O CONTO INVESTIGATIVO
04/12/2024
Há semanas, você está
trabalhando numa coletânea de contos investigativos envolvendo um personagem
(detetive, investigador, policial, inspetor) que você concebeu desde sua personalidade,
hábitos, até vícios e paixões. Esse personagem, dada sua competência,
inteligência, de alguma maneira, está sempre resolvendo os mistérios de
cada episódio.
Por se tratar de um tema
policial, a narrativa desses episódios, expõe uma investigação fictícia de um
fato misterioso (enigma) ou de um crime; e a posterior revelação do criminoso
ou do mistério.
O foco das histórias é o
processo de elucidação do mistério, é o processo de investigação, tarefa
geralmente a cargo do protagonista que nasceu de suas mãos, o detetive, seja
ele um detetive particular ou policial, que consegue esclarecer o crime graças
à sua coragem, eficiência e inteligência.
Já são conhecidos alguns
competentes investigadores: Sherlock Holmes, de Conan Doyle. O Cavalheiro
August Dupin, criado por Edgar Allan Poe, o precursor da narrativa policial, em
Os crimes da Rua Morgue, não era exatamente um detetive (a denominação de
detetive só surgiria mais tarde), também não era um policial, mas, era antes de
tudo, um analista, disposto a desvendar um enigma que parecia indecifrável.
Quem sabe o seu personagem
também ganha uma prateleira de fama em alguma editora, ou alguma livraria...
Lembrando que o texto policial
demonstra que não pode haver crime perfeito, logo, não há lugar na história
para a impunidade, para o crime sem punição.
O conto policial ampara-se no
jogo dedutivo realizado com o leitor, agilizado pelo seu protagonista que vai acumulando
pistas, detalhes e testemunhos, para no fim desvendar os enigmas que estavam
implícitos em tudo que se apresentou.
Veja que Agatha Christie, porém,
não seguiu algumas regras, pois a criatividade dela sempre ultrapassou limites.
Ela, uma das autoras mais traduzidas do mundo, abandonou o campo do verossímil
e incorporou aspectos psicológicos em sua trama.
Em abril de 1841, o mestre do
terror Edgar Allan Poe apresentou ao público, nas colunas de um periódico da
Filadélfia (Graham's Magazine), o conto de The Murders in the Rue Morgue (Dois
Crimes na Rua Morgue), que se tornou a primeira narrativa policial moderna. Nos
anos seguintes, mais duas histórias policiais do mesmo autor foram publicadas,
The Mistery of Marie Roget (O Mistério de Marie Roget, 1842-1843) e The
Purloined Letter (A Carta Roubada, 1845). Esse processo continuou até o século
XIX, quando os romances policiais eram publicados em jornais e revistas
semanais como um Folhetim e eram posteriormente editados em livros populares.
TIPOS DE ROMANCES POLICIAIS
Whodunnit -
abreviação de Who Done It?, Quem Fez Isso? Em inglês, é o tipo de romance
policial em que há vários suspeitos para um crime, seja ele roubo, assassinato,
sequestro, e a identidade do culpado só é revelada nas últimas páginas do
livro. Neste gênero destacam-se Agatha Christie, Arthur Conan Doyle e Edgar
Allan Poe.
Noir
(preto em francês) é o tipo de romance policial onde os detetives são mais
humanizados; costumam beber, brigar, frequentar guetos sujos, habitados por
prostitutas, por criminosos pés de chinelo, policiais decadentes e se
envolverem em romances e sexo. As tramas são complexas e predomina um ambiente
sombrio e misterioso. Também existem outras tramas paralelas à história,
portanto não gira em torno de apenas um fato, mas de vários.
Suspenses Jurídicos são
romances policiais protagonizados por advogados, promotores, policiais entre
outros envolvidos não só em investigar, como também em provar a inocência ou a
culpa de algum personagem que contrata seus serviços, esses romances também
mantém mistério em todo o seu enredo e a solução do mistério só são revelados
perante o juiz. Erle Stanley Gardner criador do advogado Perry Mason é um dos
mais conhecidos autores da categoria.
Suspenses Médicos
são romances policiais protagonizados por médicos, que usam seus conhecimentos
para combater doenças e epidemias, erros médicos, etc. além de descobrirem
circunstâncias e causas de morte através de análises médicas.
Espionagem - São
romances policiais geralmente envolvendo investigações de grandes criminosos
internacionais, mafiosos, crimes diplomáticos, etc.
PRINCIPAIS AUTORES BRASILEIROS
E PERSONAGENS
Jô Soares – delegado Mello
Pimenta e detetive Machado Machado
Luís Fernando Verissimo –
detetive particular Ed Mort
Luiz Alfredo Garcia-Roza –
delegado Espinosa
Mário Prata - agentes federais
Ugo Fioravanti Neto e Darwin Matarazzo
Pedro Bandeira - Os Karas
Rubem Fonseca – advogado
Mandrake
Tony Bellotto – investigador
Bellini
Origem: Recanto das Letras –
texto modificado
Com esses detalhamentos, temos novos conhecimentos para trabalhar o romance ou coletânea de contos investigativos.
Vamos ao texto, escritores!
QUINZE
ANOS DE SILÊNCIO
13/11/2024
TAREFA: Abaixo há a
sinopse de um conto. A história precisa ser finalizada. E, é claro, esse texto
(abaixo) ainda carece de subtextos, fluxo de pensamento, figuras, desenvolvimento
do tema, estratégia de enredo, etc.
Giuseppe Marano, é italiano, tem hoje 56 anos. Em 2005, seu automóvel
desgovernado rolou pela ribanceira que dava no mar. O homem foi lançado para
fora do veículo, pelo vidro frontal, e o carro, já em chamas, explodiu
espirrando os destroços no oceano.
Giuseppe ficou enroscado na encosta. Como estava sozinho naquele trecho
de estrada, ninguém viu o automóvel cair. Não fosse a explosão, e um estudo da
parábola da queda, seria impossível calcular que um homem estaria entalado numa
fenda da rocha.
Mas, quem investigou e descobriu o homem entrincheirado nas rochas, foi
um competente detetive investigador.
Quem era aquele homem? Não portava documentos, nem celular, nenhum sinal
que o ligasse a alguém ou a alguma coisa.
Ele sofreu inúmeras fraturas importantes. Foi socorrido após horas,
devido à dificuldade de acesso. Estava vivo, mas inconsciente. Foi levado
para o hospital, passou por dezenas de cirurgias, mesmo desacordado. O estado
de coma o manteve em silêncio por longos nove anos.
Nesse período, o detetive trabalhou em sua identificação. E foi aí que descobriu
que...
E, quando Giuseppe voltou do estado de coma…
O DETETIVE VAI À ÓPERA LA TRAVIATA
30/10/24
O detetive vai à Ópera com alguns amigos da delegacia. Era para ser um passeio cultural, uma noite de puro lazer... É uma oportunidade para usar o terno que dorme há anos no armário...É oportunidade de flertar, talvez.
SINOPSE:
Em português, o nome significa “A mulher caída” e se trata de uma ópera dividida em quatro atos. Em síntese, é uma história de amor e tragédia. Sendo assim, no primeiro ato, conta a história de uma noite de festa na casa da cortesã Violeta Valéry, que, até então, é prometida ao Barão Douphol. Na ocasião, ela é apresentada a Alfredo Germont, ele se declara, mas Violeta não corresponde. Entretanto, diz ao homem que volte no dia seguinte. Após a festa, se apaixona pelas palavras de Alfredo.
Do segundo ato em diante, são apresentados os altos e baixos do relacionamento amoroso iniciado pelos dois. Isso inclui visita dos pais, pedidos de separação, os dois vivendo sob o mesmo teto e resulta em Violeta doente e pobre.
O
Investigador, já há tantos anos na mesma delegacia, tantos casos resolvidos,
tanta fama pela eficiência, acabou se enroscando em um caso de golpe
cibernético. “Parecem invisíveis! Como podem levar tanto dinheiro de tanta
gente sem sair de casa? “
Na
verdade, os anos tinham passado, e a tecnologia foi invadindo a vida do mundo
todo. Seu investigador estava parado no tempo, aprendera com dificuldade alguns
benefícios do celular, gostava de encontrar pessoas presencialmente, evitava as
tais reuniões on-line onde, na verdade, ninguém se encontrava com ninguém.
Não
era afoito às redes sociais, onde seu nome e o sucesso de suas investigações
eram sempre mencionados. Não que não tivesse uma conta no Facebook ou no
WhatsApp, mas não as consultava com a mesma frequência dos amigos.
Gostava
de ver tutoriais no YouTube para ir se inteirando de como acessar isso ou aquilo,
mas não o fazia com assiduidade. Nunca entendeu como a internet poderia ser uma porta
aberta, como ouviu dizer. Afinal, todos têm uma senha, pensava.
Depois
dessa ocorrência de roubo cibernético, seu Investigador foi enviado para um
curso intensivo de uma semana, onde aprenderia os caminhos possíveis para se entrar na “conta”
virtual de alguém, como hackear um celular, uma conta de rede social, como falsificar
um perfil, como ver a pessoa em vida real sem que ela saiba disso, etc.
Não é necessário entrar em detalhe quanto ao curso. Mas sim, no fato de que nessa semana ele conheceu alguém no curso, com quem ele fez boa amizade. Era um hacker muito famoso que se prontificou a ajudá-lo no decorrer das palestras e workshops.
UM NATAL
BEM DIFERENTE
09/10/2024
TAREFA: CONTE A HISTÓRIA DO SEU INVESTIGADOR QUANDO ERA MAIS JOVEM.
Temos um protagonista capcioso, um jovem inteligente que faz mil
planos.
Seus pais faleceram em um acidente há poucos anos, e o rapaz ficou morando com avó para terminar os estudos. A mulher o queria com muito carinho, mas logo analisou sua idade e percebeu que o neto ficaria sozinho quando ela partisse. Tratou, então, de alinhavar um bom futuro para ele.
Porém, quando estava na idade de alistamento militar, ele foi
convocado para uma guerra.
Foi um período de muita angústia para ela.
A guerra se estendeu por muito tempo, e as cartas do neto não chegavam com a
mesma frequência. Ela rezava dia e noite.
O Natal estava chegando, seria mais um Natal
sem ele. Ela andava arrasada, já não comia direito, apenas rezava e pedia pela
volta do jovem neto.
Ansiava por um Natal diferente, divertido,
com muitas vozes e risos, o neto participando, levantando um brinde... Mas,
sabia que não seria assim. Foi quando às vésperas do Natal...
COMO TERMINA ESSA HISTÓRIA?
ABASTEÇA COM AS ENTRELINHAS, COM FIGURAS, COM FLUXOS DE PENSAMENTO.
Lembrando que esta seria uma passagem do
passado – um flashback - do seu INVESTIGADOR.
FÉRIAS INTERROMPIDAS
02/10/2024
O SEU INVESTIGADOR de polícia decide
tirar férias após um longo e exaustivo ano de trabalho. Ele embarca em uma
excursão com um grupo de turistas para um destino exótico, buscando descansar e
se desconectar de seus deveres profissionais.
No entanto,
seus planos de relaxamento são interrompidos quando um crime acontece no grupo
da excursão, forçando-o a retornar à sua função de investigador.
