PROJETO MEU ROMANCE
HENRIQUE SCHNAIDER
CAPÍTULO 1
O
SONHO QUE SE TORNA REALIDADE
João Morais era um nordestino que veio já do Sertão
da Paraíba. Chegou em São Paulo com uma mão na frente e outra atrás, mas com a
fibra que todo nordestino tem, fez de tudo para não ficar parado, trabalhou de servente
pedreiro, deu um duro danado, agarrava todo bico que aparecia.
E com isso, devido a sua fibra, conseguiu se
estabilizar financeiramente, não passando por apuros. Conseguiu até juntar um
dinheirinho e começou a frequentar um curso intensivo de madureza, pois tinha
pressa, já que tinha ousados planos que era seguir a carreira policial.
Como só chegou aqui em São Paulo apenas com o curso
primário, e com a sua enorme força de vontade, fez rapidamente o curso e
conseguiu ficar em condições de prestar concurso na área policial e para isso
estudou com muito afinco e passou entre os primeiros colocados para ser
escrivão. Não cabia em si de tanta felicidade.
Se tornou um escrivão nota dez, não faltava nenhum
dia ao trabalho e era um exemplo para os outros colegas ao de chamar a atenção
do seu chefe que depois de três anos foi agraciado com a promoção para
Investigador de Polícia, algo com que sempre sonhou. O mais impressionante de
tudo era que o Morais nasceu para aquilo.
Morais foi ganhando fama, pois todo caso que caia
nas suas mãos, ele conseguia ter sucesso para resolver o caso. E assim ele foi
empilhando uma dezena de caos difíceis que se tornavam muito fáceis de resolver.
Até que um dia foi chamado e caiu em suas mãos o assassinato de uma socialite.
CAPITULO 2
O
ASSASSINATO DA SOCIALITE
E
REMINISCÊNCIAS
Quando o detetive Morais entrou naquela casa luxuosa,
vindo também a chamado da família, que ouviram falar da fama dele e ao mesmo
tempo ajudar os policiais que já estavam no caso. Ficou parado olhando a cena do crime.
Aquele corpo sentado naquele naquela cadeira Luiz XV,
jazia inerte aparentemente de uma morte natural, mas o investigador Morais,
sentiu no ar um mistério naquela morte da Socialite, era complexo o caso, mas o
detetive sabia por onde começar e iniciou a investigação, procurando detalhes
da vida de Elza, era um caso muito difícil de elucidar.
De repente não soube por que veio a sua memória e
preencheu seus pensamentos, começou a relembrar fatos ocorridos quando da sua
chegada a cidade grande, praticamente sem recursos, conseguiu alugar um
quartinho numa pensão da periferia.
A dona da pensão era uma senhora muito bondosa que
lhe atendeu muito bem. Assim o Morais começou a trabalhar de servente de
pedreiro para poder se sustentar. Os pensamentos vão e vem borbulhando, ao
mesmo tempo que olhava aquele corpo estendido no chão.
Voltam novamente os pensamentos do passado e lembrou
com saudade daquele dia que foi trabalhar de servente de pedreiro na
restauração de uma bela residência onde morava Joana, uma bela mulher toda
insinuante e percebeu que ela o olhava de forma diferente.
Com o passar dos dias ela puxou conversa, quantas
doces lembranças. Com o passar dos dias acabou acontecendo o envolvimento dos
dois que se transformou numa forte paixão, tudo isso foi muito rápido. A família
quando notou aquela relação entre os dois entrou em polvorosa.
Até que um dia ele e Joana resolveram fugir e
acabaram se casando e o Morais na cena do crime, lembrando daqueles dias maravilhosos
e agradeceu ao destino que os uniu até hoje.
CAPÍTULO 3
SURGE UMA SUSPEITA
Morais desperta daquele sonho e pensa que tinha que
resolver aquele caso com aquela mulher estendida no chão e parou de pensar nas
suas lembranças. Enquanto o detetive observava os detalhes da cena, entrou na
sala uma mulher muito estranha e ele ficou sabendo por outros serviçais da casa
que era Estela, irmã da mulher ali morta.
Os policiais o advertiram que Estela era
completamente louca e inclusive esteve internada muitas vezes em casas de
tratamento de pessoas com problemas mentais. Estela começou a gritar e chorar
ao ponto que Morais, já perdendo a paciência, gritou em altos brados “Tirem esta
mulher da sala, pois ela está perturbando o bom andamento das investigações.
Morais pensou sem dizer nada a ninguém que os gritos
e o choro de Estela lhe pareciam um verdadeiro ato de teatro de uma péssima
atriz. Aí concluiu que ela estava se tornando uma primeira suspeita, afinal para
que tanto fingimento. Começou a perguntar aos serviçais da casa, como era o
relacionamento das duas irmãs?
