São Paulo, nunca  haviam acontecido. As coisas estavam se tornando mais difíceis ultimamente.
  E a escola do DETRAN, onde deveria fazer o curso, entrou em férias!

  Depois de muitas perguntas, encontrou uma escola do DETRAN perto de sua casa, e fez o curso pela Internet. Um advogado foi contratado, conseguindo lhe uma penalidade adequada ao caso e, finalmente,  adquirindo boa nota, para espanto de alguns, foi aprovada e ganhou o direito de fazer seu exame de vista, recebendo a carteira de motorista e permissão para guiar novamente. Que coisa boa!

  Muito satisfeita, recebeu essa notícia em Paris, através do celular, meio esquecida do fato, entrando na catedral de Notre Dame para ouvir um belo coral.

  Dª Sueli, realmente, sabia levar com sabedoria a sua “nova idade”.



sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Um farol no meio da escuridão - Hirtis Lazarin


Um farol no meio da escuridão
Hirtis Lazarin

Estamos em pleno verão.  A estação que nos permite quebra- de- regras.

          Lá fora o sol imponente e poderoso pinta o mundo misturando todas as cores.  Alguns raios bem atrevidos invadem meu quarto, através de pequenas frestas na velha janela de madeira.  Caminha e estaciona sobre meus olhos.  Acordo num segundo.  Salto da cama com a agilidade e a leveza da garça e com a alma embebida de paz.

          Prendo meus cabelos  num rabo-de-cavalo, visto um jeans surrado, desbotado e cortado na altura dos joelhos, uma regatinha branca, básica, deixando à mostra, no meu ombro, tatuagem de pássaro em pleno voo, símbolo da minha liberdade.

          Já que tenho a pele clara e sardenta, lubrifico com protetor solar as partes desprotegidas.

         Há muitos meses, evito contá-los, moro num povoado de pescadores na costa de Maine, pedacinho do céu, em terras da Nova Inglaterra.

          Esgotei-me com a vida agitada, com o corre-corre que não nos leva a lugar algum, com  a violência gratuita, o consumismo desenfreado imposto pela mídia, a vida informatizada.  Sentia-me um robô com alma romântica, que ainda sonha, que gosta do abraço apertado, do beijo generoso, da amizade que não finge.  Fui sendo tomada por uma tristeza sem fim, nesta São Paulo tão grande, tão numerosa de gente sem troca de olhares, nem de palavras, pessoas que se aprisionam em casa, priorizando a comunicação virtual.  Celulares enviam mensagens e pensamentos.  Mas celulares não têm voz, não têm cheiro, não têm toque.

          Uma vontade imensa de mudar de roupa por dentro e por fora.  E essa vontade se tornou mais poderosa e convicta dentro de mim quando, de repente, não mais que de repente, partiu meu companheiro e amigo, o homem que elevava minha autoestima nos momentos de fragilidade. Foi embora, e dessa viagem não voltará jamais.

          Vivendo nesse inverno tão rigoroso, virei-me no avesso e descobri que ali dentro havia um verão indomável.  Acreditei nessa força interior e rompi com tudo e com todos.  Vendi meu apartamento, meu carro, organizei um bazar com minhas melhores roupas. Juntei o dinheiro que me foi possível juntar.  Desmontei minha casa e tudo foi transportado por caminhão baú à instituição de caridade.

          Rasquei cartas e fotografias, rasguei cartões de natal que colecionava desde menina. Chorei bastante.  Conservei apenas meu notebook, livros e a grande vontade de viver uma vida simples.

          Pesquisei na internet, visitei agências de turismo e vim parar aqui, nesse simpático vilarejo de pescadores que sobrevivem da pesca da lagosta.

          Ocupo um pequeno espaço anexo à casa rústica e aconchegante do casal, Mary e Bob, amigos verdadeiros que conquistei aqui.

          Fica bem próximo ao Port Head Light, um dos sessenta faróis em atividade que permeiam a costa atlântica de Maine, costa extremamente rochosa, mar de águas rasas e gélidas, propícias à criação e reprodução de lagosta.  Os faróis são estrelas na terra, orientando com seus fachos de luz, os marinheiros na escuridão da noite.

          Durante o verão, turistas de todos os cantos passam por aqui.  O Port Head Light é o farol mais visitado e fotografado, por conta da facilidade que se tem pra chegar até ele.

          Vivendo aqui, aperfeiçoei meu inglês que era só de livros.  Não temos rotina.  Gente nova e interessante aparece a toda hora.

          Quando cheguei, confesso, tive meus momentos de tristeza, solidão e recordação.  Sentava-me a beira-mar e ouvia sua voz sedutora, que sussurra, que murmura, que fala e nos convida a mergulhar em suas ondas e adentrar  seu abismo sem fim.

          Caminhava pela praia entre areia e espuma.  A maré alta apagava minhas pegadas e o vento forte diluía a espuma.  Mas o mar, a praia e eu permanecíamos.