A viagem:
SEU INVESTIGADOR está
em uma viagem de ônibus com um grupo de turistas em um destino isolado, como
uma região montanhosa ou uma ilha remota. É um lugar de pouco e de difícil
acesso, exatamente como ele gostaria que fosse. Durante a viagem, ele começa a
interagir com alguns dos viajantes, criando laços superficiais.
O
crime:
Depois de uma noite tranquila no hotel, um dos
turistas não vem para o café da manhã, e mais tarde alguém o encontra morto sob
circunstâncias misteriosas. O guia da excursão, temendo pânico no grupo e
atrasos na viagem, pede ajuda do SEU
INVESTIGADOR, já que o local é isolado e a polícia local só poderia chegar
dias depois.
Com isso,
todos os turistas têm que permanecer no local, a tensão aumenta. Ninguém pode
continuar a viagem até que o culpado seja descoberto. Mas, alguns têm pressa e
desejam continuar a viagem. No entanto, SEU
INVESTIGADOR ordena que todos fiquem no hotel, há um assassino entre eles. Cada
pessoa no grupo começa a suspeitar da outra, enquanto segredos e motivações
ocultas vêm à tona.
Investigação:
SEU
INVESTIGADOR reluta em assumir o caso, mas percebe que ele mesmo corre perigo
se o culpado não for encontrado. Sendo assim, ele começa a interrogar os
turistas, analisando a cena do crime, visitando os outros quartos, pertences, analisando comportamento, conexões entre as pessoas e evidências
circunstanciais.
Entre os suspeitos, podem estar:
- Um casal que se desentendia com facilidade
diante de todos, e parece estar escondendo algo.
- Um homem de negócios arrogante, que vivia aos
cochichos no celular e pouco interagia com o grupo.
- O homem estranho que se diz proprietário
do hotel, mas que depois ficam sabendo que é um funcionário.
- Um jovem viajante misterioso cujo nome não
foi encontrado na lista da operadora.
- Uma senhora observadora que muito se
apegou ao seu investigador e o ajuda na busca pela verdade.
- O próprio guia da excursão, que pode estar
ocultando algo para proteger a reputação da empresa.
- Ou
outro que o autor considerar para sua história.
O
desfecho:
Ao desvendar o crime, SEU INVESTIGADOR percebe que não foi apenas um assassinato por
impulso, mas parte de um plano mais complexo envolvendo vingança familiar ou
ganância. A confissão vem por meio de um confronto direto entre o SEU INVESTIGADOR
e o assassino, num momento em que SEU
INVESTIGADOR já tem todas as provas.
Conclusão:
Com o caso resolvido, o grupo respira
aliviado e a viagem pode continuar. Porém, SEU
INVESTIGADOR, embora tenha resolvido o crime, já precisa volta das
"férias" ainda mais cansado do que quando partiu.
---
Essa
premissa mistura suspense e drama psicológico, com a possibilidade de explorar
a dinâmica entre os personagens e como eles reagem sob pressão. O cenário de
isolamento, no hotel de difícil acesso, adiciona uma camada extra de urgência e
tensão à história.
Seja contundente na investigação.
PROJETO MEU ROMANCE
Este
episódio (sinopse) foi criado pela Inteligência Artificial – Chat GPT –
inclusive o título.
À SOMBRA DA LEI
24/09/2024
O seu
INVESTIGADOR é um oficial de polícia conhecido por sua inteligência afiada e
instintos impecáveis. Após resolver uma série de casos complexos, ele se
torna uma lenda no departamento, o que o coloca sob os holofotes da mídia e
ganha o respeito de seus superiores. No entanto, esse sucesso desperta a inveja
de seu colega, André Vasconcellos,
que há anos trabalha nas sombras, sem nunca ter o mesmo reconhecimento.
André, um policial
igualmente talentoso, mas constantemente ofuscado pela ascensão meteórica do seu
INVESTIGADOR, começa a nutrir um ressentimento profundo. Conforme um novo e
intrigante caso surge — o de uma série de roubos à bancos conectados a um
perigoso grupo criminoso —, os dois são designados para trabalhar juntos.
Seu
INVESTIGADOR, focado em desvendar o mistério de tantos assaltos semelhantes,
não percebe que André está sabotando
sutilmente a investigação, manipulando evidências e criando armadilhas para
desmoralizá-lo. Enquanto tenta resolver o caso, seu INVESTIGADOR precisa lidar
com as crescentes desconfianças e os jogos de poder dentro do departamento, sem
saber que a ameaça mais próxima pode vir de alguém em quem ele deveria confiar.
Em
uma trama cheia de reviravoltas, À Sombra na Lei explora a rivalidade, desconfiança,
ciúmes, traição e até onde a inveja pode levar alguém quando se sente
injustiçado e esquecido.
Um crime passional para SE investigar
18/09/2024
TRECHO
DE UM TEXTO PARA CONTO DE CRIME PASSIONAL:
Há quase meia hora, Mara esperava pelo esposo à porta do escritório. Queria lhe fazer surpresa com os cabelos cortados rente à nuca e agora loiros, modernos. A boca vermelha carmim tragava um cigarro vez ou outra. Mara não fuma, mas hoje vale tudo para chamar a atenção do marido. Inclusive o vestido verde musgo com decote em V que lhe deixavam os ombros delicadamente descobertos, a cintura marcada pelo cinto de tecido que delineava a bela mulher que era.
Luiz Carlos andava esquivo, arredio, reclamando de tudo, fugia de conversas e de abraços, e há meses até mesmo a simples conversa trivial depois do jantar andava comprometida.
Vou fisgá-lo de novo, pensou determinada...
No
trecho sugerido acima, temos uma esposa esperando o marido sair do trabalho
para fazer-lhe uma surpresa. Para agradá-lo ela tem sua figura modificada,
cabelos curtos, de cor diferente, e um vestido modelando o corpo, roupa que ela
não usa no dia-a-dia.
Essa mulher terá uma surpresa.
A partir daí uma trama vai se desenvolver.
Um crime vai acontecer.
Um detetive será acionado.
Crime passional: Quem morreu? Quem matou?
Lembrando que esta cena é mais uma façanha de seu personagem.
UMA LOUCA NA MINHA HISTÓRIA
11/09/2024
Essa
mulher entrará na sua história.
Os
temas que você abordará para que a mulher participe, pode ser qualquer um
abaixo (ou outro de sua criação):
1. "Noites e noites sem dormir para elucidar o caso, e quando posso dormir, vem essa doida gritar embaixo da minha janela!"
2. "Engraçado, a descrição dessa pessoa que esteve na casa da vítima na noite anterior, parece muito com a descrição de uma louca que vive assustando as pessoas.
3 "Tirem essa louca da cena do crime!" - Gritou o detetive para o policial.
Preocupe-se com as ferramentas literárias. Insira figuras de linguagem. Dinâmica dos personagens. Descrições.
Cuide para que o
enredo seja cativante, e o desfecho surpreenda.
MAS, O QUE É O DESTINO?
Destino1
substantivo masculino
1. 1. local aonde alguém vai; direção, destinação, meta, rumo.
"partiu sem d."
2. 2. tudo determinado pela providência ou pelas leis naturais;
sorte, fado, fortuna.
"quis o d. que ele se fosse
cedo"
A
existência do destino supõe que nada aconteça por acaso, mas que tudo tem uma
causa já predestinada, isto é, os acontecimentos não surgem do nada, mas desta
força desconhecida.
Cada
um é responsável pelo próprio destino, isto é, o que plantar, colherá.
Mas,
e quando o protagonista não tiver força suficiente para lutar contra essas forças
naturais, quando não puder alterar as linhas do destino, permitindo que ele, o
destino, prevaleça sobre sua vida, como ficará sua história?
Será
assim com seu investigador, ele será submetido às forças do destino, e mesmo
lutando com todas as suas forças, sua vida estará sujeita ao destino.
Essa
será a sua tarefa. Capriche!
CRIAÇÃO DE PERSONAGEM PERMANENTE
28/08/2024
Esta atividade de
escrita aprimora as habilidades de escrita descritiva, e previne personagens
que estarão no estoque, e sempre habitarão suas narrativas.
Desenvolvimento de um personagem
detetive (homem ou mulher) que atuará em investigações nas histórias que você
criar:
Como é seu personagem investigador?
Crie um
nome definitivo para ele.
1. Agitado, fumante inveterado, sempre com um
copo de bebida por perto, eficiente, nunca tem tempo para ouvir os outros,
finaliza seus casos com uma frase de efeito: “Cada um escreve seu próprio
destino”...
2. Elegante, atencioso, calado, detalhista,
metódico, observador ao extremo, culto, examina tudo, lê tudo, ouve tudo e
todos...Todos os seus casos foram resolvidos.
3. Irônico, malvestido, sarcástico, fala
alto, se expressa com muitos movimentos das mãos, nunca deixou o cliente sem a
revelação da verdade. Seu slogan é: “A verdade será revelada independentemente
das consequências para os envolvidos ou para terceiros. Doa a quem doer. ”
Sinta-se
seguro com esse personagem, para isso, estabeleça o histórico dele, mantendo sempre seu estado psicológico. Defina uma história de
fundo para ele, estabeleça motivação e objetivos, desenvolva segredos,
fraquezas dele, o que ele faz nos momentos de folga? O que ele faz quando
ninguém está olhando?
PROJETO MEU ROMANCE
PROJETO MEU ROMANCE
- Ouça o texto lendo em voz alta;
- Preste atenção na entonação, verifique se uma pontuação diferente da aplicada, melhoraria o sentido;
- O texto apresenta sensores emocionais? Se não, aplique-os;
- Será que uma sinestesia, metáfora, ou aliteração, daria ao seu texto mais empatia?;
- O que você quer dizer, está realmente, representado no texto, ou precisa de lapidação?;
- Os diálogos representam uma ferramenta no seu texto, ou podem ser deletados?;
- Há movimento nas cenas (dinâmicas)?;
- O seu personagem faz bem o papel que o autor lhe deu, ou ainda precisa focar mais na personalidade dele?
- Tenhamos essa atenção com os textos que serão criados nesta aula. Escolha o tema que pretende desenvolver:
Qual é seu tema
preferido?
21/08/2024
1 1. Protagonista, recebe a notícia da morte de
alguém muito querido. Atordoado, acidentalmente,
comparece ao funeral ou velório errado.
1 2. Comece sua história com esta frase: “O fogo
era assustador, crescia com muita rapidez, as
labaredas estalavam, se agigantavam bem perto de
nós”.
1 3. Era uma festa de casamento. Um hipnotizador
profissional se oferece para fazer uma experiência
de hipnose com a noiva, ela aceita, pois tudo lhe
parece bem divertido, no entanto, o que acontece vai
chocar os convidados.
Temos
abaixo, dois temas que sugerem tramas de suspense.
Escolha
um deles para fazer hoje, e o outro você fará durante a semana.
Nunca esqueça de utilizar as ferramentas que estão na caixa de ferramentas do escritor, elas ajudarão você a criar um texto mais cativante:
Figuras de linguagem
Cenário dinâmico
Personagem dinâmico
Expressões faciais e corporais…
Envie os 2 contos que você criar para:
1.
