O mistério da Ilha
Jany
Patricio
Naquele
dia o mar estava revolto. Os cientistas australianos que procuravam a Ilha de
Sandy no Mar de Coral ficaram apreensivos com a forte movimentação das ondas e
resolveram retornar. Não conseguiram comprovar a existência da tal ilha, entre
a Austrália e o território francês da Nova Caledônia.
Na volta, o que os deixou intrigados foi
a quantidade de cardumes de golfinhos e baleias que seguiam na mesma direção.
Tiveram receio de serem atacados, porém os animais iam calmos parecendo
acompanhar uma procissão.
Peter Towned, um jovem cientista da
expedição não sentiu-se satisfeito com o resultado da pesquisa. Sem comentar
com os seus colegas superiores guardou consigo o desejo de refazer a viagem em
outra oportunidade.
Passados muitos anos, Peter tornou-se um
renomado pesquisador em seu país e os seus feitos foram reconhecidos no mundo.
Em uma ocasião foi convidado para fazer pesquisas sobre placas tectônicas no Japão.
Nesta viagem foi acompanhado por seu filho Mark, que seguiu a carreira do pai.
Certo dia, enquanto jantavam em frente
ao monte Fuji, Peter tocou no assunto da Ilha Sandy. Mark viu o brilho no olhar
do pai e ficou curioso e entusiasmado pela ideia de visitar a região.
Solicitaram ao governo da Austrália
autorização para a viagem, que fariam com seus próprios recursos durante as
férias. Foram num Dronimóvel equipado com instrumentos de localização que adquiriram no
Japão.
Ao chegarem próximo à região observaram
o mar revolto e os cardumes de golfinhos e baleias que circulavam certo local. Ao anoitecer, viram algo brotando vagarosamente
das águas. Neste momento os animais pulavam, como se fizessem festa. Estavam
agitados, porém, pareciam felizes.
O volume que emergia no mar começou a
crescer e no centro dele uma luz verde movimentava-se em círculos como um
farol. Os olhos incrédulos dos aventureiros viram centenas de discos luminosos
saírem do centro da elevação e vinham em sua direção. Não houve tempo para
retornar.