PROJETO MEU ROMANCE
UMA HERANÇA INESPERADA
Vanessa
Proteu
Em
uma tarde nublada, Charles Alvim estava em casa, rodeado por livros e algumas
garrafas de vinho que ele adorava degustar em momentos de reflexão. Com 35 anos,
ele era um homem reservado, que preferia a companhia de seu gato Simão a se
misturar com as pessoas. Apesar de ser um investigador excepcional, sua vida
pessoal era marcada pela solidão e por traumas do passado que ele tentava curar
em sessões de terapia.
Enquanto
Charles organizava suas anotações sobre um caso recente, ouviu a campainha
tocar. Era sua vizinha. Flávia, aparecia frequentemente com alguma desculpa
para conversar. Ela sempre demonstrava interesse por ele, mas Charles mantinha
a guarda alta. “Oi, Charles! Eu trouxe
algumas tortinhas que fiz. Posso entrar?”, disse ela com um sorriso
caloroso.
“Claro, Flávia”, respondeu ele, tentando
ser educado enquanto pensava em como poderia voltar rapidamente ao seu
trabalho. Ao passo que ela falava sobre as últimas novidades do bairro, Charles
não pôde deixar de notar como ela olhava para ele, uma mistura de admiração e
preocupação. Era ela uma mulher de beleza natural, usava roupas cuja estampa
destacava sua meiguice e sensibilidade. Uma mulher agradável e dedicada aos
estudos. Gostava de ler, em especial, poesias.
A
conversa foi interrompida por uma notificação no celular de Charles. Era uma
mensagem inesperada: “Você recebeu uma herança da tia Sônia Alvim. Venha ao
cartório amanhã para mais informações.” Ele ficou surpreso; não via sua tia há
anos e sempre soubera que a relação entre ela e seu pai era complicada.
Após
a visita de Flávia, Charles não conseguiu se concentrar mais no trabalho. As
memórias da infância começaram a ressurgir: os encontros raros com a tia, seus
sorrisos calorosos e o jeito especial que tinha de contar histórias. Ele também
se lembrava do clima tenso entre ela e o pai, que sempre o fazia sentir-se
dividido.
No
dia seguinte, Charles foi ao cartório. A funcionária o recebeu com simpatia e
entregou-lhe os documentos da herança: uma pequena casa no interior e uma
coleção de objetos antigos que pertenciam à falecida. A casa parecia um refúgio
tranquilo, longe da agitação da cidade.
Ao
retornar para casa, Charles ponderou sobre o que fazer com essa herança. A
ideia de ter um espaço onde pudesse se isolar ainda mais o atraía, mas também
havia algo dentro dele que desejava explorar esse legado familiar.
Nos
dias seguintes, enquanto investigava os objetos deixados por sua tia — cartas
antigas e fotos desbotadas — começou a sentir uma conexão renovada com ela. As
cartas revelavam um lado da história familiar que ele nunca conhecera: as lutas
de sua tia contra os fantasmas do passado e como ela havia encontrado consolo
na arte e na escrita.
Inspirado
por essas descobertas, Alvim decidiu visitar a casa deixada por Sônia no fim de
semana seguinte. Ao chegar lá, encontrou um lugar cheio de história e
personalidade; cada quarto contava uma parte da vida dela. Ele sentiu uma onda de
emoções: tristeza pela perda dela e alegria pela chance de redescobrir suas
raízes.
Enquanto
explorava o lugar, ouviu um suave miado vindo do jardim. Um gato preto apareceu
entre as flores; era como se estivesse esperando por ele. Charles sorriu ao perceber
que ali também poderia encontrar um novo começo.
Nos
dias seguintes, ele começou a passar mais tempo na casa que havia herdado,
organizando os pertences e refletindo sobre sua própria vida. A presença do
gato se tornou reconfortante; foi ali que Charles percebeu que não precisava
viver sozinho ou carregar seus traumas sem ajuda.
E
assim, com Flávia sempre presente para oferecer apoio e amizade nas tardes
solitárias e o novo amigo felino ao seu lado na casa da tia, Charles Alvim
começou a entender que se abrir para os outros poderia ser tão gratificante
quanto desvendar os mistérios do mundo exterior.
Ele
ainda era o detetive observador e organizado que todos admiravam — mas agora
também estava aprendendo a ser mais vulnerável e acolhedor consigo mesmo e com
aqueles ao seu redor. E essa nova fase em sua vida prometia ser tão intrigante
quanto qualquer caso que já tivesse resolvido.