Isabelly havia desparecido. Era uma
das doze modelos em turnê com o famoso estilista Francis Model. Era dono de uma
grife requisitada pela elite, fazendo concorrência acirrada com Madame Flybe,
outra estilista muito conhecida no meio da moda, A jovem modelo há muito
desfilava para Francis, era de uma de suas preferidas. Ela havia saído do
quarto do hotel para pegar gelo no corredor, e nunca mais foi vista. A polícia
foi acionada e a família devidamente comunicada. Começou então a saga do
Detetive Pimenta para descobrir o mistério de Isabelly. (Decida por um conto
policial).
1. 2. Havia naquele reino de homens de
vidro, um homem especial, ele era mais do que vidro, era feito do cristal mais
puro que podia existir. Era igualmente transparente, mas sofisticado o bastante
para ser notado e procurado pelos demais, e delicado no trato, o que conferia
um aspecto cativante. Apesar de mais frágil que os homens de vidro, ele nasceu
de uma rara areia sílica de cogitada área onde o óxido de chumbo era abundante,
portanto tinha um currículo único, o que provocava muita inveja nos demais. .... (Opte por um conto fantástico com muito
suspense, mas com final feliz).
AÇÃO E REAÇÃO
EXPRESSÕES FACIAIS E CORPORAIS
07/08/2024
Trabalhando expressões faciais e corporais, evidenciando as ações e reações, desenvolva um desses 4 textos durante a aula, e outro no decorrer da semana:
Moura tinha acabado de correr 10 km. Agora estava no supermercado. De repente, os
ladrões entraram, vestiam roupas de atletas, e de cara deram uma coronhada na
cabeça dele, ele desmaiou. Depois os bandidos saíram atirando em diversas
pessoas. Na sacola dele encontraram a arma do crime...
Um casal namorava à distância, eles nunca se encontraram. Nas cartas iam e vinham fotos e informações que mostravam que ele era um corretor de imóveis rurais. Ela dizia ter uma pequena portinha onde vendia coisinhas para costureiras. No entanto...
Doninha era uma égua manga-larga, robusta, de linhagem invejável, era a maior aquisição do Dr. Nonato. Ela seria uma grande reprodutora. Ele estava ansioso pelo futuro. Até que a égua desapareceu..
1 Era o
dia do casamento de Gilberto e Livia. Ele ansiava pela entrada da noiva. Ela
temia que o outro estivesse lá dentro.
MINHA HISTÓRIA ESTÁ AQUI
31/07/2024
Quais os cuidados que o autor precisa ter com o protagonista e com os outros personagens da história?
A caracterização do personagem, o desenvolvimento de seu perfil, as provocações, as ações, as reações, as tomadas de decisões, as escolhas do personagem no decorrer da trama, a reviravolta, o desfecho surpreendente, a dinâmica dele nas cenas.
Encontre abaixo temas diversos (um para cada escritor), desenvolva o protagonista, e crie a história dele.
COM SUPERPODERES
27/06/2024
Nosso
projeto de hoje será o de criar um super heroizinho, uma criança que ganhará
poderes especiais.
Do
ponto de vista infantil (vai depender da faixa etária do seu personagem), quais
os conflitos que ele enxerga e com os quais ele terá que lutar...
Veja
o “esquema” e trabalhe com essa sinopse:
Um
bando de crianças brinca em uma rua sem saída onde há algumas casas vazias. Os
quintais dessas casas são palcos de várias brincadeiras dos pequenos.
No
final do dia, quando a noite já aponta no céu, eles se escondem uns dos outros,
aproveitando as casas abandonadas.
Até que um dia descobrem em uma dessas casas, um extraterrestre, ou um mago (ou...) que dá para um deles (ou mais de uma criança), um objeto mágico (ou uma magia qualquer) que lhes atribui poderes especiais (escolha uma ou mais de uma virtude): locomoção instantânea, camuflagem (mudança de fisionomia), transposição de época, visão de raio-x, força brutal, poder de voar, invisibilidade, sabedoria, poder da cura, telepatia, telecinesia (poder de mover objetos com a mente)...
Capriche
na caracterização deste personagem, pois ele poderá ser empregado em outras
histórias que você criará no futuro.
TAREFA: Neste enredo, a
criança usará seus poderes para realizar alguma coisa boa, e assim resolver um
conflito já aparente no enredo. Esta será sua história de hoje.
Em
casa, inventar um personagem antagonista para criar dificuldade para seu
heroizinho.
UMA REVOLTA DO OUTRO MUNDO
19/06/2024
Hoje é dia de pura diversão
literária!
Vejam o tema abaixo sobre os
fantasmas que já viraram piadas, que não amedrontam mais ninguém, e que, para
reverter a situação e se tornarem de novo “os assombrosos”, eles tomam alguma
atitude:
Os fantasmas andavam
inquietos, preocupados com tantos seriados de vampiros, seres de outros
planetas desembarcando na Terra, robôs sendo construídos, uma tal de Alexa que
resolve qualquer problema. Dessa maneira, o ser humano já não tinha mais tanto
medo deles. Havia até jovens dormindo dentro de tumbas em cemitérios! Até os
joguinhos infantis tinham fantasmas que não causavam medo nas crianças. E,
mais, existe entre os humanos até mesmo um tal de “fantasminha camarada” que
depõe contra nossa classe de terror. Onde já se viu um “fantasma camarada!”
Precisavam reagir quanto
antes, sob risco de serem esquecidos como fantasmas e virarem piadas. Na
verdade, para muitos seres humanos, os fantasmas já eram piadas. Foi então
que...
Criar esse conto para jovens.
Use linguagem jovial que aproxime os adolescentes de sua história.
Por exemplo:
“Isso é insano”, “mano”..."Isso foi punk" ...ETC
HISTÓRIA PARA CRIANÇAS
04/06/2024
Vushyo
era um gênio antipático, rabugento, mal-humorado, intolerante, áspero, que
morava numa lâmpada mágica esquecida no interior de uma caverna. Já estava há
tantos anos encolhido naquele objeto, que dormia o tempo todo e sonhava em descobrir uma mágica que o
libertasse daquele castigo de ter que se recolher na minúscula lâmpada. Se
contorcia de um lado para outro, mas nenhuma posição era confortável. Uma vez o
nariz ficava espremido, outra vez eram os braços que se apertavam tanto que
pareciam desaparecer. “É um pesadelo ser gênio de lâmpada”, ele reclamava.
Um dia, crianças brincando de explorar o lugar, encontraram a tal estranha, fina e gelada lâmpada, que se parecia um pouco com a lâmpada de Aladim. Só descobriram que era mesmo mágica quando saltou de dentro dela, um ser magricelo, com barbas e bigodes espichados, e olhos brilhantes, corpo elástico, pés que liberavam fumaça. A voz rouca, quase surda, que mais parecia um rugido, precisava ser treinada, afinal há tantos anos não falava nada...
Tarefa:
desenvolver este tema aproveitando
a
ideia central do texto – a rabugice do gênio, por exemplo.
Como
a história é para crianças, coloque emoção nos diálogos, nas ações, faça
descrições fantásticas, e cuide para que o estilo interesse para os pequenos.
Sugestões de título para sua história:
UM GÊNIO RABUGENTO / O DIA EM QUE UM GÊNIO ESCAPOU DA LÂMPADA / CUIDADO COM O
GÊNIO ESQUISITO...
ARTE DA ALEMANHA NAZISTA
28/05/2024
Coordenadora: Hirtis Lazarin
Assistente: Ivy Freitas
Adolf Hitler chegou ao poder em 1933 e a arte moderna era percebida por ele como um ato de violência estética dos judeus contra o espírito alemão. Ele tomou, então, para si a responsabilidade de decidir quem, em matéria de cultura, pensava e agia como um judeu. A suposta natureza judia de uma arte indecifrável, distorcida, ou que representava assuntos "depravados" era explicada através do conceito de degeneração, obras degeneradas eram consideradas uma arte distorcida e corrompida. Era sintoma de uma raça inferior.
Mais de 600.000 pinturas foram roubadas do povo judeu durante a Segunda Guerra Mundial, enriquecendo o regime nazista e eliminando a cultura judaica”.
Exp
Cerca de 650 trabalhos de 32 museus alemães compuseram a exposição. Entre os artistas estavam Picasso, Georges Braque, Lasar Segall, George Grosz, Henri Matisse, Otto Dix, Max Ernst, e outros. A exibição era propositalmente bagunçada, com quadros pendurados de maneira torta e luzes inadequadas. Mesmo assim, "Arte Degenerada" teve um público significativo: mais de 2 milhões de pessoas a visitaram em cidades da Alemanha e da Áustria até 1941, ano em que foi encerrada.
"Ao lado de obras de Pablo Picasso, Henri Matisse, Piet Mondrian, dentre outros, o pintor e político nazista Adolf Ziegler definiu assim as obras expostas: “Em torno de nós vê-se o monstruoso fruto da insanidade, imprudência, inépcia e completa degeneração. O que essa exposição oferece inspira horror e aversão em todos nós”.
Alguns dos artistas que foram punidos pelo Nazismo
“Mulher em frente ao espelho” (1932)
Hitler valorizava a arte greco-romana, pois a considerava não contaminada pela cultura judaica.
Hitler valorizava a arte greco-romana.
Estátua de Arno Breker representando o espírito nazista
Estátuas nuas dos corpos masculino e feminino ideais, instaladas nas ruas de Berlim, por ocasião dos Jogos Olímpicos de Verão de 1936.
Águia com símbolo da Alemanha Nazista encontrado por uruguaios, num navio alemão afundado.
Com o avanço do exército da Alemanha nazista sob o território europeu, a preocupação da família de Kauders aumentou. De início, Gertrud não acreditava que poderia ser levada pela SS para um campo de concentração, já que era de origem alemã, mesmo que judia, então ignorou os pedidos de sua família, que suplicava que ela fugisse da Tchecoslováquia.
Após perceber a real magnitude do esforço nazista para exterminar os judeus, a pintora recorreu a sua amiga russa para esconder sua arte. Foi assim que Natalie Jahudkova passou a buscar formas de não deixar que telas que haviam sido arrancadas de quadros, rascunhos e outras obras de Gertrud fossem vistas.
Pensou, então, em colocar as artes na estrutura de sua casa, que ainda estava sendo construída, em Zbraslav, ao sul de Praga. Assim, as obras foram inseridas dentro de paredes e debaixo de pisos.
Em 1942, pouco tempo após dar a missão para Natalie, Gertrudes Kauders foi descoberta pelos nazistas que ocupavam o país. Depois de ser identificada, foi levada para o gueto de Theresienstadt, perto de sua cidade natal, até ser transferida para o campo de extermínio Majdanek, em Lublin, na Polônia, onde morreu em maio do mesmo ano
Descoberta Acidental
Quase 80 anos mais tarde, em 2018, a mídia tcheca anunciou o descobrimento acidental de trabalhos artísticos na estrutura de uma casa, após as obras caírem.
De início, acreditou-se que essas pinturas eram as únicas que haviam sido escondidas, mas, ao final do processo de busca, foram encontrados 700 trabalhos no total.
Apesar de Kauders não ter tido filhos, a família da artista foi encontrada e notificada dos achados.
