Uma
espionagem interessante
Alberto Landi
Jessica, 32 anos, modelo fashion de uma revista muito bem-conceituada, desfila para diferentes grifes, e por minha sorte é minha vizinha.
Nos dias ensolarados, da minha janela a apreciava debruçada no quintal de sua casa, tomando banho de sol, em trajes de biquíni amarelinho.
Fiquei espionando enquanto pude, pois não havia ninguém em casa nesse momento.
Todos os dias ela repetia esse ritual, ou seja, o banho de sol e sempre com os mesmos trajes.
Comentei esse fato com alguns amigos, e os chamei para compartilhar esse visual privilegiado.
Toda manhã eles se comunicavam comigo, para ter a certeza de que poderiam vir e apreciar tal beldade.
Jessica acho que não percebeu que estava sendo observada por nós. Sua pele dourada pelo sol só fazia raiar a sua beleza.
Nos dias subsequentes, os amigos já vinham direto aqui em casa, sem precisar convidá-los.
Ela se mostrava vulnerável aos nossos olhares.
Repentinamente, ela se aproximou do pequeno muro que abaixo da minha janela por onde eu a espionava, e disse:
— Olá vizinho espião! Quero sua opinião sobre uma tatuagem que fiz e gostaria de lhe mostrar.
Ficamos atônitos com isso. Ela desde o começo sabia de nossa espionagem.
— Fique à vontade, gostaria muito de opinar, disse! Porém, ela nos privou desse visual.
Os dias se passaram, e ela não apareceu mais para o banho de sol.
Descobri que ela havia se mudado para o outro lado do quintal, onde não poderia ser avistada por nós.
A única maneira que encontrei foi negociar com outro vizinho para poder
continuar a vê-la e apreciar essa rara beleza!