A FORÇA DO DESTINO
Charles
Alvim sempre se considerou um homem de ação. Alguém que moldava seu próprio
destino por meio de trabalho árduo e determinação. Sim, ainda havia nele um
pouco de fé, mas ele a guardava para si, mostrando-se cético diante dos outros.
Como investigador, precisava ser frio em suas análises e por isso sempre
acreditou no poder das escolhas.
Parece,
no entanto, que a vida nem sempre nos dá a chance de escolher bem e, de fato,
há coisas que estão além da nossa compreensão.
No
período da escola, o futuro investigador, era só um garoto franzino, pouco
popular e de temperamento passivo-agressivo. Ele sabia revidar usando
argumentos. Ninguém mexia com o Charlesim. Logo, conquistou amigos que dividiam
o mesmo interesse por livros e filmes de investigação e, por estes, era chamado
de Zim.
Nessa
fase de sua vida, acabou se apaixonando por uma garota um tanto quanto esnobe.
Sara era o nome dela. Eles tiveram um relacionamento efêmero, onde Sara o traiu
com seu melhor amigo, Lucas. Na época, os dois brigaram e Lucas levou uma surra
de Zim. O “amigo” não ousou revidar por julgar merecido.
O
tempo passou e Charles não havia tirado Sara dos seus pensamentos. Ele se
fechou para o amor como uma planta dormideira se fecha ao toque do vento.
Agora,
longe da cidade onde tudo aconteceu, o destino trouxe de volta à lembrança o
inevitável.
Zim
recebe a indecente proposta de investigar um suposto caso de adultério.
Trata-se de uma investigação particular. Ele fora indicado por um conhecido e
foi até o local ver se valeria a pena aceitar ou não o caso.
Chegando
lá, um cara alto, bem-vestido e cheio de si, se apresentou:
—
Olá, meu nome é Lucas Vicente. Preciso de um detetive para investigar se minha
esposa Sara realmente está me traindo.
Perplexo
com as reviravoltas da vida, Charles se apresenta e diz com voz firme:
—
Acaso não sabe quem eu sou? Fui seu melhor amigo no passado. E hoje a vida me
trouxe aqui para dizer que talvez tenha sido um livramento.
Lucas
ficou atônito, gaguejou e meio que desconfortável, sorriu dizendo:
— É
você mesmo, Zim? Como o tempo passa. Sei que no passado tivemos nossas
desavenças, mas estou desesperado. Nós nos mudamos para cá, pois precisei vir a
trabalho. Um colega me indicou dizendo ser um dos melhores, quiçá o melhor
dessa cidade. Não imaginei que seria você.
—
Nem nos meus maiores pesadelos pensei em te ver novamente. — Bradou Alvim,
batendo o punho sobre a mesa de modo a chamar a atenção dos outros clientes do
bistrô no qual estavam.
Levantou-se
rapidamente, dando as costas a Lucas e a tudo o que aquele amigo representara.
Seus olhos ficaram marejados e um nó desenvolveu-se em sua garganta.
Quando
finalmente chegou à casa, tirou os sapatos, jogando-os num canto. Era
impossível não abrir a garrafa de vinho que recebera de presente de um de seus
clientes. Na caixinha de som, a música do artista de quem era fã, Alexandre
Pires, cuja letra trazia: “isso é coisa do destino. Eu sofri, mas
estou indo. Hoje vou resistindo, essa dor me consumindo…” Acariciou seu
gato Simão bem como o Noturno, gato herdado de sua tia Sônia e refletiu sobre
tudo o que havia vivido. Mas em poças de lágrimas, sorriu, deixando uma
gotícula de vinho escapar de sua boca e manchar mais uma de suas camisas
preferidas. Desta vez, no entanto, nem se importou. Queria, de fato, saborear o
tinto sabor da vingança concedida a ele pelo destino.
DEVANEIOS E MISTÉRIO
A
noite se arrastava e cada minuto parecia uma eternidade. O som incessante de
batidas e murmúrios vinha de baixo da janela como se uma figura enigmática
estivesse determinada a me manter acordado. Olhei para o relógio na cabeceira
da cama. Já passava das 2h da manhã e a escuridão do quarto parecia engolir
qualquer vestígio de clareza que eu ainda tinha. Minha mente fervilhava com
tudo o que acontecera durante o dia.
