A GRANDE JORNADA - CONTO COLETIVO 2023

FIGURAS DE LINGUAGEM

DISPOSITIVOS LITERÁRIOS

FERRAMENTAS LITERÁRIAS

quinta-feira, 6 de maio de 2021

O VIOLINO MÁGICO - Henrique Schnaider

 


O VIOLINO MÁGICO

Henrique Schnaider

 

Rodiac caminhava pelo deserto levando seu violino mágico, quando de repente ele tem uma visão extraordinária de um carro modelo Rolls Royce ano 1928 conversível.

O mais incrível é que o carro estava estacionado em cima de um monte e Rodiac, não conseguia entender, como ele chegou ali. Resolveu então tocar seu violino mágico, que lhe permitia saber como se deu tal fato inusitado.

Ele tocou o som mágico do seu violino, que lhe contou toda a história com detalhes. O carro foi roubado da garagem de um Lorde inglês, por duendes que como num passe de mágica, transportaram e colocaram o carro ali naquele monte.

O Lord Montbatem não conseguia entender como seu carro sumiu. Até que Rodiac, transportado pelo violino,  num passe de mágica apareceu para ele. Chegou tocando seu instrumento, numa imagem fantástica para o Lord. Contou-lhe como os Duendes haviam subtraído seu Rolls Royce e transportado até aquele monte a milhares de quilômetros distante.

Disse que com seu violino poderia ajudar Montbatem, a recuperar o seu carro. Mas para isso ele teria que pagar 50 moedas de ouro aos duendes. Assim eles liberariam e Rodiac tocando o seu violino traria de volta o veículo.

O Lord ficou pensativo, pois o seu carro não valia tantas moedas de ouro. Mas o valor estimativo não tinha preço. O rapaz sentou-se ao lado dele e pacientemente aguardou pela decisão do Cavalheiro.

Montbatem finalmente disse a Rodiac, que iria pagar as moedas exigidas. Queria garantias de que não seria trapaceado pela segunda vez,  pagar e não ter o carro de volta.

O violinista levanta-se e fala ao Lord, que a sua palavra e as dos duendes, valem mais do que as moedas de ouro. Diz que ele pode confiar que ele trará o carro de volta.

Montabatem abre seu cofre escondido, em um lugar que só ele sabe onde fica. Retira de lá as 50 moedas de ouro, confiando plenamente no em Rodiac e entrega nas mãos dele as moedas.

— Fique tranquilo Lord, pois vou entregar as moedas aos duendes que me deixarão, trazer o Rolls Royce de volta na sua garagem.

E lá se foi o rapaz encontrar-se com os duendes, para pagar o resgate, subindo aos céus, nas curvas das nuvens, dentro de um grande rodamoinho. Lá estavam os danados, que eram 4 e com sorrisos mais marotos do que sinceros, receberam de Rodiac as moedas de ouro com olhares gulosos.

Depois de receberem o pagamento, ficaram os 4 rindo entre dentes e olhando para Rodiac. Disseram que não estavam satisfeitos e agora queriam mais 50 moedas de ouro, senão não desmanchariam o feitiço.

O rapaz não tinha poder mágico para enfrentar os 4 duendes. Assim voltou cabisbaixo até a presença de Lord Montbatem. Contou tomado, de muita tristeza, que os duendes não cumpriram sua palavra e queriam mais 50 moedas.

O Lord foi tomado de muita fúria, deixando Rodiac constrangido. Aí ele tomou a decisão rara de pedir ajuda à sua mãe. A poderosa Fada Radia, contando-lhe a triste situação, de faltar com a palavra e não trazer o carro do Lord de volta. Já que os duendes não cumpriram a sua parte.

Radia imediatamente se dispôs a ajudar o filho. Lá se foram eles para as nuvens, encontrar os duendes trapaceiros. Assim que ela os encontra, se assustam, e temerosos, pois conhecem o poder da fada, não titubeiam. Imediatamente desfazem o feitiço. Permitindo que o filho levasse o carro para o Lord.

Assim Rodiac, graças à sua mãe, manteve a sua palavra e deixou Montbatem eternamente agradecido.

Esta história prova uma verdade, quem tem uma mãe poderosa, consegue sair de qualquer enrascada, tanto seja no mundo real ou o da fantasia.

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

DEIXE AQUI UMA MENSAGEM PARA O AUTOR DESTE TEXTO - NÃO ESQUEÇA DE ASSINAR SEU COMENTÁRIO. O AUTOR AGRADECE.

A ÚLTIMA CARTA - Helio Fernando Salema

  A ÚLTIMA CARTA Helio Fernando Salema     Ainda sentada em frente ao gerente do Banco, Adélia viu, no seu celular, a mensagem de D. Mercede...