A filha do sobrinho de Gertrud que fugiu para a Nova Zelândia, Miriam, ficou feliz em poder aprender mais sobre sua família por meio dos retratos da tia-avó e até foi capaz de identificar desenhos de seu pai e de seu avô, que nunca foi capaz de conhecer. Miriam decidiu doá-los para o Museu de Arte Judaica de Praga, que aceitou o acervo de braços abertos.
PERSONAGEM 1 -
Ela era jovem, charmosa, cativante, de riso fácil, muito requisitada nas rodas
de amigos. Era convidada a participar de todos os eventos da Universidade. Mas,
o que de mais importante precisa ser dito sobre ela é que por trás daquela
simpatia havia um mistério sobre o passado de sua família, e isso a
aterrorizava.
PERSONAGEM 2 –
Ele era do tipo investigativo, curioso, cheio de atitudes. Ria alto, e preenchia
os ambientes onde estivesse. Tinha herdado alguns bens e dinheiro, mas
apesar disso, trabalhava na agência de publicidade mais famosa da cidade, e não
abria mão de sua profissão. Mas o que gostava mesmo de fazer era investigar o
que parecesse misterioso, caso de difícil solução. Gostava tanto disso, que em
casa tinha um cômodo reservado para suas buscas, disfarces, documentos, e
acessórios de investigação. Esse hobby era secreto, seus amigos nem sonhavam
que ele pudesse se aventurar numa tarefa dessas.
PERSONAGEM 3 –
Homem idoso, beirando os 90 anos, cauteloso, refinado, professor de Economia na
Universidade, e até hoje é estudioso do tema. Escreveu dezenas de livros,
ganhou prêmios, é muito requisitado para palestras, podcasts e eventos acadêmicos.
Quando era jovem promoveu alguns caminhos de investimentos, e muitos deram
certo, o que o tornou um confiante conselheiro financeiro para muitos. De
preferência sofisticada, gostava de música clássica, viagens. É viúvo de uma
poderosa mulher que atuava no mercado Financeiro desde muito jovem, e foi por
esse meio que o casal se conheceu. Ela morreu de modo não esclarecido, e ele
não compareceu ao velório, alegando que se sentiria mal.
TAREFA
1: Qual
destes personagens será seu protagonista? Os 3 atuarão na sua história. No mesmo
conto, esses 3 personagens participarão do enredo. Há um “ponto de vista” para cada personagem.
O clima da história e o gênero terão apelos diferentes diante de cada um.
TAREFA
2:
CRIE UM PERSONAGEM NOVO PARA ENTRAR EM CENA E MUDAR TUDO NA SUA HISTÓRIA.
COISAS DA VIDA
15/05/2024
"Coisas"
do português.
Gramaticalmente,
"coisa" pode ser substantivo, adjetivo, advérbio. Também pode ser
verbo: o Houaiss registra a forma "coisificar". E no Nordeste há
"coisar":
“Ô,
seu "coisinha", você já "coisou" aquela coisa que mandei você "coisar"?
Coisa-ruim
é o capeta. Na boca dos exagerados, "coisa nenhuma" vira um monte de
coisas...
Mas a
"coisa" tem história mesmo é na MPB.
No II Festival da Música Popular Brasileira, em 1966, a coisa estava na
letra das duas vencedoras. Disparada, de Geraldo Vandré: Prepare seu coração
pras "coisas" que eu vou contar..., e A Banda, de Chico Buarque: pra
ver a banda passar, cantando "coisas" de amor... E a turma da Jovem
Guarda e as coisas: “coisa" linda, "coisa" que eu adoro! Já para
Maria Bethânia, o diminutivo de coisa é uma questão de quantidade, afinal, são
tantas "coisinhas" miúdas.
"Alguma
coisa acontece no meu coração"!...
Um
cara cheio de coisas é o indivíduo chato, pleno de não-me-toques. Já um cara
cheio das coisas, vive dando risada. Gente fina é outra coisa. A coisa pública
não funciona no Brasil. Político, quando está na oposição, é uma coisa, mas,
quando assume o poder, a coisa muda de figura.
Mas,
deixemos de "coisa", cuidemos da vida, senão chega a morte, ou
"coisa" parecida... Por isso, faça a coisa certa e não esqueça o
grande mandamento: "AMARÁS A DEUS SOBRE TODAS AS "COISAS".
Do livro do autor, (texto
parcial) –
"Coisas do Português: a
língua nossa de cada dia", de Francicarlos Diniz
ESSAS
COISAS - Poema de Carlos Drummond de Andrade
Você não está na idade
de sofrer por essas coisas.”
Há então a idade de sofrer
e a de não sofrer mais
por essas, essas coisas?
As coisas só deviam acontecer
para fazer sofrer
na idade própria de sofrer?
Ou não se devia sofrer
pelas coisas que causam
sofrimento
pois vieram fora de hora, e a
hora é calma?
E se não estou mais na idade
de sofrer
é porque estou morto, e morto
é a idade de não sentir as
coisas, essas coisas?
A
Coisa
A gente pensa uma coisa, acaba
escrevendo outra e o leitor entende uma terceira coisa... e, enquanto se passa
tudo isso, a coisa propriamente dita começa a desconfiar que não foi
propriamente dita. MARIO QUINTANA
Que a importância de uma coisa
não se mede com fita métrica nem com balanças, nem barômetros etc. Que a
importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa
produza em nós. MANOEL DE BARROS
TAREFAS
TEXTO
1:
Fale sobre as coisas da vida.
TEXTO2: Seu personagem é uma coisa intragável. Mas alguém vai enfrentá-lo com interesse em
uma coisa que seu protagonista guarda em um cofre.
O hotel estava
quieto demais naquela quarta-feira, o que era ótimo para Américo, que precisava
descansar de tantas reuniões, acordos, projetos e pessoas
desinteressantes.
Américo
era um homem exigente e metódico, o que muitas vezes fazia dele um sujeito
intragável. Conhecia seu instinto ameaçador quando algo saía errado, já passou
por problemas delicados por não conseguir moderar suas reações. Precisava
pensar sua postura, estava pesando demais. O resort, indicado pelo chefe, era
realmente acolhedor. Uma semana, talvez esses dias lhe fizessem algum bem. Hospedara-se
pela manhã e ficaria à espera da namorada, que só chegaria no sábado.
Um
resort de luxo é lugar que agrada até os mais chatos – pensou se referindo a
ele mesmo.
Tudo lhe parecia tranquilo, o clima morno o convidava para uma corrida, então no dia seguinte saiu muito cedo para correr os seus dez quilômetros costumeiros. Ao chegar de volta, estranhamente, não conseguiu abrir a porta do quarto. Na recepção, quando ele se queixou da chave eletrônica que não funcionou, foram taxativos:
“Não há nenhum Américo Brunaldi hospedado aqui”.
Ele riu. Só podia ser
uma brincadeira. Mas, fosse o que fosse, ele não aprovou. Ou será que errou o número
do quarto? Mas, ao ouvir a insistência do atendente em repetir que o nome dele
não estava da lista de hóspedes, ficou transtornado. Conseguiu convencê-los a
abrir a unidade para provar que estavam enganados, afinal poderia mostrar
documentos, seu celular que ficara na escrivaninha, e sua bagagem toda. Mas,
para sua surpresa, o quarto estava limpo e fresco, não havia nenhum vestígio de
seus pertences. Nem no estacionamento, nem nas câmeras, constava entrada de
algum Ford Versalles preto...
(Decida por um conto de suspense com
final impactante).
Tarefa
para hoje: O QUE ESSES AMERICANOS
ENCONTRARAM NA VELHA CASA DE SANTA CECÍLIA? DESENVOLVA
ESSA HISTÓRIA
Dois jovens americanos vêm morar em São Paulo. São
primos e vão estudar e trabalhar aqui. Ainda não dominam a língua portuguesa,
mas andam sempre com o tradutor acionado no celular. Com isso, acabam se
entendendo com os brasileiros. Eles são curiosos, afoitos e investigativos. Ambos
são empreendedores. Compraram uma casa antiga, muito velha no bairro de Santa
Cecília, imóvel que eles mesmos se propõem a executar reforma conforme puderem.
E têm em mente que vão explorar ao máximo o bairro onde moram.
Na primeira fase da reforma, eles percebem o piso do
corredor com som oco quando pisam. Detectam, de imediato, muito cupim, então
removem o antigo piso de tábuas corridas. Verificam que há outro piso de tacos
longos servindo de contra piso. Ali, encontram muito mais cupim alojado entre
as peças, e removem o contra piso. Eis que descobrem uma escadaria que os leva
ao porão. Esse porão, desconheciam, o proprietário não disse que havia, e não
constava da planta baixa do imóvel. " É um espaço secreto! ” – Concluíram.
Mas, as surpresas estavam apenas começando para
aqueles dois jovens curiosos:
. Encontraram um refém, uma vítima de sequestro.
. Um espião em franco trabalho de espionagem,
equipamentos de espionagem, de comunicação e imagem.
. Encontraram uma família fugitiva da guerra que
acabou há anos, mas essa família não sabia.
. Encontraram um soldado desertor de guerra.
Os detalhes virão por meio de subtextos, histórias
de fundo, fluxos de pensamentos e expressões corporais e faciais. Mostre as
expressões faciais, e corporais dos personagens. Use narrador onisciente.
Um
dia, Franz Kafka escreveu à mão uma carta de 45 páginas ao seu pai, ele talvez
não estivesse consciente de que ela acabaria sendo um documento literário a ser
treinado através dos tempos. A escrita criativa epistolar é uma forma de
expressão artística que inspira os escritores a usarem a imaginação para trazer
personalidade ao enredo, para processar a emoção dos personagens e provocar o
leitor.
Quando
se trata de escrita criativa, você pode lançar mão de inúmeros recursos
literários e montar uma estratégia engenhosa para seu texto. A emoção é um ingrediente que nunca deve
faltar à receita. A carta é um desses recursos.
O processo criativo por meio
de cartas é o que chamo de “emoção de envelope”. Quando recebemos uma carta,
antes mesmo de conhecer o remetente, a ânsia de conhecer o conteúdo nos afeta.
O reconhecimento do remetente nos provoca curiosidade. E somente depois virá o
sabor com a leitura da missiva. Como podem ver, nossa emoção começa quando
chega um envelope...
No texto abaixo, a
personagem fica excitada com a chegada do carro do correio, tem o coração
acelerado só de pensar no que viria. É claro, toda essa “espera ansiosa” tem
por trás um passado, uma história que a faz ansiar pela carta. Você vai MOSTRAR
porque ela está ansiosa.
Faça uma transição suave
entre o texto que você está criando e o assunto da carta. A frase que precede
seu texto deve dar ao leitor um sinal para entender que ele irá mergulhar na
carta. Não seja enfadonho com repetições ou formatos severos de uma carta. O
entremeado do assunto da carta e seu texto deve ser sutil e necessário para
provocar o leitor:
A última CARTA
(O
que vem em uma carta não se deleta, não se apaga nunca)
Foi
há vinte anos, não consigo esquecer nenhum detalhe, o ruído do automóvel do correio
entrando na propriedade, a revoada de andorinhas formando um cordão num
sobrevoo artístico. O ronco do motor que se aproximava parecia áspero desta
vez, os estalidos dos gravetos, mais secos, gritavam sons angustiantes: “Ah,
Meu Deus, aí vem más notícias” – logo pensei. Estava no alpendre debruçada em
uma leitura antiga, estiquei os olhos ansiosos para o carro que acabara de
estacionar. Meu coração se exaltou, me
lembro muito bem disso, ele sabia que uma tempestade chegaria um dia dentro de
um envelope.
