O fantasma de Malta
Alberto Landi
Havia um castelo muito antigo na ilha
de Malta, onde os habitantes temiam penetrar, pois diziam ser mal-assombrado.
Certo dia Ben um capitão dos mares,
durante sua missão, acabou se perdendo na densa floresta nas cercanias do
castelo.
Já tarde da noite, o frio e neblina
eram intensos, quando avistou a certa distância aquela construção.
Feliz por encontrar um abrigo, pois o
tempo estava bem severo, bateu à porta e foi recebido pelo Sr. Matthew,
proprietário, que o convidou para entrar e pernoitar.
Pouco antes da meia-noite, o capitão
foi levado a um suntuoso quarto.
Cansado como estava, adormeceu de
imediato.
Quando chegou a madrugada, ele
despertou muito assustado. Ao abrir os olhos, viu uma linda criança, cercada de
uma luz cintilante, parada bem em sua frente. Após alguns segundos desapareceu
e o quarto voltou a ficar escuro.
Na manhã seguinte, quando se sentou à
mesa para tomar o café da manhã, relatou o acontecido ao Sr. Matthew.
— Caro amigo agradeço pela sua
hospedagem e carinho como me tratou, agora preciso partir. Ontem o senhor me
deu um grande susto ao enviar uma criança ao quarto para me despertar no meio
da noite. Honestamente não gostei.
Matthew chamou o mordomo James
perguntando a ele:
— James, em que quarto você alojou o
amigo capitão?
— Meu Senhor, respondeu o mordomo,
como o castelo está cheio de convidados, eu não tive escolha, coloquei o Sr.
Ben no quarto do menino, porém, acendi a lareira, porque ele só aparece no
escuro.
Ah, disse Matthew, você fez muito
mal, porque o fogo da lareira sempre apaga na madrugada.
Em seguida, dirigindo-se a Ben
explicou:
— Meu nobre amigo, minha família
guarda um segredo há muitos séculos. Nesse castelo vive um fantasma de um
menino, o Ryan, e o quarto preferido dele é aquele em que você dormiu. Você foi
um privilegiado em ver esse pequeno fantasma.
Bem, que nunca acreditou e nem tem
medo de fantasmas, perguntou:
— Por que, privilegiado?
— Porque todos que o viram ganharam
dinheiro e foram muito felizes, disse Matthew.
Após alguns anos, o capitão conheceu
uma jovem com quem se casou, tornou-se rico e teve um filho.
Ryan, o fantasma, passou a fazer
parte de seus sonhos, pois aparecia com frequência.
O capitão e família, após muito
tempo, resolveram visitar o castelo onde Matthew vivia.
Relatou a mudança de sua vida desde
que estivera lá, apresentou a esposa e o filho Ryan, homenageando a criança
fantasma.
O capitão sempre pensou que os
fantasmas, tão recorrentes no cinema e na literatura, não ganharam um
reconhecimento filosófico. No entanto, nossa imaginação continua fascinada pela
ideia de que um morto possa retornar para nos visitar. A crença em fantasmas é
inata ao homem. É encontrada em todas as épocas e em todos os locais e talvez
nenhum ser humano esteja totalmente livre disso.
Ele acabou aceitando que um fantasma
pode mudar a vida de alguém, para o bem ou para o mal.
“Eu não acredito em fantasmas… Mas,
que eles existem, existem! ”
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