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quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Clark, o capitão - Alberto Landi

 


Clark, o capitão

Alberto Landi

 

A história se passa entre Peniche, uma pequena cidade portuguesa, e as ilhas Berlengas, tendo como protagonista o capitão Clark.

Ele era um homem de meia idade, destemido, forte, valente, audacioso, corajoso, persistente, habilidoso, conhecedor dos oceanos, formado na Escola Náutica Infante D. Henrique, na cidade de Faro.   Tinha uma experiência extensa no mar, enfrentando todas as condições meteorológicas que o oceano poderia apresentar. Tinha conhecimento dos procedimentos de segurança, telecomunicações e sistemas de buscas e salvamento marítimo, pois, estava habituado a navegar com grandes embarcações.

Nos seus períodos de folga, visitava com frequência Peniche, e lá se encontrava com Josué, um amigo e líder nativo das ilhas Berlengas, que lhe fez uma proposta:

— Olá amigo! Você gostaria de conduzir uma pequena embarcação, o Bretagne, das ilhas até o continente, levando 4 turistas, uma carga de peixes para os restaurantes locais, e 2 marinheiros para te ajudar?

O capitão prontamente aceitou e começou a vistoriar as caixas de força, a água potável e o tanque de dejetos.

Ele, considerado um mestre dos mares, foi consultar o clima, temperatura, tábua de maré, ondulação e velocidade do vento. Monitorou os motores, posição do leme e demais aparelhos, cabos e equipamentos de amarração também.

As 4 turistas sentadas à volta da embarcação, apreciavam embevecidas a belíssima paisagem que se descortinava, tirando muitas fotos.

O dia estava limpo, e o mar calmo quando deu início ao pequeno cruzeiro do Capitão Clark.

Já havia duas hora de navegação sem ocorrências. Eram aproximadamente 16 horas, quando, de repente, desabou uma descontrolada, muito forte tempestade. No início uma leve apreensão, mas ela se intensificou.

O mar se encheu de ondas, e a chuva começou a encharcar o barco, pois só havia uma cobertura de plástico.

No comando, dois marinheiros desesperados controlando o barco pelo motor de popa.

A chuva aumentava cada vez mais, ondas gigantescas e aterrorizadoras derrubavam as pessoas, arrastando-as para lá e para cá, assim com seus pertences.

Clark gesticulava em meio a tormenta:

— Por favor, todos para o meio do barco!

Com os olhos pregados no horizonte, tentando enxergar a pequena cidade à sua frente, corria de um lado a outro atento aos acontecimentos, sem perder a postura, pois tinha que transmitir  calma e tranquilidade à tripulação e aos passageiros.

Não se via nada além do mar e das nuvens ao seu redor.

Dizia para si em voz baixa:

— Logo a mim, logo a mim isso tinha que acontecer!

Mas foi pensando que Capitão habilidoso não se faz em mar sereno, não é em terra que se fazem os marinheiros, mas no oceano, encarando a tempestade. Bons marinheiros nunca foram feitos em mar calmo!

Cuidado sempre, mas medo jamais. O medo muda o corpo como um escultor desastrado altera uma pedra perfeita. Nunca ouça o medo. O medo paralisa as pessoas! 

Não se sabe quanto tempo se passou, mas com certeza, devido às circunstâncias, foi uma eternidade então, assim, como começou, a tempestade, ela se foi formando um arco íris no horizonte e tudo se tornou visível.

Chegando ao continente e ao pisar em terra firme, todos agradeceram a Deus e a habilidade, a calma e coragem do capitão, em conduzir a situação, por estarem são e salvos.

Até a carga de peixes foi salva!   

Um comentário:

  1. Parabéns Landi muito boa sua história e pelo fato que agora você enviou o seu texto sem passar por mim. Que evolução fiquei feliz
    Henrique

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