O
carteiro sorriu para mim:
—
Bom dia, Dona Verinha. O sol está ardido hoje, hein! Tem uma limonada gelada aí
pra mim?
Corri
para atendê-lo. Era quarta-feira, dia do correio, sempre o esperava com suco
gelado. Lá de dentro, ouvi sua voz de tenor:
— Trouxe
a encomenda da loja do Nico. Ele mandou dizer que, se não servir, pode ir lá
trocar. Tem também uma sacola com fazendas estampadas, que a senhora pediu na
loja de tecidos do Francisco. E trouxe uma carta vinda de...
Parei
onde estava, com a jarra na mão, os olhos cravados no carteiro, o coração
acelerado...
ASSIM VAI COMEÇAR SUA HISTÓRIA:
A
camionete parou bruscamente ao lado da cena do acidente. Era um sedan cinza
capotado, todo retorcido, na faixa esquerda da rodovia. Bento saltou do
veículo, precisava ajudar, e já pode ouvir os socos que retumbavam ao longe.
Era um homem que, desesperadamente, tentava quebrar a janela do carro capotado.
O suor escorria do rosto de Gregório, mas ele não esmorecia. Sua voz trépida
gemia por socorro. E havia um choro incontido que não se sabia de onde vinha.
Bento aproximou o rosto do vidro do para-brisa do veículo tombado e viu lá
dentro uma criança aos berros, presa na cadeirinha do banco traseiro. À frente, uma mulher desacordada. Viu o
combustível traiçoeiro escorrer lentamente sob o veículo e encostar na sua
bota:
— Vai
explodir essa coisa! – Gritou.
Correu
até seu carro e, com a chave de rodas, estilhaçou o vidro do sedan. Mas, a porta emperrada, não cedia.
— Meu
Deus! Não consigo abrir essa porcaria! Me ajudem aqui! – Gritou num fôlego.
Vendo
que o tempo era seu inimigo, ele, num ímpeto, se enfiou pelo vão da janela,
atropelando-se pelo espaço apertado, e conseguiu liberar a criança do cinto de
segurança. Percebeu uma nesga de fogo clarear na parte dianteira e se avantajar
acintosamente pelo painel do carro.
— Pega
aí!! – Gritou, colocando a criança nas mãos de Gregório.
Arriscou
olhar para a mulher com a cabeça tombada ao volante. Tinha muito sangue na
cabeça, mas surpreendeu-se com um discreto movimento de mão:
— Ela
parece estar viva! Meu Deus! Examinou o comportamento do fogo, sabia que se
expandiria a qualquer momento.
E
Gregório, com o bebê nos braços, foi se distanciando do sedan, gritando:
— Sai
daí, está pegando fogo, vai explodir! ...
Tarefa para hoje: O QUE ACONTECEU 2 ANOS ANTES?
Tarefa para casa: O QUE ACONTECEU
5 ANOS DEPOIS?
*****
Neste exercício vamos trabalhar cenas dinâmicas, cenário dinâmico, personagens dinâmicos.
O enredo contará com 3 tempos: o antes, o agora e o depois.
Na
passagem do século XVIII para o XIX, sete meninas costumavam passar os finais
de semana em uma chácara, de propriedade do Tenente General José Arouche de
Toledo Rendon, de quem eram irmãs. O referido militar foi pessoa
importantíssima em São Paulo. Além de ter inúmeras propriedades, foi o primeiro
diretor da Faculdade de Direito do Largo São Francisco e hoje dá nome ao Largo
do Arouche.
Da
casa sede desta chácara, localizada às margens do Rio Tietê, onde hoje está o
bairro da Casa Verde, nada ficou, a não ser a lenda de que a casa teria a cor
que hoje dá nome ao bairro, o que não é correto, pois a verdadeira casa verde
ficava no centro da cidade, onde moravam essas sete meninas, mais propriamente
na travessa do Colégio, hoje Rua Anchieta, exatamente no número 11.
Paulo Cursino
Moura, em seu livro São Paulo de Outrora, aponta que as sete
irmãs chamavam a atenção porque eram graciosas e atraentes: "Eram pudicas,
recatadas, olhos baixos de soslaio rapidíssimos, inquietos aos primos
sedutores, de anquinhas gorduchas em adoráveis saias-balão".
"As
meninas partiam em revoada aos finais de semana ou feriados". O que faziam
elas? Com certeza, banhavam-se nas águas do Tietê, ainda livre, limpo e
curvilíneo; desfrutavam da equitação e de tudo aquilo que a natureza quase
intocada pode oferecer. Oficialmente, no entanto, ninguém jamais poderá
responder. Sabe-se que as meninas eram vítimas dos boquejadores, aquelas
pessoas cuja maior diversão, é falar da vida alheia. É que os passeios das
meninas despertavam a curiosidade na pacata São Paulo. “Lá vem as meninas da
casa verde", diziam com ironia.
Quem
eram elas: Caitana, Ana, Pulquéria, Maria Rosa, Gertrudes, Joaquina e
Rudesinda. Todas elas morreram solteiras e bem novas. Caitana, (assim mesmo com
"i") a mais velha entre as sete, nasceu em 1752. Ela é uma das irmãs
remanescentes quando da assinatura de documentos relativos à transferência das terras,
em 1830, com 78 anos. (Fonte: Geraldo Nunes - Jornal O Estado de São Paulo,
2015)
TAREFA: Tomemos esse texto como mote para escrever um conto de ficção sobre uma dessas 7 meninas da Casa Verde. Considerem a época. Considerem o figurino possível, considerem o transporte, o cenário.
Será
necessária releitura e pesquisa para que seu texto retrate o passado.
O
objetivo de hoje é escrever um tema DE SUSPENSE para crianças. Acima, há duas
opções de texto, escolha um deles para fazer agora, e outro tema livre para
fazer em casa.
Suspense
tem tudo a ver com fazer grandes promessas ao leitor. A escrita de suspense é
uma questão de definir as expectativas do leitor, controlando as informações –
o quanto você revela, quando e como você o revela.
Como
escrever suspense para crianças:
ü Criar
uma atmosfera condizente com a trama.
ü Use
palavras conhecidas, mas ouse com palavras novas para enriquecer o vocabulário
dos pequenos.
ü Trace
o perfil do personagem atribuindo-lhe a força e também a fraqueza. Essas
atribuições podem surgir no plano do enredo.
ü Coloque
o personagem em situação de risco iminente.
ü Conte
as horas, os minutos.
ü Movimente
o personagem no cenário
ü Mostre
sua perturbação, seus sentimentos.
ü Fortaleça a atmosfera ambiental com um novo ingrediente, algo que tire a história dos trilhos: “de repente as luzes se pagaram”, “aqueles apitos insistentes o perturbavam, era uma sequência doentia de curtos assovios, até eles silenciaram de repente”, “mas ele teria que atravessar a floresta densa habitada por figuras horripilantes”, “foi aí que ele percebeu que estava flutuando e que a qualquer momento despencaria do espaço, sem nenhum artefato de segurança”...
ü Use
figuras de linguagem: A onomatopeia é uma figura que prende a criança (o
tic-tac mostrava que o tempo estava se esgotando). A sinestesia aproxima o
pequeno leitor à verossimilhança (o cheiro quente daquela luz amarelada chegou
até ele), a comparação (era tão rápido como o guepardo), o leva a crer no que
ele conhece.
ü A
história precisa subir ao ponto máximo (clímax), até que o personagem arranje
uma solução para o conflito.
Vamos
experimentar?
Faça do Japão (ou da cultura japonesa) o
tema da sua história
Que tal transitarmos por outras culturas,
personagens engajados em outro ritmo, outros sentimentos, outra educação?
Hoje, neste encontro, vamos criar a história de um jovem japonês que veio morar no Brasil, mal chegou e já se meteu numa “encrenca” qualquer. Talvez devido ao idioma, ou desconhecia a cidade, ou os costumes tão diferentes. Capriche na caracterização do personagem. As características do personagem, lembrando que ele acabou de chegar, tem muito da cultura japonesa.
Em casa vamos elaborar uma
história mais centrada na cultura japonesa, seus hábitos e costumes. Desta vez a
história é sobre uma idosa japonesa que mora no Japão, que tem um familiar no
Brasil, e esse familiar está em apuros. O Japão poderá ser o cenário, e o texto
conterá “estrangeirismo”. O narrador será onisciente. E se você desejar, esta
idosa senhora poderá ter algum parentesco com aquele jovem que veio para o
Brasil, na história de hoje.
Para isso, abaixo há sugestões de nomes para os personagens japoneses, além de diversas pontuações da cultura japonesa, cujas podem ser aproveitadas para compor sua história. Mas, sugiro que façam mais pesquisas dependendo do contexto.
Vejam que trago os nomes utilizados para
os entes familiares, apliquem em suas histórias., e temos também outras Curiosidades japonesas:
https://youtu.be/crj4gC8g2JM?si=J0IITcW9f7il8xNZ
Este vídeo mostra algumas interessantes passgens
Na sociedade japonesa, existe o conceito
do “Uchi” e “Soto”, que significam, respectivamente, a ideia de dentro e fora,
ou de interior e exterior e tem a ver com a relação que a sociedade japonesa se
relaciona entre si. Por exemplo:
- Os
membros da família são uchi, os vizinhos são soto.
- Os japoneses são uchi, os
estrangeiros são soto.
- Os
colegas de trabalho são uchi, os clientes são soto.
- kazoku, quer dizer família, tanto no
singular quanto no plural, mas também tem o significado de membro da
família em japonês.
Irmãos = Kyoudai 兄弟(きょうだい)
Irmão mais velho = Ani 兄(あに)
Irmão mais velho = Oniisan お兄さん(おにいさん)
Irmão mais novo = Otouto 弟(おとうと)
A maioria dos japoneses tem vergonha de comunicar suas emoções. Assim, grande parte da família japonesa não demonstra muito seus sentimentos uns para os outros. O sentimento de um indivíduo pode torná-lo inconveniente para uma reunião familiar. Além disso, para a cultura do país, falar sempre sobre os seus sentimentos, te torna uma pessoa não confiável.
Nomes Japoneses Femininos Mais Vistos
1. Kira Significa
“senhora”, “que tem plena autoridade”, “feixe de luz”,...
2. Naomi Significa
“meu deleite”, “minha doçura”, “aquela que é bonita e...
3. Ayumi Significa
"razão da beleza asiática", “mar de paz e prazer”, “beleza...
4. Yumi Significa
“beleza abundante”, “mulher extremamente bela”. Delicado,...
5. Mahina Significa
“Lua”, “deusa”, “a iluminada”; “pássaro...
6. Sayuri Significa
“pequeno lírio”, “lírio que nasce adiantado”,...
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"a que está mais próxima", "carvalho", "a que achata,
torna plano",...
8. Hana Significa “dom da graça de Deus”, “graça”,
“graciosa”, “bem...