Pelas histórias que lhe contaram,
realmente era uma relação cheia de conflitos que até chegaram várias vezes as
vias de fato, com muitos casos de agressões que marcaram profundamente a via
daquelas duas mulheres.
CAPÍTULO 4
À
SOMBRA DA LEI
Morais como era de costume, não demorou muito tempo,
acabou desvendando rapidamente o caso do assassinato de Elza mulher da alta
sociedade e como dizia Sherlock Holmes” Elementar meu caro Dr. Watson“, Estela
num puro desejo de vingança, envenenou a irmã, colocando o poderoso e mortal
veneno Estricnina num drink e Elza acabou por ter uma morte dolorosa, sentindo
dores agudas no seu corpo.
CAPÍTULO 5
O
ASSALTO A UM BANCO
E SABOTAGEM
AO TRABALHO
Algum tempo depois de esclarecido o caso da morte de
Elza, Morais foi chamado para solucionar o caso de um assalto a
um banco e quando lá chegou, encontrou o colega Wanderley, que nem sequer tinha
sido chamado pela chefia da Polícia, mas assim mesmo apareceu por lá, xeretando
e se intrometendo no caso.
Morais já andava desconfiando que o seu colega andava
sabotando o seu trabalho de sucesso nas inúmeras investigações.
Mal trocaram duas palavras, pois Morais demonstrou claramente seu desagrado
pela presença inconveniente do colega.
O detetive Morais começou a interrogar os
funcionários da Agência bancária, para colher elementos quem o ajudassem a
esclarecer o caso. Pediu que descrevessem as características físicas dos três marginais
que praticaram o assalto, mas Wanderley, na medida as investigações avançavam,
interferia no interrogatório, procurando atrapalhar e confundir o trabalho
interrogatório.
O detetive já estava perdendo na paciência com a interferência
do colega, que falou rispidamente para que Wanderley não falasse mais nada com
os funcionários que ele estava interrogando.
CAPÍTULO 6
FÉRIAS
TÃO SONHADAS E INTERROMPIDAS
Depois de resolver rapidamente o caso do assalto ao
banco que acabou com a prisão dos três marginais e recuperação do dinheiro
roubado. Morais solicitou ao seu chefe para poder tirar um período de férias alegando
cansaço físico e mental além de ter problemas em casa com a esposa devido a sua
ausência prolongada trabalhando quase que ininterrompidamente.
O seu pedido foi aceito e Morais foi para casa
rapidamente todo feliz avisar a esposa que iriam sair de férias. Combinaram a
realizar um sonho de há muito acalentado e combinaram que iriam fazer um
cruzeiro marítimo para a Europa.
Foram somente o casal já queriam iniciar uma segunda
lua de mel e assim deixaram os dois filhos com sua sogra.
Malas prontas, viajaram para a cidade de Santos e
foram ao Porto da cidade. Subiram felizes bordo do navio Costa Star, de alto
luxo e foram conhecer a cabine e ficaram assombrados com as acomodações, já que
Morais não poupou esforços financeiros, pois queria que houvesse tudo do bom e
do melhor.
Os primeiros dias do casal, era de pura felicidade,
o amor a relação dois que andava adormecida, reacendeu com uma chama
resplandecente. A comida nem se fala, era um banquete todas as refeições, os
olhos de ambos brilhavam de ver tantas coisas gostosas.
De repente, lá pelo terceiro dia de viagem,
houve um burburinho grande nos corredores do navio e um zum zum, a notícia
corria que havia acontecido um assassinato de uma mulher, numa cabine.
Neste momento, temendo pelo pior, a esposa de Morais,
olhos tristonhos e, ao mesmo tempo, implorando para que o marido não se visse
tentado a procurar mais detalhes do que aconteceu. Afinal estavam de férias e
curtindo uma segunda lua de melo, de há muito esperada.
Mas o instinto de caçador de culpados do detetive e
pediu que fosse um pouco paciente que ele voltaria logo. Deixou a esposa num
salão de eventos do navio, onde havia de tudo para que ela se distraísse.
E lá se foi ele apertando os passos para chegar logo
ao local do crime e já procurando saber de maiores detalhes do que havia
acontecido. Se apresentou ao Capitão do navio e disse que era investigador da
Polícia de São Paulo e que gostaria de ver o local do crime, para iniciar as
investigações e de pronto o Capitão o atendeu
Foram ele e o Capitão para o nosso detetive resolver
mais um caso na sua vida de investigador.