          Nunca deixei o arrependimento tomar conta de mim... Não conseguiu por mais que tentasse.  Eu dava a mim mesma, o tempo que fosse necessário à adaptação à nova vida. Eu tinha certeza de que ali seria mais feliz.

          Bem, Bob saiu bem cedinho em busca do ganha-pão.  Mary e eu tomamos o "breakfast" juntas todos os dias.  Formou-se entre nós uma amizade sem interesses, aquela que não se rompe quando os pensamentos são diferentes.  Nossa amizade segura a barra, segura a mão e a ausência, segura uma confissão, um tranco e um palavrão.  Nossa amizade se traduz num conforto indescritível, faz sentirmo-nos seguros sem pesar o que se pensa, nem medir o que se diz.  Vivemos numa cumplicidade que não se explica, apenas acontece.

           Hoje é dia de abastecer nosso estoque de alimentos.  Pego o meu jipe cor de exército e lá vamos nós duas às compras até a cidadezinha mais próxima.


           Antes da volta, um compromisso:  passar na doceria da amiga Daisy.  Ninguém passa por Maine sem saborear a torta de mitilo selvagem com chantily fresco e beber Moxi, o refrigerante oficial do Estado. 

As duas baratas luminosas -Jorge da Paixão



As duas baratas luminosas
Jorge da Paixão      

Quando cheguei em casa e abri a porta, bem no meio da sala estavam duas baratas!
Imediatamente corri pala pisá-las. Mas, elas foram mais  ligeiras e entraram na greta da porta sumindo...
Pensei, Que coisa diferente, as duas são luminosas, uma dourada e a outra prateada!
Subi para meu  quarto, sentei na cama, e quando  fui tirar os sapatos,  para minha surpresa,  as duas estavam em cima do criado mudo! Rapidamente pequei o chinelo para matá-las. Mas, elas pularam para baixo da cama e sumiram.
Trinta minutos depois quando me sentei à mesa do computador, lá estavam elas sobre ele, peguei uma toalha, ligeiro, para batê-las, mas, ela voaram pela janela e sumiram no infinito.
À noite quando fui dormir, sonhei com as duas fantásticas baratas, as luminosas, uma prateada e a outra dourada. A prateada primeiro se apresentou e disse:  Meu nome é Amor. E a outra imediatamente também se a presentou: Meu nome é Felicidade.  Residimos no país  da  Harmonia, na cidade da Esperança que fica no estado da Paz. Viemos aqui somente para lhe agradecer pelas belas poesias que você faz com nosso  nome ! Deixamos também um beijo para seu coração pelas inspirações!
Voaram pela janela e sumiram no infinito.
Foi quando acordei com o  despertador tocando uma linda canção...




Poesias - Jorge da Paixão

 




As flores significam vida
Jorge da Paixão      

A aurora vem trazendo
Um novo dia no horizonte
Estar no jardim florescendo
Lindas rosas neste instante

As flores surgem na vida
Todo dia, toda hora
É a Natureza enriquecida
De amor, que é a sua glória 

Uma rosa amarela
Se abriu, bem cedinho
Magnifica e tão singela
Perfumando meu caminho

Com a rosa branca sonhei
Desabrochando no jardim
Depois feliz acordei
Sentindo paz dentro de mim

No jarro uma rosa vermelha
Mensageira da paixão
Carinhosamente assemelha
Com a cor do meu coração 

Divina e maravilhosa
Lá no jardim da saudade
A rosa, cor de rosa
É tradução da verdade



Maravilhosa é a vida    

Jorge da Paixão     

Vida é existência.
Existência é verdade
O amor é uma ciência
Que constrói felicidade

Vida é pompa da alegria
Que traduz felicidade
Inspirando a poesia
Na sombra da saudade

Tudo que existe é vida
É uma simples realidade
Entre as flores a margarida
Estar sorrindo com humildade

A vida é uma canção
Os anos um instrumento
Que toca o coração
Feliz a todo momento

Maravilhosa é a Vida
Filha da Natureza
Pelo Sol sempre aquecida
Para realçar sua beleza.



O amor abençoado
Autor: Jorge da Paixão    

Dever é obrigação
Com toda espontaneidade
Para sentir no coração
A paz com naturalidade   

Quem tem pressa de chegar
O pensamento ultrapassa
Impaciente fica a contar
Cada segundo que passa

Na fila se segue em frente
Para depois lá chegar
E logo provavelmente
O objetivo alcançar

Promessa é juramento
Juramento é palavra
Palavra é cumprimento
Da verdade que se fala

Cada rio tem seu nascente
Com sua água a jorrar
E depois caudalosamente
Vai correndo para o mar 

O impossível acontece
Quando é bem planejado
E no coração floresce
O amor abençoado.


A poesia é uma menina 
Jorge da Paixão       

Um jarro florido na mesa
Perfumando o meu lar
É a poesia com certeza
Feita para me inspirar  

Um pedacinho de céu
Mais gostoso da minha vida
Com sabor doce de mel
É a minha poesia querida 

A poesia é uma menina
No meu coração a brincar
Com a esperança cristalina
Que vivo tanto a sonhar   

O paraíso da minha poesia.
É perfumado como a flor
No jardim da harmonia
Decorado de amor 

A poesia me consola
E me dar inspiração
Quando toco minha viola
Ameniza minha paixão.



