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quinta-feira, 4 de junho de 2020

PINDUCA, O CÃOZINHO MAU - Do Carmo



Cachorro Uivando: O Que Significa? Como Fazer Um Cachorro Parar de ...


PINDUCA, O CÃOZINHO MAU

Do Carmo


Dona Elda, minha vizinha, apesar se sua idade avançada, oitenta e sete anos, tem uma vitalidade incrível. Mora sozinha, mas no período de férias escolares, seus três netos passam com ela. É vaidosa, cuida-se com requintes de sua época de juventude, mas com esmero e delicadeza.

Todas as manhãs, por volta das dez horas, impecavelmente vestida para uma festa matutina, sai com seus três netos a passear pela pracinha da pequena cidade em que nasceu e sempre viveu.

Em certa manhã, depara-se estupefata com uma cena assassina, onde uma menininha chora e implora a um cão malévolo, que devolva sua bonequinha ainda salva dos afiados dentes afiados. E olhando para os meninos, banhada em lágrimas, diz que ela só tem essa amiguinha, sua mãe é muito pobre e seu pai já partiu.

O cão, satanicamente, não dá atenção à pequena, continua tentando estraçalhar a boneca.

Um dos meninos, de um salto olímpico, solta da mão amolecidas de dona Elda e cai exatamente encima do perverso cachorro, que com o imprevisto assusta-se largando a boneca, momento exato em que os dois outros meninos distraem a fera, enquanto homericamente o terceiro apanha a boneca do chão e corre a depositá-la junto à pequena que, a abraça com ternura.      
      
Em rapidez de raio, os três netos de dona Elda, freneticamente investem com urros selvagens contra o malvado que apavorado foge em disparada.

Dona Elda em êxtase aproxima-se da menina que ainda soluça e com carinho de uma doce avó a abraça  afagando carinhosamente os netos:

- Que tal se fôssemos tomar um saboroso sorvete de coco queimado e nos alegrássemos ouvindo o Chico cantar desafinadamente Luar do Sertão?

Sorridente, dona Elda pega a mão da pequena, que segura a sua bonequinha,  e alegres acomodam-se numa mesinha. Minutos depois, os cinco novos amigos, saboreiam o inigualável sorvete de coco queimado. 

Com o rabo entre as pernas e orelhas caídas Pinduca volta pelo mesmo caminho que chegou.




Dona Elda, minha vizinha, apesar se sua idade avançada, oitenta e sete anos, tem uma vitalidade incrível. Mora sozinha, mas no período de férias escolares, seus três netos passam com ela. É vaidosa, cuida-se com requintes de sua época de juventude, mas com esmero e delicadeza.

Todas as manhãs, por volta das dez horas, impecavelmente vestida para uma festa matutina, sai com seus três netos a passear pela pracinha da pequena cidade em que nasceu e sempre viveu.

Em certa manhã, depara-se estupefata com uma cena assassina, onde uma menininha chora e implora a um cão malévolo, que devolva sua bonequinha ainda salva dos afiados dentes afiados. E olhando para os meninos, banhada em lágrimas, diz que ela só tem essa amiguinha, sua mãe é muito pobre e seu pai já partiu.

O cão, satanicamente, não dá atenção à pequena, continua tentando estraçalhar a boneca.

Um dos meninos, de um salto olímpico, solta da mão amolecidas de dona Elda e cai exatamente encima do perverso cachorro, que com o imprevisto assusta-se largando a boneca, momento exato em que os dois outros meninos distraem a fera, enquanto homericamente o terceiro apanha a boneca do chão e corre a depositá-la junto à pequena que, a abraça com ternura.      
      
Em rapidez de raio, os três netos de dona Elda, freneticamente investem com urros selvagens contra o malvado que apavorado foge em disparada.

Dona Elda em êxtase aproxima-se da menina que ainda soluça e com carinho de uma doce avó a abraça  afagando carinhosamente os netos:

- Que tal se fôssemos tomar um saboroso sorvete de coco queimado e nos alegrássemos ouvindo o Chico cantar desafinadamente Luar do Sertão?

Sorridente, dona Elda pega a mão da pequena, que segura a sua bonequinha,  e alegres acomodam-se numa mesinha. Minutos depois, os cinco novos amigos, saboreiam o inigualável sorvete de coco queimado. 

Com o rabo entre as pernas e orelhas caídas Pinduca volta pelo mesmo caminho que chegou.

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