A GRANDE JORNADA - CONTO COLETIVO 2023

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quarta-feira, 19 de abril de 2023

O ALIENISTA - MACHADO DE ASSIS - MEDIADOR : HELIO SALEMA

 


Esta aula faz parte do projeto MEU CONTISTA BRASILEIRO, onde cada aluno se predispões a estudar um autor e um conto dele, para uma aula inteira sobre o tema

O mediador de hoje é o HELIO SALEMA.




Esta obra está em Domínio Público e pode ser lida na íntegra:


O ALIENISTA
MACHADO DE ASSIS


Machado de Assis é autor de “O Alienista”, sua primeira obra realista, considerada por alguns críticos um conto e para outros uma novela, a maioria o classifica como um conto mais longo, principalmente devido à narrativa. Obra que inaugura a fase realista do autor, apresenta características como a análise psicológica e a crítica social.

O conto é narrado em 3º pessoa, o chamado narrador onisciente. Machado de Assis consegue mostrar o comportamento humano no que diz respeito a aparência, vaidade e egoísmo.

Resumo do livro:

A obra “O Alienista”, narra a história do Dr. Simão Bacamarte (Alienista), um respeitado médico que tinha boa fama em Portugal, Espanha e no Brasil.  Ele é casado com a já viúva D. Evarista, quem ele julga ser uma boa mulher para gerar bons filhos, o que acaba não acontecendo.

Dr. Simão acaba se dedicando então aos estudos da mente e a psiquiatria. Ele se muda para a cidade de Itaguaí, Rio de Janeiro, onde pede autorização do Governo para abrir uma clínica feita para estudar a loucura e doenças da mente.

O local é batizado de Casa Verde, e todos os que Dr. Simão julga ser louco ele manda internar. No começo as internações eram feitas com pessoas que possuíam realmente casos de loucura, sendo aclamado pela população. Mas depois ele passa a internar pessoas consideradas sãs, como Costa, um rapaz que havia recebido uma herança com a qual daria para viver até o fim da vida, mas gastou tudo em empréstimos aos outros e acabou na miséria. Nem D. Evarista escapou, foi internada por não conseguir decidir que roupa vestir para uma festa.

Metade da população já estava internada e as pessoas começaram a se revoltar. O barbeiro Porfírio decide liderar uma revolta para soltar as pessoas que foram presas injustamente conhecido como a “revolta dos canjicas” (o apelido do barbeiro era Canjica). Esta manifestação de nada adianta e no final os manifestantes também acabaram presos internados.

Quando mais de 75% da população da cidade estava internada, Dr. Simão viu que  havia algo de errado com seu critério e decidiu o rever: se a maioria seguia um desvio de padrão, quem tinha regularidade em suas ações e firmeza de caráter eram os verdadeiros loucos. Então ele decidiu prender a minoria.

Por fim, ele não encontrou ninguém que possuísse ao menos um desvio de caráter a não ser ele mesmo. Dr. Simão então se internou e ficou sozinho na Casa Verde, falecendo dezessete meses depois.


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