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quinta-feira, 19 de setembro de 2024

O conflito da toga - Alberto Landi

 


O conflito da toga

Alberto Landi

 

Era uma manhã ensolarada em Roma e a cidade pulsava com a agitação de mercadores, políticos e cidadãos.


As ruas estavam repletas de mulheres e homens vestidos de togas brancas, símbolo de sua cidadania e status.

Mas havia um lugar onde essa paz estava prestes a ser desafiada: o Fórum.

Marcus, um jovem cidadão romano, caminhava orgulhosamente em sua toga.

Ele havia acabado de ser eleito para um cargo público na administração local e se sentia no topo do mundo. Em meio à multidão avistou um grupo de não cidadãos conhecidos como peregrinos que se aglomeravam perto da entrada do Fórum.


Entre eles estava um homem chamado Lúcios, de temperamento forte e determinado que havia chegado a Roma, em busca de uma vida melhor. Ele sonhava com o dia que poderia vestir uma toga e ser reconhecido como cidadão. Mas hoje, ele estava prestes a enfrentar uma injustiça, ele tinha facilidade em se conectar com a multidão, tornando-se um líder.

Diante do Fórum, Lúcios avistou Marcus e seus amigos e gritou:

“Por que nós não podemos usar togas”? Também somos parte de Roma, trabalhamos duro, horas a fio, para o seu bem-estar e de seus amigos também.

Marcus olhou para Lúcios de uma forma sardônica e com desprezo:

“Togas são para cidadãos romanos! Vocês não têm direito a isso. Se quisessem respeito, teriam que conquistar sua cidadania”. A tensão cresceu entre os dois grupos.


Os peregrinos começaram a se agitar, enquanto os cidadãos romanos se uniam para defender suas tradições.


Marcus sentiu uma onda de indignação percorrer seu corpo. “ Se não gostam das regras, voltem para de onde vieram”, gritou. Mas Lúcios não se deixou abater. “A história de Roma é feita por aqueles que vieram de longe”. Não somos menos dignos por não podermos usar togas. Lutamos por nossos direitos!


Nesse momento apareceu o sábio senador Quintus. Observando tumulto, resolveu intervir.

“Parem”! Ordenou com firmeza.

Como ele era um bom político e sábio, aprimorou da discussão. “A verdadeira grandeza de Roma reside em sua capacidade de acolher a todos, independentemente da origem”., enfatizou


Quintus olhou fixamente nos olhos de Marcus e Lucius. “Se continuarmos a dividir Roma entre cidadãos e não cidadãos, perderemos o que nos torna romanos: a União”.

Após algumas trocas acalorada, Marcus começou a refletir sobre as palavras do senador. Ele percebeu que a toga era um simples tecido. E, o verdadeiro valor estava na dignidade e na contribuição de cada pessoa para Roma.

“Eu.........eu não pensei assim”, disse Marcus.

“Talvez devêssemos encontrar uma maneira de incluir todos nós”.

Lucius sorriu timidamente: “todos nós queremos ser parte disso”.

E assim, sob os ensinamentos de Quintus, os romanos começaram a discutir formas de integrar os peregrinos à sociedade romana, criando novos caminhos para que todos pudessem contribuir e ser reconhecidos.

O conflito havia aberto às portas para um novo entendimento.

Roma se destacava por sua diversidade e cada parte contribuía para a magnífica harmonia da cidade eterna.


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