9. Yuna Significa
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"vegetal...
10. Mayumi Significa
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razão",...
Nomes Japoneses Masculinos Mais
Vistos
1. Yuri Significa
"pequeno agricultor", "aquele que trabalha com a terra",
"fazendeiro";...
2. Koda Significa
“amigo”, “companheiro”, “arroz em casca de...
3. Akira Significa
“brilhante”, “luz”, “brilhando”, “próspero”,...
4. Yuki Significa "esperança
superior", "esperança gentil"; "nobre rico",
"precioso...
5. Yoshi Significa
"boa sorte"; "justo" ou "bom",
"virtuoso", "respeitável". Como...
6. Gohan Significa
“aquele que é alimentado pelo entendimento” ou “esclarecimento...
7. Shin Significa
“verdadeiro”, “crente”, “avançado”. Shin é um nome de...
8. Kenji Significa "o
segundo que é saudável, forte" ou "o segundo aprimorado,...
9. Yudi Significa "bravo,
corajoso", "superior, gentil", "homem forte". É...
10. Naruto Significa “massa de peixe servida sobre o lámen”,
“redemoinho”. Naruto...
SAKURA: A
primavera, no Japão, é famosa pela floração em massa das flores de cerejeira,
também conhecidas como sakura ,
um evento tão bonito que atrai turistas de todo o mundo. Devido ao seu
florescimento impressionante, mas de curta duração, a flor simboliza a
fascinante natureza transitória da vida - mas também está associada a uma
mensagem de renovação e esperança para o futuro
Carne de cavalo crua é popular no
Japão. Em japonês, ela também é chamada de sakura
ou sakuraninki, que significa “carne de flor de cerejeira” devido à sua cor
rosada. Normalmente, ela é servida crua como sashimis, em fatias bem finas,
para serem molhadas no shoyu (molho de soja), mas também pode ser temperada com
gengibre e cebola (e passa a ser chamada basashi), lá também fazem sashimi de carne de baleia.
O café da manhã tradicional japonês
chama-se Asa gohan, que significa
arroz matinal. Trata-se de uma refeição completa similar ao almoço e jantar,
com direito a arroz branco, peixe, misoshiro e tsukemono.
- Há
mais de 80.000 restaurantes/lojas de macarrão instantâneo por todo o
Japão. De fato, o ramen é um dos pratos que todo turista precisa provar no
país, juntamente com o sushi. Apesar de, até poucos anos atrás, o macarrão
não ser tão popular e ser basicamente conhecido apenas como uma opção
rápida, barata e prática para as refeições, houve uma expansão da sua
popularidade e lojas especializadas começaram a aparecer por todos os
lados, as chamadas ramen-ya. Além disso, é normal levar a tigela até a sua
boca ao invés de usar colher. E isso vale também para os alimentos que
exigem o uso dos hashis:
- Lojas de conveniência, chamadas de Konbinis, são encontradas em toda parte, às vezes dois no mesmo quarteirão.
- Muitos
japoneses ainda tem o hábito de tomar banho em “sentos”. (Banhos
públicos).
Existem mais de 2 mil templos em Kyoto.
Kyoto e Nara foram poupados do
bombardeio atômico durante a Segunda Guerra Mundial devido à sua arquitetura
e importância cultural.
- No
Japão, há um trem que “flutua” acima dos trilhos por magnetismo e alcança
até 600 km/h. O Maglev, de magnetic levitation (levitação magnética)
percorre 1,8 quilômetros em 11 segundos e “levita” a 10 centímetros dos
trilhos durante o percurso, impulsionado por ímãs carregados
eletricamente. Os trens no Japão
são tão pontuais que as empresas inclusive se desculpam se, por acaso,
algum trem parte da estação segundos antes do horário oficial.
- Existe uma expressão para as pessoas viciadas em celulares que precisam passar o tempo todo conectadas: “fear of missing out”, também conhecida como FoMO, ou “medo de estar perdendo algo”, aquela sensação de isolamento que se tem ao ficar afastado dos aparelhos eletrônicos e da internet que acaba levando ao vício.
- Há
quatro sistemas de escrita diferentes no Japão: Kanji, de ideogramas de
origem chinesa; Katakana e Hiragana, silabários japoneses; e romaji, a
escrita da língua japonesa em caracteres do alfabeto latino.
- O
Japão detém 18 ganhadores de Prêmios Nobel.
- A maioria das ruas do Japão NÃO tem nome. Ao invés disso, eles numeram os quarteirões e deixam os espaços entre eles – as ruas – sem nome.
Fábulas
Fábulas
são histórias cujos personagens, em geral, são animais personificados ou seres
inanimados. Esse gênero fantástico da literatura procura transmitir uma “lição
de moral” utilizando uma máxima como base para desenvolver o enredo,
enfatizando o bem contra o mal, o certo contra o errado.
Esopo,
um fabulista da Grécia antiga, é considerado um dos maiores criadores desse
gênero literário. Para criar suas fábulas, Esopo utilizou máximas como:
Unidos,
venceremos. Divididos, cairemos. / O amor constrói, a violência arruína. /
Quem tudo quer, tudo perde. / Não se deve contar com o ovo quando ele está
dentro da Galinha.
E
assim foram criadas fábulas como:
O
leão e o rato: Um leão pega um rato, que implora para ser
solto. O rato promete retribuir ao leão em troca de sua vida. O leão concorda e
solta o rato. Poucos dias depois, o rato encontra o leão preso na rede de um
caçador e, lembrando-se da misericórdia do leão, roe a corda até que o leão se
liberte. A moral da história é: “Uma
gentileza nunca é desperdiçada”.
A
tartaruga e a lebre: A
tartaruga e a lebre entram em uma corrida. A lebre zomba da tartaruga,
observando como ela é naturalmente muito mais rápida do que a tartaruga lenta.
Durante a corrida, a lebre faz várias pausas longas e perde tempo relaxando entre
as corridas rápidas. Enquanto isso, a tartaruga avança continuamente. No final,
a tartaruga vence. A moral da história é: “Devagar
e sempre vence a corrida”.
A
raposa e as uvas: Esta fábula é a origem da frase “uvas
verdes”. Uma raposa avista um cacho de uvas no alto de um galho e as quer
muito. Ele dá um salto com corrida para alcançá-los, mas erra. Ele tenta várias
vezes, mas sem sucesso. Finalmente, ele desiste e vai embora com desdém. A
moral da história é: “Há muitos que
fingem desprezar e menosprezar aquilo que está além do seu alcance”.
Várias
frases coloquiais foram brotando, derivadas de fábulas, como “um lobo em pele
de cordeiro” e “uvas verdes”.
O
enredo de uma fábula inclui um conflito simples e uma resolução, seguida de uma
máxima. As fábulas apresentam animais personificados e elementos naturais como
personagens principais. O gênero pode ter uma pitada de humor quando exalta as
tolices do homem. Algumas fábulas também são utilizadas para ensinar às
crianças o comportamento e os valores apropriados à sua cultura.
Para
criar uma fábula, comece escolhendo uma máxima, tema de sua história. Por
exemplo: “Trate os outros como você gostaria de ser tratado”. “Devagar e
sempre, vence a corrida”. “As aparências podem enganar”.
Depois,
escolha dois animais ou objetos inanimados para servirem como personagens
principais. E, escolha as características de seus personagens. Coruja sábia;
raposa astuta; abelha laboriosa; aranha complicada; boi forte, etc.
Escolha
um conflito simples que demonstre seus traços de personalidade. Por exemplo, em
A Tartaruga e a Lebre, uma corrida a pé é o cenário perfeito para contrastar um
personagem que é lento.
E se
você escrevesse sua fábula em verso? Rima e métrica tornarão a fábula memorável
e divertida, isso também oferecerá um desafio para a habilidade de escrita.
Agora é com você. Vamos à sua fábula?
Abaixo temos algumas fábulas muito conhecidas:
A CIGARRA E A FORMIGA
As
histórias são contadas em verso e passaram de geração em geração, se tornando
extremamente famosas ao longo dos séculos. Confira, abaixo, a tradução feita
pelo poeta português Bocage (1765 – 1805):
Tendo a cigarra em cantigas
Passado todo o verão
Achou-se em penúria extrema
Na tormentosa estação.
Não lhe restando migalha
Que trincasse, a tagarela
Foi valer-se da formiga,
Que morava perto dela.
Rogou-lhe que lhe emprestasse,
Pois tinha riqueza e brilho,
Algum grão com que manter-se
Té voltar o aceso estio.
- "Amiga", diz a cigarra,
- "Prometo, à fé d'animal,
Pagar-vos antes d'agosto
Os juros e o principal."
A formiga nunca empresta,
Nunca dá, por isso junta.
- "No verão em que lidavas?"
À pedinte ela pergunta.
Responde a outra: - "Eu cantava
Noite e dia, a toda a hora."
- "Oh! bravo!", torna a formiga.
- "Cantavas? Pois dança agora!"
NA VERSÃO DE ESOPO:
A cigarra passou o verão cantando, enquanto a formiga juntava seus grãos.
Quando chegou o inverno, a cigarra veio à casa da formiga para pedir que lhe desse o que comer.
A formiga então perguntou a ela:
— E o que é que você fez durante todo o verão?
— Durante o verão eu cantei — disse a cigarra.
E a formiga respondeu: — Muito bem, pois agora dance!
MORAL DA HISTÓRIA: Trabalhemos para nos livrarmos do suplício da cigarra, e não aturarmos a zombaria das formigas.
A MESMA FÁBULA NA VERSÃO DE LA FONTAINE:
Uma vez, ao chegar o inverno, uma cigarra que estava morta de fome se aproximou à porta de um formigueiro pedindo comida. Ao seu pedido, as formigas responderam fazendo a seguinte pergunta:
- Por que durante o verão você não fez uma reserva de alimentos como a gente fez?
A cigarra respondeu:
- Estive cantando alegremente o tempo todo e desfrutando do verão plenamente. Se soubesse como seria duro o inverno...!
As formigas lhe disseram:
- Enquanto a gente trabalhou duro durante o verão para ter as provisões e poder passar o inverno tranquilamente, você perdia o tempo todo cantando. Assim, que agora... Continue cantando e dançando!
Mas as formigas sentiram pena pela situação e entenderam que a cigarra tinha aprendido a lição e compartilharam o seu alimento com ela.
Moral da história: Quem quiser passar bem pelo inverno, enquanto for jovem, deve aproveitar melhor o tempo. Existe tempo para se divertir e para trabalhar.
A Lebre e a Tartaruga
Uma lebre estava zombando de uma tartaruga por se
mover tão devagar. A tartaruga, cansada das zombarias da lebre sobre o quão
lento ela estava em seus pés, acabou desafiando a lebre para uma corrida.
“Vou correr com você, lebre”, disse ele; ‘e aposto
que vou ganhar a corrida.’ A lebre concordou com este desafio. Quando a corrida
começou, a lebre saltou na frente, fazendo um bom progresso.
Aliás, ela estava tão à frente da tartaruga que decidiu que podia
se dar ao luxo de parar e descansar. A tartaruga estava tão atrás que um pouco
de descanso não faria mal!
No entanto, a lebre adormeceu profundamente
e, enquanto ele dormia, a tartaruga continuou a se arrastar em seu ritmo lento.
