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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

GUSTAVE CAILLEBOTTE E O IMPRESSIONISMO - Leon Vagliengo


 

GUSTAVE CAILLEBOTTE E O IMPRESSIONISMO

Leon Vagliengo

 

Todos os movimentos artísticos nascem de uma ruptura com as tendências existentes e de uma vontade de reinventar o processo criativo. O impressionismo não foge a esta regra e se constrói em oposição à pintura acadêmica.

Abandonando temas históricos, mitológicos e o orientalismo, a nova corrente liderada em particular por Pissaro, Renoir e Monet, centra-se em temas e cenas do cotidiano.

Já não se trata mais de pintar um grande mural, com grande fidelidade no plano visual, mas de deixar expressar as sensações sentidas pintando o objeto. A luz e os fenômenos climáticos, como a neve, a chuva, as ondas, as alegrias e as dores dos homens e mulheres deixam impressões fugazes, que são capturadas e restituídas na tela.

Entre os jovens artistas que participaram do desenvolvimento do impressionismo, com o pincel na mão, apresenta-se

Gustave Caillebotte: um pintor e um mecenas

Gustave Caillebotte (1848 – 1894)

- Nascido em Paris, formou-se em Direito em 1868.

 - Convocado para a Guarda Nacional, lutou na Guerra Franco Prussiana.

- Estudou na Escola de Belas Artes de Paris, onde entrou em contato com vários pintores do Impressionismo.

- Atuou também como financiador das artes plásticas (mecenas), foi colecionador de arte, filatelista e projetista de iates.

- Foi pintor, membro e patrono de um grupo de artistas conhecidos como impressionistas.

Este talentoso artista é também amigo das artes e um humanista comprometido. Gustave Caillebotte é conhecido por seu compromisso e seu mecenato a serviço do movimento impressionista. Devemos a ele a organização de quatro exposições destinadas a esta corrente artística durante o último quarto do século XIX.

Se Gustave Caillebotte pintou por paixão, e foi por vezes considerado – erroneamente – como pintor diletante, historiadores de arte o descrevem, de bom grado, como artista original e audaz.

Principais características do estilo artístico:

- Presença marcante, em suas obras, do realismo.

- Belo e marcante trabalho com a luminosidade nas telas.

- Retratou, em suas pinturas, cenas cotidianas da vida urbana, com destaque para as pessoas e os cenários. Retratou também paisagens e cenas de interiores.

- Usou, em grande parte de suas pinturas, a técnica de óleo sobre tela.

- Teve influência da fotografia e de pinturas japonesas.

- Usou também o recurso da perspectiva profunda e do ponto de vista alto.

Principais obras:

- Rua Parisiense, Dia Chuvoso (1877)

- Os jardins (1875)

- A ponte da Europa (1876)

- Baigneurs (1878)

- Homem jovem à sua janela (1875)

- Boulevard dos italianos (1880)

- Skiffs no Yerres (1877)

- Os raspadores de chão (1875)

- Homem em uma varanda (1880)

- Veleiros sobre o rio Sena em Argenteui (1892)

Uma exposição de 80 obras lhe foi dedicada no primeiro semestre de 2016, no Museu de Giverny.

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