Isso
sem falar nos acontecimentos estranhos na cidade e dos casos ainda
inexplicáveis de desaparecimentos. E agora aquela mulher lá fora.
Levantei-me
devagar e fui até a janela. A lua cheia iluminava o cenário com uma luz
prateada revelando uma figura magra e agitada. Seus cabelos desgrenhados
balançavam com o vento e ela murmurava palavras incompreensíveis.
—
Ei, você está bem? — Chamei-a hesitante.
Ela
respondeu com semblante angustiado:
—
Eles estão vindo; eles não são o que parecem!
Fiquei
intrigado, apesar de não dar muita ideia a uma louca.
— Senhora,
vá dormir e me deixe dormir também! — E ela repetia com constância as mesmas
palavras.
Não
consegui voltar para a cama e sentei-me à mesa na penumbra da cozinha. Abri
outra garrafa de vinho para acalmar meus pensamentos. Fui para o escritório, acendi
a velha luminária que pouco iluminava as minhas ideias, busquei minhas
anotações sobre o caso em questão, ao passo que as palavras desconexas daquela
mulher pairavam sobre minha cabeça. O que ela queria dizer com aquilo?
Mais
uma taça até as coisas fazerem sentido e quando me dei conta, já era dia.
Liguei a TV para acompanhar os noticiários e a manchete me chamou a atenção: “Eles estão chegando em nossa cidade. O
deputado César Azevedo e sua família se mudarão para uma fazenda na região.”
Ao
ler a manchete, balbuciei, involuntariamente, as palavras daquela senhora:
“eles estão vindo; eles não são o que parecem.”
A
adrenalina correu em minhas veias enquanto eu tentava juntar as peças do
quebra-cabeça. O deputado César Azevedo não era um nome qualquer; ele trazia
consigo uma história de controvérsias, promessas não cumpridas e um passado que
muitos preferiam esquecer. As palavras da mulher ecoavam em minha mente, e eu
sabia que precisava agir.
Decidi
sair e investigar mais sobre a fazenda que ele havia adquirido. O dia estava
ensolarado, mas uma sensação de inquietude pairava no ar. Peguei meu carro e
dirigi até a propriedade. Ao chegar, percebi haver uma movimentação estranha.
Carros de luxo estacionados, pessoas em trajes formais conversando em grupos,
mas o que mais me chamou a atenção foi um grupo de homens que pareciam estar
monitorando tudo com olhares desconfiados.
Aproximando-me
discretamente, ouvi fragmentos de conversas sobre “negócios” e “o plano”. Meu
coração acelerou. O que estava acontecendo ali? A imagem da mulher do dia
anterior voltou à minha mente; ela poderia ter razão.
Resolvi
me infiltrar na festa disfarçando-me como um dos convidados. Com um copo na mão
e um sorriso no rosto, comecei a circular pelo local. Consegui ouvir mais sobre
as intenções do deputado: ele estava planejando transformar a fazenda em um
centro de eventos para atrair turistas e investidores, mas havia algo mais
sinistro por trás disso — uma proposta para desviar recursos públicos para seus
próprios interesses.
Com
isso em mente, decidi que precisava de provas. Encontrei um acesso aos fundos
da propriedade e, ao entrar na sala dos arquivos, encontrei documentos que
confirmavam minhas suspeitas: contratos fraudulentos, pagamentos em dinheiro
vivo e até mesmo referências a pessoas desaparecidas que poderiam estar ligadas
a esse esquema.
Enquanto
examinava os papéis, ouvi passos se aproximando. Meu coração disparou.
Precisava sair dali antes que fosse pego. Com os documentos escondidos sob a
roupa, corri para a saída e consegui escapar por pouco.
De
volta à cidade, fui direto à delegacia local. Relatei tudo o que descobri ao
chefe da polícia. Ele inicialmente hesitou, mas quando mostrei os documentos,
seu semblante mudou. Ele sabia que precisava agir rapidamente.
Nas
semanas seguintes, o caso tomou proporções maiores do que eu esperava. A
polícia realizou uma operação na fazenda e prendeu o deputado com seus
cúmplices. Os desaparecimentos foram investigados e alguns dos indivíduos foram
encontrados — vítimas de um esquema cruel que explorava pessoas vulneráveis.
