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quinta-feira, 8 de junho de 2017

O SIGNIFICADO DE UMA ROSA! - (Amora)



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O SIGNIFICADO DE UMA ROSA! 
(Amora)

John e Mary resolvem se casar, após dez anos de vida em comum.

Não eram muito adeptos a cerimoniais, casamentos, papeladas, mas depois que John teve um mal súbito, ameaça de enfarte, Mary, muito assustada, resolve legalizar a situação e, sente-se finalmente grávida, um sonho antigo que ficara no esquecimento.

Como lua de mel, escolhem a bela Itália, Verona, Veneza, Firenze, Roma, Milão, sendo que na Ilha de Capri, têm uma surpresa!

Uma mulher morena, aspecto de cigana, oferece-se para ler a mão. Como Mary não crê nessas coisas, sorri amavelmente e nega-se ao pedido.

Olhando-a intensamente, a mulher estende-lhe uma rosa e pede que a guarde, como lembrança de viagem.

Após algum tempo, distraída, Mary deixa-a cair fazendo com que outra pessoa a pisoteie, sem querer.

Na volta ao hotel, preocupada, comenta com John sobre a linda rosa recebida que havia caído. Que pena! O marido, achando graça na história, prefere comentar sobre a bela viagem feita a Capri, finalizando as férias que tiraram. Voltariam a Roma, de Roma a Amsterdã e, em seguida, La Guardia, Miami, onde moravam.

Bela viagem, com certeza, pensa Mary emocionada. Tantas lembranças e cultura para comentar com amigos e familiares. Sabe Deus quando fariam outra novamente.

Durante o caminho de volta, John teve novamente um mal súbito, mal dando tempo de chegarem em casa. Mary, assustadíssima, leva-o ao hospital e, após alguns dias, recebe a notícia que houvera um novo enfarte e ele falecera.

Chorosa, entristecida, ainda cheia de malas, Mary volta para casa, tentando avisar parentes e amigos que voltaram de viagem e John falecera. Nem sabe direito como falar, engasgada pela emoção. Tão felizes com a viagem, e tão infeliz ela agora, completamente sem ação. Será que foi muita emoção contida! Muita correria! Dúvidas e perguntas que sempre fazemos diante de algo inesperado.

Desliga seu telefone pela décima vez e senta-se um pouco tentando colocar pensamentos em ordem.

Olha distraidamente para um vaso no armário e percebe uma rosa envelhecida, amarelada, sem cair nenhuma pétala, como se a esperasse inteira, antes de se romper toda. De longe, banhada pela luz do sol, parece dourada, transformando o vermelho púrpura em ouro velho.

Quem a colocara ali! Não se lembra de ninguém. A última rosa que recebera foi em Capri, daquela cigana insistente em falar-lhe.

Retira-a com cuidado do vaso e aí ela se desfolha toda! 

E tem gente que não acredita em nada, pensa Mary surpreendida! Talvez fosse algum aviso do perigo que sofreria!

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