Com o tempo, ela alcançou a linha de chegada e venceu a corrida.
Moral: Devagar
se vai longe.
O Leão e o Mosquito
Um leão ficou com raiva de um mosquito que não parava de zumbir
ao redor de sua cabeça, mas o mosquito não deu a mínima.
— Você está achando que vou ficar com medo de
você, só porque você pensa que é rei? — disse ele altivo e em seguida voou para
o leão e deu uma picada ardida no seu focinho.
Indignado, o leão deu uma patada no mosquito, mas a única coisa
que conseguiu foi arranhar-se com as próprias garras.
O mosquito continuou picando o leão, que
começou a urrar como um louco.
No fim, exausto, enfurecido e coberto de
feridas provocadas por seus próprios dentes e garras, o leão se rendeu.
O mosquito foi embora zumbindo, para contar a
todo mundo que tinha vencido o leão, mas entrou direto numa teia de aranha.
Ali, o vencedor do rei dos animais encontrou seu triste fim, comido por uma
aranha minúscula.
Moral: muitas vezes, o menor dos inimigos é o mais
importante.
A Gansa dos Ovos de Ouro
Um homem e sua mulher tinham a sorte de possuir uma
gansa que todos os dias punha um ovo de ouro. Mesmo com toda essa sorte, eles
acharam que estavam enriquecendo muito devagar, que assim não dava …
Imaginando que a gansa devia ser de ouro por
dentro, resolveram matá-la e pegar aquela fortuna toda de uma vez. Todavia,
quando abriram a barriga da gansa, viram que por dentro ela era igualzinha a
todas as outras.
Foi assim que os dois não ficaram ricos de uma vez
só, como tinham imaginado, nem puderam continuar recebendo o ovo de ouro que
todos os dias aumentava um pouquinho sua fortuna.
Moral: A ambição sem paciência pode
levar à ruína.
A Cadela e a Carne
Uma Cadela levava na boca um pedaço de carne
quando, ao passar por um riacho, viu a sua imagem refletida na água. No
reflexo, a carne parecia muito maior.
Então a cadela soltou a carne que levava entre os
dentes para tentar pegar a que via na água. Assim, acabou ficando sem as duas
carnes. Sem a do reflexo, que não existia, e sem a verdadeira, levada
pela correnteza.
Moral: As ambições só são saudáveis enquanto não arriscam aquilo que já possuímos.
O Leão e o Asno
O Asno, simplório e ignóbil, encontrou-se com o
Leão em um caminho e, presunçoso, atreveu-se dizendo: — Saia do meu caminho e
vá embora!
O Leão parou, observando a grande ousadia, mas
prosseguiu seu caminho, dizendo: — Seria muito fácil matar esse torpe e desfazer-me
dele; porém não quero nem sujar meus dentes, nem minhas unhas, em carne tão
bestial e fraca.
E assim passou, sem prestar mais atenção no Asno.
Moral: Os homens nobres não perdem
tempo com ninharias.
O Leão e o Rato
Um Leão estava dormindo enquanto alguns ratos
brincavam à sua volta. Em um dado momento, pularam em cima dele, acordando-o. O
Leão pegou um deles com a intenção de matá-lo, mas, como o Rato pediu com
muita insistência para que fosse poupado, o Leão acabou o soltando.
Pouco tempo depois, o Leão caiu em uma rede que os
caçadores haviam armado e, apesar de toda a sua força, não conseguiu se
libertar.
O Rato, quando soube do que havia acontecido, foi até o local da
armadilha e, com muito empenho, começou a roer as cordas, até que, rompendo a
armadilha, o Leão ficou livre, como recompensa pela misericórdia que tivera.
Moral: O
poder não é absoluto. Às vezes, os poderosos precisam da ajuda dos mais fracos
para sobreviver.
O Corvo e a Raposa
Um Corvo roubou um pedaço de queijo e fugiu para a
copa de uma árvore. Logo que a Raposa o avistou, ela ficou com água na boca e
desejou pegar o queijo para ela.
Então ela ficou plantada em frente à árvore e
começou a elogiar o Corvo, dizendo: — Como você é belo, gracioso, gentil.
Porém, aposto que o teu canto é ainda mais majestoso e que, quando você canta,
nenhum pássaro pode ser comparado contigo.
O Corvo, lisonjeado, foi ensaiar um canto quando,
ao abrir o bico, deixou cair o pedaço de queijo. A Raposa abocanhou o petisco e
disse ao Corvo: “Se você também tivesse inteligência, não lhe faltaria nada
para ser o rei de todos nós”.
O Corvo, por sua vez, ficou com fome, saboreando
apenas a sua ignorância.
Moral: A vaidade excessiva é irmã da
ignorância.
A Rã e o Boi
Uma rã estava no prado olhando um boi e sentiu tal
inveja do tamanho dele que começou a inflar para ficar maior. Então, outra rã
chegou e perguntou se o boi era o maior dos dois.
A primeira respondeu que não – e se esforçou para
inflar mais. Depois, repetiu a pergunta: – Quem é maior agora? A outra rã
respondeu: – O boi. A rã ficou furiosa e tentou ficar maior inflando mais e
mais, até que arrebentou.
Moral: Nunca tente parecer maior do
que é.
O Lobo e o Cordeiro
Um cordeiro matava a sede em um regato cristalino.
Um lobo faminto, procurando encrenca, ali chegou, guiado pela fome. – Como se
atreve a turvar a água que bebo? Vou castigá-lo por esse desrespeito – disse o
lobo, enfurecido.
– Mas, senhor – respondeu o cordeiro –, não fique
tão nervoso; veja que estou bebendo mais de vinte passos abaixo do lugar em que
o senhor está; logo, não é possível, de onde estou, turvar a água que chega ao
senhor. – Problema seu – disse o lobo cruelmente. – Eu sei que você zombou de
mim ano passado.
– Como pode ser, se eu nasci este ano e continuo
mamando? – Retrucou o cordeiro. – Se não foi você, foi seu irmão. – Mas eu não
tenho irmão.
– Então foi um parente seu. E vocês não me ajudaram, nem vocês, nem os pastores e seus cães. Bem que disseram que eu tinha de me vingar. E foi
assim que, no meio da floresta, o lobo matou o cordeiro e o devorou, sem nenhum
outro julgamento.
Moral: A
razão do mais forte sempre vigora.
O Burro com Pele de Leão
Era uma vez um jumento que achou uma pele de leão
no meio do campo:
“Com esta pele poderei vestir-me de leão e assustar
os outros animais”, pensou entre risos.
O burro vestiu a pele do leão e vagou pelo campo
disfarçado. Ao vê-lo, pessoas e animais correram aterrorizados. Eles pensaram
que o burro era, na verdade, um leão!
Um dia, o burro ficou tão orgulhoso de sua
conquista que soltou um zurro alto. Perto, havia uma raposa astuta que não
podia ser enganada.
“Tire essa fantasia, seu burro atrevido”, disse a
raposa. Você parece um leão, mas do jeito que você zurra, você só pode ser um
burro.
Moral: Seja você mesmo, não finja ser
o que você não é.
O Pastorzinho Mentiroso
Era uma vez um pastorzinho que cuidava de seu
rebanho no alto do morro. Ele estava muito entediado e, por diversão,
ocorreu-lhe fazer uma brincadeira com os aldeões. Após respirar fundo, o
pastorzinho gritou:
“Lobo, lobo! ” Há um lobo perseguindo as ovelhas.
Os aldeões vieram correndo para ajudar o menino
pastor e afugentar o lobo. Mas quando chegaram ao topo da colina não
encontraram nenhum lobo. O pastorzinho riu quando viu seus rostos zangados.
“Não grite lobo, quando não há lobo nenhum”,
disseram os aldeões, e desceram raivosamente a colina.
Depois de algumas horas, o pastorzinho gritou
novamente:
“Lobo, lobo! ” O lobo está perseguindo as ovelhas.
Os aldeões correram para ajudá-lo novamente, mas,
vendo que não havia lobo, disseram severamente ao pastor:
“Não grite lobo quando não há lobo, faça isso
quando um lobo está realmente perseguindo a ovelha. ”
Mas o menino pastor ainda estava rolando de rir
enquanto observava os aldeões descerem a colina mais uma vez. Mais tarde, o
menino pastor viu um lobo perto de seu rebanho. Assustado, gritou o mais alto
que pôde:
“Lobo, lobo! ” O lobo persegue a ovelha.
Mas os aldeões pensaram que ele estivesse tentando
enganá-los novamente, e desta vez eles não foram em seu auxílio. Então, o
pastorzinho chorou inconsolavelmente enquanto observava o lobo fugir com todas
as suas ovelhas.
Ao pôr-do-sol, o pastorzinho voltou à aldeia e
disse a todos:
“O lobo apareceu na colina e escapou
com todas as minhas ovelhas. ” Por que não quiseram me ajudar?
Então os aldeões responderam:
— Teríamos ajudado, como fizemos antes; mas ninguém
acredita em um mentiroso mesmo quando ele diz a verdade.
Moral: Na boca do mentiroso, o certo é
duvidoso!
O Corvo e o Jarro
Era uma vez um corvo sedento que voou por muito
tempo em busca de água, até que encontrou uma jarra com um pouco do precioso
líquido. A jarra tinha um gargalo longo e estreito e, por mais que tentasse,
o corvo não
conseguia alcançar a água com o bico.
Desesperado, o corvo pensou em derrubar o jarro e
tirar a água antes que a terra a absorvesse, mas o jarro era tão pesado que não
se movia com os esforços do pobre corvo.
Depois de um tempo, outra ideia lhe ocorreu; ele
pegou algumas pedrinhas e as jogou na jarra, uma a uma. Assim, a cada
pedrinha, a água subia um pouco mais alto, até que finalmente estava perto o
suficiente para beber. Feliz, o corvo pegou a água e voou.
Moral: Para resolver problemas é
preciso muita calma e engenhosidade.
IN MEDIA RES. - 21 DE FEVEREIRO DE 2024
IN MEDIAS RES: In
medias res é uma frase latina que significa “no meio das coisas”. Na escrita,
usamos esse termo para descrever uma história que começa no meio da ação, sem o
preâmbulo de uma introdução. O impacto imediato no público provoca a emoção que
o fará seguir adiante. O narrador
colocando o leitor no centro da ação, ele emprega uma sensação de urgência,
tornando a narrativa mais imersiva. É uma estratégia poderosa para cativar o
público. Muito diferente das histórias que seguem uma sequência linear de cronologia.
Ilíada
de Homero, já começa no meio da Guerra de gregos e troianos. Odisseia, o poema
começa 10 anos após a Guerra de Troia, com o protagonista, Odisseu, sendo
mantido em cativeiro pela deusa Calipso. O resto da história é contada em
flashbacks, que exploram os acontecimentos que levaram à cena de abertura.
1.
Comece pelo meio. Escolha um momento culminante, conflito, discussão, briga,
revelação – qualquer coisa que indique que alguma cadeia de eventos ocorreu
neste mundo antes do momento crucial.
2.