No
final das contas, aquela noite sem sono me levou a descobrir uma verdade
sombria escondida sob a superfície da cidade. A mulher da janela? Eu nunca
soube seu nome ou se ela era realmente louca, mas sua advertência me salvou de
um destino muito pior.
Enquanto
observava o sol nascer após dias de caos, percebi que às vezes é preciso ouvir
as vozes ignoradas ao nosso redor; elas podem ser as chaves para abrir portas sombrias
que muitos preferem manter fechadas. E assim, a cidade começou a se curar
lentamente das feridas profundas causadas pela ambição desmedida de alguns —
tudo graças ao impulso de uma noite insone.
UM CRIME NA BIBLIOTECA
O
detetive Charles Alvim estava tomando seu café em um pequeno bistrô quando
recebeu uma ligação urgente. O corpo de uma mulher havia sido encontrado na
Biblioteca Municipal, e a cena do crime precisava de sua atenção imediata.
Assim
que chegou ao local, Charles notou a agitação dos bibliotecários e o murmúrio
dos visitantes que tentavam entender o que estava acontecendo. Ele se dirigiu à
sala de leitura, onde o corpo da vítima, uma bibliotecária chamada Elisabete,
estava deitado entre as estantes repletas de livros. A expressão em seu rosto
era de terror.
Charles
começou a examinar a cena e, ao chegar mais perto, percebeu que já tinha visto
aquela mulher antes. Não se lembrava muito bem de onde, mas tinha a sensação de
já a ter visto.
Não
havia sinais de luta, mas uma pilha de livros ao lado do corpo chamou sua
atenção. Eram todos títulos sobre mistérios e crimes não resolvidos. Ele se
perguntou se Elisabete estava lendo algo que poderia ter levado à sua morte.
Conversando
com os funcionários da biblioteca, Charles descobriu que a senhora tinha um
interesse especial por enigmas e frequentemente organizava grupos de leitura
sobre literatura policial. Um dos participantes, um homem chamado Ricardo,
parecia particularmente perturbado pela notícia. Ele mencionou que a
bibliotecária havia encontrado um livro raro que poderia conter pistas sobre um
crime antigo.
Intrigado,
Charles decidiu investigar o livro mencionado. Ele procurou na seção de
raridades da biblioteca e encontrou um volume empoeirado com anotações à
margem. As anotações eram trechos de cartas escritas por um famoso criminoso do
passado, e algumas faziam referência a um local secreto na cidade.
Com
essa nova pista em mãos, Charles seguiu para o endereço indicado nas cartas. Ao
chegar lá, encontrou uma pequena caverna escondida sob um parque. Dentro, havia
objetos antigos e documentos que revelavam a conexão entre o criminoso e uma
série de crimes não resolvidos que assombravam a cidade há décadas.
Enquanto
analisava as evidências, Charles percebeu que Elisabete não havia apenas
encontrado o livro; ela estava prestes a desvendar um mistério muito maior. Mas
alguém não queria que isso acontecesse.
De
volta à biblioteca, ele confrontou Ricardo. Após um intenso interrogatório,
ficou claro que Ricardo estava tentando proteger seu próprio segredo: ele era
descendente do criminoso mencionado nas cartas e não queria que a vítima
revelasse a verdade sobre seu passado familiar. Cruzando informações, ele
percebeu que Ricardo tinha negócios com o deputado César Azevedo e assim ele se
lembrou de onde conhecia a vítima. Elisabete era a mulher que o incomodara
debaixo da janela. Infelizmente, Charles não conseguiu ajudá-la. Mas, usando
suas habilidades, fez todo o possível para desvendar esse terrível crime.
Com
as provas em mãos e a motivação clara, conseguiu resolver o caso. Ricardo foi
preso, e a memória de Elisabete foi honrada com uma nova seção na biblioteca
dedicada aos mistérios não resolvidos intitulada: Devaneios e mistério
Charles
Alvim saiu da biblioteca com a sensação de dever cumprido, mas também com uma
reflexão profunda sobre como o conhecimento pode ser tanto uma bênção quanto
uma maldição. E assim, mais um caso foi desvendado nas páginas da história da
cidade.
REVIRAVOLTAS NUM CRIME PASSIONAL
Em uma
manhã ensolarada Lara decidiu que seria o dia perfeito para fazer uma surpresa
para seu marido Rafael. Após alguns anos de rotina ela sentia que a paixão
deles precisava de um toque especial. Com isso em mente, ela dirigiu-se ao
salão de beleza e transformou seus longos cabelos castanhos em um corte curto e
ousado, tingindo-os de um ruivo vibrante. Para completar o visual, escolheu um
vestido justo que acentuava ainda mais suas belas curvas, algo que raramente
usava no dia a dia.
