Samantha
Alberto
Landi
Desde
os tempos de ginásio conhecia Samantha. Uma menina vaidosa, comunicativa,
bonita, inteligente, muito querida pelos colegas e admirada por todos que a
conheciam.
Ela
estava sempre presente nos bailinhos que eu frequentava e era muito requisitada
por conta de sua beleza.
Eu lembro
perfeitamente que em um dos bailes que fomos, uma formatura como tantas outras
que estava acostumado a frequentar, eu de terno básico e ela em um vestido preto,
longo, “tomara que caia”, linda! Seu vestido resplandecia na luz negra.
Sorvi
um gole de cuba libre para dar coragem e, finalmente, me dirigi aquela bela e
estonteante mulher.
Os
minutos... as horas se passavam, a música tocava e rodopiávamos pelo salão. Eu
estava inebriado pelo seu perfume de lavanda.
A princípio
notei certo ar de tristeza nela, perguntei o motivo e tive a resposta; simplesmente
ela estava só e sua amiga teve um problema familiar.
Depois
de algum tempo, seus olhos começaram a brilhar de alegria. Após algumas danças
e trocas de olhares sentamos em uma mesa reservada.
Era
muito euforia. Infelizmente depois daquele momento inesquecível, o nosso
relacionamento não prosperou.
O
tempo passou, e após o ginásio tomamos rumos diferentes na vida, não a vi mais.
Mas, a doce lembrança continuou na minha memória, até que resolvi procurá-la.
Felizmente,
encontrei-a cursando Direito na Universidade São Francisco. Voltamos a nos ver com frequência.
Ela
continuava elegante, conversadora, linda, os óculos escuros que usava,
escondiam aqueles olhos verdes lindos mas davam-lhe um aspecto soberbo e
inteligente.
Sentimos
muita emoção, pareceu que o tempo não havia passado.
Nunca
pude imaginar reencontrar uma amiga tão querida. Algo estava para acontecer.
Não foi, no entanto, apenas a emoção de sua presença física, mas também acho
que nos perdemos no tempo, pós ginásio.
Na
minha memória ela continuava igual ao que era naquele tempo. Tudo isso agora
veio à tona. Passamos momentos agradáveis, estávamos livres em um passado com muitas
lembranças.
Nos
bailes promovidos pela faculdade ela sempre se mostrava alegre, aceitando meus
convites para dançar. Vestia-se sempre adequadamente com uma roupa que se
moldava naquele belo corpo sensual.
O
nosso relacionamento de amizade florescia a cada dia, até tornar-se um grande e
verdadeiro amor.
Acho
que até esse momento, não acreditava em destino.
Acredito
que o Universo tenha conspirado para isso....