Injete sua história de fundo. Se você começar sua história no meio, o público
eventualmente precisará saber quem são esses personagens e o que está
acontecendo. Informações relevantes podem ser fornecidas por meio de
flashbacks, fluxos de pensamento, alteração da voz do narrador, ou por meio de
diálogo - mas há um equilíbrio que todo escritor deve encontrar ao fornecer
informações suficientes ao leitor para que ele entenda a situação atual sem
despejar um tesouro de conhecimento sobre ele.
3.
Torne isso urgente. A cena que você escolher para iniciar deve ser um momento
crucial e de alto risco para os personagens principais de sua história e deve
fazer parte integrante do enredo. Provoque o leitor, deixe-o ansioso imaginando
como e por que aconteceu, e ansioso também para saber se tudo vai dar certo
para os protagonistas.
TAREFA 1: Uma herança bilionária leva uma
família inteira ao desiquilíbrio, à ganância, e ao crime.
TAREFA 2: Uma pessoa está desaparecida, ela
foi sequestrada, e isso gera tumulto familiar e empresarial.
Quando os autores não se preocupam em empenhar emoção na história, é muito provável que a história não faça a necessária conexão com o leitor. Pois é através da emoção contida na trama que o leitor sentirá empatia com o enredo. Se não houver essa conexão, é porque não houve emoção suficiente no texto.
Não tenham medo da pieguice, não fujam daquilo que é importante para segurar seu leitor: emoção textual. O texto é sua mercadoria, ofereça a melhor, a mais atraente, a mais empolgante.
Além do já costumeiro conselho “mostre, em vez de contar”, vocês, escritores, precisam ir mais fundo, se apoderando dos pensamentos dos personagens, das expressões faciais, dos sinais através dos olhares, dos movimentos corporais. Não devem ter receio de levar o personagem às lágrimas, ou às últimas consequências. Façam isso e explorem os sentimentos deles para contagiar o leitor. Invoquem o passado do personagem para provocá-lo, tragam à tona um amor esquecido que vem agora torturá-lo, um crime escondido, um segredo que ele jamais imaginou as consequências se fosse revelado. Provoquem seus personagens! Trabalhem arduamente na emoção do personagem, na emoção textual.
Descrevam dores e sofrimentos, mostrem seus corações batendo forte, o suor escorrendo pelas costas ou suas mãos ficando dormentes por cerrar os punhos. Podem ir além, dizendo ao leitor que ele teme pela sua vida. Sim, numa conversa do narrador com o leitor, ou do personagem com o leitor, mostrem a insegurança, o medo do personagem. Explorem tudo através das figuras de linguagem, escolham um título chamativo, façam valer as ferramentas literárias que moram nos confins de tantas escritas.
Criar dois contos tendo o cuidado de empenhar emoção nos personagens, e no enredo.
TAREFA 1: “Uma jovem de 15 anos faz inquietas descobertas por meio de linhas telefônicas cruzadas”
TAREFA 2: Uma milionária, importante empresária do ramo de minérios, sofre um mal súbito e perde a memória.
As emoções humanas nos ajudam a lidar com a vida cotidiana, permitindo-nos comunicar ou demonstrar o que sentimos em relação a certas situações, pessoas, fatos, pensamentos, sentidos, sonhos e memórias.
Muitos psicólogos acreditam que existem seis tipos principais de emoções, também chamadas de emoções básicas. Eles são: felicidade, raiva, medo, tristeza, desgosto e surpresa. A felicidade é a nossa reação ao positivo, assim como o desgosto é o revoltante e a surpresa é o inesperado. Da mesma forma, reagimos à aversão por meio da raiva, ao perigo por meio do medo e à dificuldade ou perda por meio da tristeza.
Todas as outras emoções são variedades de emoções básicas. Depressão e luto, por exemplo, são variedades de tristeza. O prazer é uma variedade de felicidade, e o horror é uma variedade de medo. De acordo com psicólogos, as emoções secundárias se formam combinando graus variados de emoções básicas. Assim, surpresa e tristeza produzem decepção, enquanto nojo e raiva produzem desprezo. Múltiplas emoções também podem produzir uma única emoção. Por exemplo, raiva, amor e medo produzem ciúme.
Cada emoção é caracterizada por qualidades fisiológicas e comportamentais, incluindo as de movimento, postura, voz, expressão facial e flutuação da taxa de pulso. O medo é caracterizado por tremores e aperto dos músculos. A tristeza aperta a garganta e relaxa os membros. A surpresa é uma emoção particularmente interessante, caracterizada por olhos arregalados e queixo caído, que dura apenas um momento e é sempre seguido por outro tipo de emoção.
Com os personagens literários, não é diferente. Eles têm reações reais aos conflitos, e essas reações são gatilhos emocionais que promovem a sequência da história.
Aqui apontamos algumas delas para ajudar o escritor no desenvolvimento emocional do personagem:
Apatia / Ansiedade / Tédio / Compaixão / Desprezo / Êxtase / Empatia / Inveja / Medo / Constrangimento / Euforia / Perdão / Frustração / Gratidão / Mágoa / Culpa / Ódio / Esperança / Horror / Saudades / Histeria / Amor / Paranoia / Piedade / Prazer / Orgulho / Raiva / Arrependimento / Remorso / Simpatia...
Hoje falaremos do MEDO, emoção que atribuiremos ao nosso protagonista na história que será criada em na aula on-line:
O medo é a reação emocional a uma fonte real e específica de perigo. Um mecanismo de sobrevivência, o medo está geralmente relacionado a uma apreensão em relação à dor. O medo severo é uma reação ao perigo terrível que se aproxima, e o medo trivial ocorre como resultado de um confronto que não representa uma ameaça significativa. Os graus de medo variam de uma leve cautela à paranoia. O medo pode afetar a mente inconsciente por meio de pesadelos.
O medo é muitas vezes confundido com a ansiedade, que é uma emoção muitas vezes exagerada e vivenciada mesmo quando a fonte do perigo não está presente ou tangível. Embora o medo esteja ligado à ansiedade e a outras condições emocionais, como paranoia e pânico, é uma emoção separada por si só.
Os psicólogos descobriram que o medo pode ser ensinado. Por exemplo, as crianças podem ser condicionadas a temer certas coisas. Além disso, acidentes acendem medos. Uma criança que cai em uma piscina e luta para nadar pode desenvolver um medo de piscinas, natação ou água.
SEGUNDO CONTO: nova história será criada, e o protagonista reagirá com RAIVA: (pesquisar mais)
A raiva é a emoção que expressa aversão ou oposição a uma pessoa, ou coisa que é considerada a causa da aversão. Os psicólogos consideram a raiva uma emoção natural necessária para a sobrevivência. A raiva pode trazer melhorias comportamentais; no entanto, a raiva descontrolada pode causar problemas sociais e pessoais.
Os psicólogos dividem a raiva em três categorias. Um tipo de raiva é uma reação instintiva a ser preso ou ferido. Outro tipo é uma reação à percepção de ser intencionalmente prejudicado ou maltratado por outros. O terceiro tipo de raiva, que inclui a irritabilidade, reflete os traços de caráter pessoal de um indivíduo.
A raiva às vezes é exibida por meio de atos agressivos repentinos e evidentes. Um indivíduo incontrolavelmente zangado é suscetível a perder a capacidade de fazer julgamentos sensatos e agir com responsabilidade. A raiva extrema é obviamente autodestrutiva, assim como a raiva que não é expressa externamente e mantida internamente. A raiva é muitas vezes mal utilizada por indivíduos que agem com raiva como um meio de manipular os outros.
CONTO DE MISTÉRIO E SUSPENSE
06 de dezembro de 2023
A narrativa que envolve mistério e suspense é particularmente interessante por seus detalhes. O enredo deste gênero pode tratar de um crime, de uma traição… ou de terror.
O formato da linguagem é fundamental para criar suspense. Há expressões apropriadas para este gênero literário. Como exemplo, os advérbios fazendo parte da narrativa para emprestar um ar de “rotina quebrada” chamando o leitor para a história:
Subitamente
Inesperadamente
Repentinamente
Sorrateiramente
Bruscamente
Assustadoramente
Imprevisto
Perceba que, em sua maioria, são os advérbios de modo que ilustram a quebra do cotidiano das histórias de suspense.
O Conto de Mistério e Suspense obedece algumas “regras” para ter cheiro, sabor, formato e impacto de suspense:
- Quase não há diálogo nesse gênero. E quando há, é porque está sendo usado como dispositivo para criar implicações, mistérios e inferências. Muitas vezes as palavras ou frases são enigmáticas, o que favorece esse gênero literário, e ajudam a tornar o diálogo misterioso. No entanto, não se deve exagerar, tornando cada frase tão obscura que o leitor fique totalmente perdido.
- Quando se deseja que o texto tenha aspecto de relato pessoal em tom de confissão, cumplicidade, usa-se a primeira pessoa “Eu”. Esse método, utilizado por grandes escritores como Edgar Allan Poe, promove um ar de credibilidade ao que se conta, como se o narrador tivesse feito parte dos fatos. Há também a narrativa em terceira pessoa (observador ou onisciente: que tudo viu, tudo sabe e expõe pensamentos e sentimentos das personagens).
- Destacam-se adjetivos e os verbos de ações inusitadas. Todo o texto bem combinado com boas metáforas.
- O suspense é criado pela interrupção da narrativa num momento culminante.
- Este gênero é guiado pelas vozes aflitas (terror), sussurros, gritos, segredos, códigos, chaves, murmúrios...
- Bom que haja diversas pistas: umas falsas e outras verdadeiras.
- Atentar para que a estrutura do texto responda a todas essas questões:
O QUÊ? – O (s) fato (s) que determina (m) a história;
QUEM? - O personagem ou personagens;
COMO? - O enredo, o modo como se costuram os fatos;
ONDE? - O lugar ou lugares da ocorrência
QUANDO? - O momento ou momentos em que se passam os fatos;
POR QUÊ? - A causa do acontecimento.
- O ambiente pode ser inicialmente claro e limpo, mas de repente fica desconfortável. Ouvem-se ruídos estranhos. Os 5 sentidos são aguçados, e precisam ser empregados no texto: ouvir gotejamentos, sussurros, passos, um objeto que cai, o vento zunindo que desloca um papel. Há de se ter desconfiança e curiosidade. Em suma, o suspense tem que estar presente no texto.
- Use palavras, vocabulário específico para criar suspense: adjetivos expressivos, exagerados; advérbios de modo, de lugar, de tempo que acrescentem circunstâncias especiais às ações.
- Crie um desfecho inusitado, surpreendente.
Criar os textos:
- História de suspense/investigativo.
Cenário de suspense ESTAÇÃO DE METRÔ. Um passageiro presencia um crime, um assassinato. Ele aproveita o celular que já estava sendo usado, e faz o vídeo do crime. O criminoso percebe isso, e...
APÓS A ESCRITA DO CONSIDERADO RASCUNHO: Com mais tempo, melhore sua história, dê a ela frases mais apropriadas, avalie se o texto entrega o que promete – suspense – segredo – medo – desconfiança – perseguição. Use a sinestesia, os 5 sentidos, as metáforas... RELEIA O TEXTO - Envie seu conto (não se preocupe com o tamanho dele, pois não será possível criar um texto curto com esse apelo). Trabalhe o enredo para culminar em um desfecho que surpreenda.
PRAZO: fevereiro 2024.
Não se preocupe com o tamanho do texto.
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