Com
o coração acelerado, Lara chegou ao escritório de Rafael. Ao entrar no prédio
sua confiança crescia, no entanto, ao avistar seu marido, a expressão dele
mudou drasticamente. Ele paralisou com os olhos arregalados e a boca aberta em
sinal de incredulidade, mas antes que pudesse reagir, uma mulher alta,
elegante, bem vestida aproximou-se de Rafael com um sorriso sedutor, colocou as
mãos levemente sobre seus ombros acariciando até o pescoço e falando bem
próximo à sua boca.
Lara
percebeu a conexão instantânea entre os dois. Desconcertada e ferida, decidiu
se afastar discretamente e enquanto caminhava pelo corredor sua mente
fervilhava com pensamentos confusos e emoções conflitantes. Afinal, o que
deveria ser um momento especial havia se transformado em um pesadelo.
Todavia,
o pior ainda estava por vir. Naquela mesma tarde Lara recebeu uma ligação
preocupante. Alguém foi encontrado morto
no estacionamento do seu marido.
O corpo era de Estela, a mulher que estava com
Rafael horas antes. O detetive Charles Alvim foi chamado para investigar o
crime, afinal ele era conhecido por sua astúcia e habilidade para desvendar
mistérios complexos.
Ele
começou a interrogar testemunhas e coletar evidências. Rafael, bem como os
outros funcionários da empresa, alegaram não saber de nenhuma rivalidade entre
a colega de trabalho e outrem, mas ao verificar algumas imagens das câmeras,
Charles percebeu a visita de Lara no local e acabou por envolvê-la na
investigação.
Lara
relatou suas suspeitas e as coisas mudaram de rumo. Deste modo, após uma
análise minuciosa, alguém percebeu que ela havia flertado com outros homens na
empresa e tinha uma reputação bastante duvidosa. A tensão aumentava à medida
que Charles seguia as pistas que levavam a Rafael como possível suspeito.
Conforme
a investigação avançava, Lara se viu cada vez mais presa em um emaranhado de
emoções e incertezas. O detetive Charles Alvim, determinado a esclarecer o
caso, começou a reunir evidências que apontavam para um possível esquema de
extorsão envolvendo Estela. A mulher, conhecida por suas manipulações, havia se
envolvido com vários homens da empresa, inclusive Rafael, mas nada parecia
sugerir que ele tivesse motivos para matá-la.
Certa
noite, enquanto analisava as provas em seu escritório, Charles recebeu uma
informação crucial: a vítima havia deixado um diário secreto que continha
detalhes sobre seus relacionamentos e ameaças que havia feito a algumas
pessoas. Ao investigar mais a fundo, Charles descobriu que a jovem estava
prestes a revelar um escândalo envolvendo um alto executivo da empresa — alguém
que poderia ter muito a perder com essa revelação.
Com
isso em mente, Charles convocou Rafael para uma conversa. Durante o
interrogatório, ele revelou haver terminado seu relacionamento com Estela meses
antes do crime e que ela estava obcecada por ele desde então. Ele também
mencionou uma conversa estranha que teve com ela dias antes de sua morte, onde
ela insinuou saber segredos comprometedores sobre outras pessoas.
Com
essas novas informações em mãos, Charles conseguiu identificar um suspeito: um
colega de trabalho que havia sido visto discutindo acaloradamente com ela na
véspera do crime. Após uma investigação minuciosa, o detetive descobriu que
esse homem tinha um histórico de violência e um motivo claro para silenciar Estela.
Quando
as evidências foram apresentadas à polícia, o verdadeiro culpado foi preso.
Lara e Rafael puderam finalmente respirar aliviados. A revelação do escândalo
na empresa trouxe à tona uma série de mudanças e demissões, mas Lara percebeu
que o mais importante era reconstruir a confiança e o amor entre eles.
Com
o peso das suspeitas afastado, Lara decidiu surpreender Rafael novamente — não
apenas com sua nova aparência ousada, mas também com uma viagem romântica para
reavivar a paixão entre eles. O casal partiu para um destino paradisíaco, onde
podiam deixar as sombras do passado para trás e recomeçar sua história juntos,
mais fortes e unidos do que nunca.