Krakatoa, o
inferno de Java
Henrique
Schnaider
A pequena
ilha de Krakatoa, no meio do estreito de Sunda, entre as grandes ilhas de
Sumatra e Java, na Indonésia, foi praticamente destruída no dia 27 de agosto de
1883, uma segunda-feira, pela explosão de um vulcão.
As erupções
tinham começado no domingo, mas a mais violenta delas foi a terceira erupção da
segunda-feira, uma explosão gigantesca, um barulho tão alto que foi ouvido a 5
mil quilômetros dali, nas ilhas Mauricio, onde se achou que fosse um tiro de
canhão dado por algum navio.
Aconteceu
há 137 anos e foi sentida no planeta inteiro.
Em 1883, o
mundo presenciou um evento natural tão bombástico e violento que pode ser
notado, de alguma forma, por praticamente todos os habitantes do planeta.
Faça uma
ideia então dos habitantes da ilha que morreram aos milhares, e a situação da
das famílias que habitavam a ilha, entre elas a de Sunak Omiori, que juntou sua
esposa Miora e os filhos Ting e a filha Sunori, e escaparam milagrosamente,
fugindo para o interior da ilha, o mais distante possível daquele demônio de
fogo e lavas.
A erupção
do vulcão Krakatoa, na Indonésia, lançou detritos a até 100 km de altura,
causou colossais tsunamis que mataram milhares de pessoas e foram percebidos
até no Canal da Mancha. O fenômeno alterou o clima do Planeta, mexeu com a luz,
com o ar e até com as cores do crepúsculo em vários cantos da Terra.
A história
desse extraordinário evento é contada em podcast da série “Que História” da BBC
Brasil, que traz também, o depoimento de uma testemunha da erupção, encontrado
nos arquivos da BBC, que era justamente Sunak Omiori.
Ele contou
coisas que inacreditáveis, ondas gigantescas de 20 metros de altura, tremores
de terra de tal maneira que parecia que a terra iria se desfazer em milhões de
pedaços. A água do mar avançando por todos os lados e sensação para ele, que a
ilha desapareceria, e por pouco isso não realmente aconteceu.
Sunak levou
a família para a parte mais alta da ilha e aguardou que Deus fizesse o milagre
de salvá-los, e isso aconteceu, fazendo que ele presenciasse o que é a
violência de um vulcão enfurecido. Na ilha, restaram destroços.
Precisamente
às 10 h e 5 minutos, a ilha, basicamente, de 10 mil kms cúbicos, foi
desintegrada por uma explosão que lançou rochas e cinzas a até 100 quilômetros
de altura. A ilha desapareceu, e deixou por alguns segundos um enorme buraco no
mar. Esse buraco foi enchido por trilhões de toneladas de água. Estava tão
quente no interior desse buraco que a água imediatamente se converteu em vapor.
Esse vapor causou tsunamis gigantes, quatro ao todo, que causaram um enorme
estrago nas costas de Sumatra e Java.
Mas quando
a sorte sorri para alguém... Deus os salvou, ficaram para contar tudo aquilo
que nunca imaginaram testemunhar.
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