Viaduto do Chá - bonde sendo puxado por semoventes.
Charme e Imponência da Rua Barão de Itapetininga
Ilka Andrade
Joaquim José dos Santos Silva,
fazendeiro de sucesso, capitalista, deputado de Sao Paulo em 1842 recebeu o
titulo de Barão de Itapetininga por direito imperial de D.Pedro ll.
Sua propriedade mais celebre era Mate
no "Morro do Chá" delineado pelo Vale do Anhangabau e República.
Foi desapropriado em 1875. Barão morreu com 77 anos em
1876. Sua casa na Libero Badaro foi demolida para o início do
Viaduto do Chá.
Mais tarde, mais ou menos 1920 a Rua Barão de Itapetininga
estava no auge da sociedade, era o charme da imponência e das paqueras.
Guardo na memória a casa onde havia cursos de
culinária ministrado pela professora Gioconda de nascionalidade italiana
formada em Cot’Dazur. Ela ensinava pratos inusitados até hoje elogiados, usava galhos de alecrim, flores de
lavanda, azeites espessos aromaticos,
muito tomates e vinho, dando um aroma provençal ao alimento. O curso era
chamado conforto na cozinha
Lá aprendi
varios pratos: Bife Bourgnon, molhos e sorvetes de lavanda com xarope de
mel. Sucesso!
As aulas eram ministradas
todas as quintas-feiras das 18 hs as 20:30hs. Para complemento das
quintas-feiras íamos tomar um café, acompanhado de música ao vivo de violino na
Confeitaria Vienense, situada no primeiro andar do Edifício da Paz na Barão
de Itapetininga 262, onde foi construido em 1913 um elevador com portas
pantográficas que pouco funcionava. Em estilo Art'deco a Vienense era
famosa pelas reuniões intelectuais. Frequentadores da alta sociedade. O edifício
abrigou o escritório de Guilherme de Almeida “0 principe dos poetas”,
frequentado por intelectuais da época.
A Rua Barão de Itapetininga
enriqueceu São Paulo foi ícone da elite paulistana!
Saudades...