A GRANDE JORNADA - CONTO COLETIVO 2023

FIGURAS DE LINGUAGEM

DISPOSITIVOS LITERÁRIOS

FERRAMENTAS LITERÁRIAS

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

O QUE IMPORTA É ACREDITAR! - Do Carmo


Resultado de imagem para ramalhete de flores do campo no travesseiro

O QUE IMPORTA É ACREDITAR!
Do Carmo

     Olha, uma estrela cadente! Vamos fazer um pedido? – diz o marido para esposa. Ah! Jorge, deixa de ser bobo, com quase quarenta e ainda fazendo pedidos pras estrelas! Daqui a pouco vai acreditar em fadas, em Papai Noel. Cresce homem.

— Minha querida, não é o fato de ser infantil ou impressionável, é que, você sabe como sou romântico.

 E Jorge desejou ardentemente que o amor que sentiam fosse eterno e que Verônica fosse mais romântica, como ele.

Mas não havia jeito. Verônica era objetiva nos pensamentos e ações. Não é atoa que trabalhava com cálculos e informática. Como ele não percebera seu temperamento antes do casamento? Estava encantado com sua beleza e totalmente apaixonado. Em Verônica a razão sempre predomina sobre a emoção, pensou Jorge.

Recordando o passado, lembrou-se de Helena, conhecida da academia do Clube que frequentava, e a comparação foi inevitável.  Ela era doce, serena, olhar lânguido, sorridente e cordata.

Resolveu dar uma volta, mas Verônica não quis acompanhá-lo. Estava preparando um trabalho, que no dia seguinte seria apresentado em reunião na empresa. Pensativo entra em um restaurante e .... lá estava Helena jantando sozinha.

Sem pensar, aproximou-se da mesa e sentou-se perguntando se poderia acompanhá-la. Helena era doce, serena, mas insossa ! ! ! Só sabia sorrir e concordar com Jorge. Que decepção !

Saiu logo e seguiu pensando que é melhor uma andorinha conhecida e racional na mão, do que voar a procura e ter outra decepção.

A comparação foi rápida e muito clara: como trocar toda a força, ousadia e espontaneidade de Verônica por um belo luar e um par de velas? Romantismo?

Um par de velas e um belo luar não cimentam nenhum relacionamento. Palavras românticas podem ser vazias e um olhar lânguido não nos dá apoio numa hora de crise. Jorge continuou pensando e ...

Resolveu retornar à sua querida e conhecida mulher. Poderia não ser romântica, mas era uma fogueira no amor!

E pegando o carro, foi ao largo do Arouche, onde comprou um belíssimo ramo de flores do campo , “suas prediletas”  e escondendo entre elas, colocou um cartão como  só ele sabia fazer. Cheio de amor, voltou para casa.

Verônica, já no quarto, finge que dorme e sem fazer o menor barulho, Jorge coloca as flores entre os travesseiros e sai do quarto para trocar as roupas. Oh! Que amor, flores! E como sempre um cartão apaixonado para mim! Querido, infantil ou não, saiba que você é e sempre será o grande amor da minha vida. Jorge sorri e diz:

— Acabei de ouvir o que sempre quis! Eu também amo muito você!



Conto coletivo
TEXTO EM MOVIMENTO
CLUBE ALTO DOS PINHEIROS.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

DEIXE AQUI UMA MENSAGEM PARA O AUTOR DESTE TEXTO - NÃO ESQUEÇA DE ASSINAR SEU COMENTÁRIO. O AUTOR AGRADECE.

O cãozinho aventureiro - Alberto Landi

    O cãozinho aventureiro Alberto Landi                                       Era uma vez um cãozinho da raça Shih Tzu, quando ele chegou p...