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quinta-feira, 4 de junho de 2020

O INVENTOR. - Do Carmo



Quem foi Nikola Tesla? O cientista que sacudiu o mundo com suas ...

O INVENTOR.
Do Carmo



Tenho um amigo, Joselino, que desde criança gostou de inventar, transformar, criar e reciclar coisas. Armadilhas, peças que assustavam os amigos, com misturas químicas que exalavam odores muito fortes ou soltavam fumaças malcheirosas ou ainda coloridas que faziam lacrimejar os olhos.

A garagem de sua casa era o seu desorganizado laboratório. Ele deixava um mínimo espaço para seu pai estacionar o carro.

Com o decorrer dos anos, seus estudos foram lhe dando maiores conhecimentos de química e física, o que lhe proporcionou melhores e mais elaboradas invenções. 

Sua criatividade não tinha limites.

Certa ocasião, assistindo a um jornal na televisão, que mostrava audaciosa invasão de um banco por uma gangue, teve uma idéia indescritível, fazer um cordão invisível e com guizos barulhentos, que impedisse a entrada de qualquer pessoa quando acionado.

Faria dois modelos de cordão: um cordão como barreira das portas comerciais e outro como cinturão ao redor das casas ou edifícios.

Dias e dias ficou elucubrando como seria essa façanha. Faltava alguma coisa para completar sua obra defensora dos meliantes.
Passaram-se semanas e nada de surgir, sequer, uma luzinha de pirilampo salvadora para começar a sua invenção milagrosa.

Antevia os noticiários alardeando seu feito, como sendo um emérito benfeitor dando tranqüilidade ao povo.

Sonhava ter uma empresa com muitos funcionários, encomendas fabulosas, convites de outros países para apresentar seu invento e todo tipo de expansão de mercado consumidor.

Eureca! Gritando acordou certa manhã. Já sei o que falta ao cordão para ser indispensável e infinitamente eficaz.

Vou criar uma corrente elétrica de alta tensão e adaptar a ele, fazendo com que qualquer contato, por menor que seja, paralise o transgressor.   

Mais alguns meses tentando sem resultado aplausível. Desanimado de tantas tentativas e falhas, estava propício a desistir dessa abominável façanha, quando viu um morcego dependurado num galho de árvore dormindo, veio-lhe um meteoro de idéias, as quais lhe pareceram coerentes.

Novamente grita – Eureca!  Vou instalar e através de ondas de radar, automaticamente eletrifica o cordão paralizador ao ser tocado.    
 Extremamente feliz, dormiu um sono festivo. Acordou bem cedo e “Mãos a obra”!

Tudo correu muito bem. Suas expectativas estavam todas a contento. Desceu da escada saltitante, mas não pode voltar ao laboratório, pois a escada ficou do lado de dentro do cordão e ele preso pelo seu invento.

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