Deus é minha procedência
Jorge da Paixão    

O amor é uma luz.
De dimensões colorida
Que meu coração seduz
E ilumina a minha vida 

Beleza é uma coisa rara
Que muita gente não tem
Algumas, tem ela na cara
E outras, é na alma que tem

Vou vivendo no embalo
Da felicidade com amor.
Enfrento qualquer obstáculo
Resoluto sem temor  

Todo dia quando acordo
Sinto renovado, o coração
Do passado me recordo
Com profunda gratidão

Bem me quer, eu agradeço
Mal me quer, Eu digo não
O amor nunca tem preço
Pois, pertence ao coração   

Deus, é minha procedência
Ele é minha proteção
Nesta minha existência   
Sinto paz no coração.



O sorriso é uma ladainha
Jorge da Paixão       

Eu não vivo aqui sozinho
Porque Deus é meu abrig.
Sigo firme em meu caminho
E o amor segue comigo

Vou expulsar do coração
Algo muito impertinente
Essa tal de ilusão
Que da verdade é oponente 

O amor é uma grandeza
O coração um tesouro
Que guarda essa riqueza
Num vasilhame de ouro     

O sorriso é uma ladainha
Oração de felicidade
Que o coração encaminha
Numa expressão de bondade   

O coração que tem amor
E nele firme persiste
É um jardim cheio de flor
Aonde a felicidade existe

Beleza é coisa bonita
Que causa admiração
É muito bom para a vista
E faz feliz o coração.



A fé é uma certeza
Jorge da Paixão   

Quero viver na verdade
Pois Deus condena a mentira
O adultério, a falsidade.
A reclamação e a ira

No meu coração o amor
Compassado vai batendo
Cheio de ternura e calor
Minha esperança aquecendo

Não tem coisa mais sublime
Na verdade que o amor
É um conteúdo sublime
Da vida o precioso valor 

É por Deus abençoado
Para a Natureza iluminar
Os raios do Sol dourados
Expressão do verbo amar  

Enxergo uma luz divina
No fim do túnel a brilhar
É a esperança cristalina
Para meu sonho realizar    

A fé é uma certeza
A grande convicção
Radiante de beleza
que habita o coração   

Sentir felicidade
É ter paz no coração
Na Perfeita liberdade
Com amor e gratidão.



O meu reino encantado
Jorge da Paixão       

Eu venho lhe convidar
Para ser meu grande amor
E nós dois ir passear...
Num jardim cheio de flor

Venha ser a minha luz
Que serei o seu brilho
Na estrada que conduz
O amor em estribilho   

É um convite á secreta
Que estou a lhe fazer
Viajarmos em linha reta
Pela estrada do prazer

Sentiremos no coração
O verdadeiro calor
Na mais perfeita união
Alicerçada de amor  

Iremos colher abraçados
Flores maravilhosas
No jardim dos sonhos dourados
Perfumado pelas rosas   

Passear pela campina
Onde pastam os carneirinhos
Depois subir na colina
Aonde cantam os passarinhos

O meu reino encantado
Será o seu coração
Se um dia eu for contemplado
Sentirei essa emoção.



Meu amor lhe ofereci
Jorge da Paixão     

Maravilhoso é o sentimento
Da pessoa que sabe amar
Sentindo á todo momento
A felicidade chegar 

Quando existe confiança
Engrandecido é o amor
Iluminado de esperança
Para um futuro promissor

A singeleza da flor
É igual uma paixão
Desabrochando com ardor
O amor no coração       

Meu jardim é sempre assim
Bem florido e perfumado
Uma ternura sem fim
Que me deixa embriagado    

De maneira muito quente
Invadiu meu coração
Um amor super excelente
Que depois virou paixão  

Meu amor lhe ofereci
Mas, ela não aceitou
A desilusão que senti
Minha esperança apagou.



A flor no jardim é eterna
Jorge da Paixão          

A esperança invisível
Brilha no meu coração
De maneira bem sensível
Me trazendo inspiração  

Rosa...Desenvoltura do amor
Que desabrocha sorrindo
Seu perfume trás o odor
Que a Natureza vive sentindo

Brilha o Sol por trás da gruta
Esplendoroso no oriente
Meu coração é uma fruta
E o amor sua semente   

Como é maravilhoso
Poder acordado sonhar
Com um amor fabuloso
Que se deseja realizar     

A flor no jardim é eterno
Mas, a sua vida não
Desabrochando sempre esbelta.
Seu perfume é oração





O SEGREDO DE UMA LÁGRIMA - Pedro Henrique

  O SEGREDO DE UMA LÁGRIMA Pedro Henrique        Curioso é pensar na vida e em toda sua construção e forma: medo, terror, desejo, afet...