CAPÍTULO 7
LEMBRANÇAS
DA JUVENTUDE DE MORAIS
Morais, o famoso e realizado detetive da Polícia de
São Paulo, teve uma infância e juventude lá no Sertão da Paraíba, na Cidade de
Bananeiras, lugarejo simples do interior da Paraíba. Seus pais eram pessoas
muito simples que possuíam um pequeno pedaço de terra onde plantavam numa
monocultura de sobrevivência. Possuíam umas poucas cabeças de gado, um
galinheiro de onde tiravam para uso próprio ovos e às vezes comiam uma galinha
assada.
Tinha também uma cabrita, a Bitinha muito querida
por todos e aproveitavam a ordenha do leite dela para beber e fazer queijo.
Foi nesse ambiente que Morais nasceu e viveu numa
vida simples e sem muitas ambições, porém o rapaz era persistente e sonhador e
queria progredir na vida, sair daquele lugar e daquela vida, estudar e ser
alguém na vida e para isso insistia com os pais para que ele fosse para a
cidade de João Pessoa e iniciar seu projeto de vida.
Finalmente seus pais que possuíam algumas economias
concordaram com o filho e deixaram que ele partisse para a cidade grande, dando
a ele toda cobertura.
Sua chegada a Cidade de João Pessoa não foi fácil,
primeiro por não estar acostumado com aquele movimento todo e depois muito
acanhado, andando por ali como um verdadeiro caipira, sem saber direito para onde
ir, pois precisava achar uma pensãozinha bem barata para poder viver.
Finalmente chegou na pensão da Graça que o recebeu
com muita simpatia, deixando o rapaz comovido e o acolheu como uma mãe, acomodando-o
num quartinho muito simples, porém agradável e o suficiente para as
necessidades dele.
No dia seguinte Morais acordou bem cedo para procurar
trabalho já que os seus pais iriam lhe não seria suficiente para que ele
iniciasse seus estudos. Andou para lá e para cá o dia todo, mas não encontrou
nada para que pudesse trabalhar, mas não desanimou e também foi ver uma escola
para se iniciar no primeiro Ciclo e era particular e demandaria uma boa
quantia, já que não achou vaga em nenhuma Escola Pública do Estado. Assistiu
também um assalto que ocorreu na sua frente. Daí o primeiro impulso para se tornar
um investigador.
Viu assustado pessoas usando drogas, pensou nas tantas
coisas ruins que aconteciam na grande cidade e nunca tinha passado por isto. Pensou
em escrever aos pais para contar suas primeiras experiências na cidade de João
Pessoa. Sentiu um frio no coração e também um suor escorrendo nas suas costas e
pensou se conseguiria superar tudo aquilo para alcançar o seu Objetivo.
Voltou para o seu Porto Seguro que era a pensão da Graça que quando o viu
chegar meio taciturno, escancarou um lindo sorriso o acolhendo de braços abertos
toda carinhosa e lhe dizendo que aquele era apenas o primeiro dia e que com
certeza, viriam outros dias muito melhores e que ele conseguiria tudo aquilo
que veio buscar para mudar complemente a sua vida de caipira do mato.
CAPÍTULO 8
O
NATAL DE MORAIS
No dia seguinte, ele acordou cedo e desceu do seu
quarto e foi a cozinha onde Graça o recebeu com aquele sorriso que passava
confiança ao rapaz e para sua surpresa, ela tinha preparado um café da manhã
que deixou o rapaz boquiaberto. Ele perguntou se poderia experimentar todas as
guloseimas que viu e Graça que não teve filhos, parecia lhe adotar como tal.
Claro que pode, fiz todas estas guloseimas
especialmente para você, coma aquilo que lhe aprouver, disse ela.
Depois de comer de tudo que devorava com os olhos,
se lambuzou, agradeceu a dona da pensão e saiu para novamente procurar um emprego.
Assim poderia garantir uma quantia suficiente, para poder se matricular na
Escola São João da Paraíba e iniciar o primeiro Ciclo e seguir em frente com
seus planos.
Nas suas andanças chegou a se assustar outra vez com
aquele mar de carros nas ruas, já que estava acostumado só com os animais do
sítio de seu pai. E também com os assaltos e crimes que presenciou.
Depois de muito andar, conseguiu finalmente arrumar
um emprego de servente de pedreiro, apesar de ser franzino, teria que fazer muita
força virando o cimento da obra.
Quando voltou para casa, chegou ansioso, todo feliz para
contar a novidade para Graça que sorriu toda satisfeita, olhando para o rapaz
que caiu nas suas graças.
O tempo foi passando e lá se foram três meses de
Morais amassando cimento, mas já matriculado no Colégio, período noturno.
No dia 23 de dezembro, quando Morais saia para
trabalhar, Graça o chamou com o eterno sorriso, carinhosamente o convidou
dizendo que no dia seguinte era Natal, data que ela comemorava todos os anos,
com seus familiares e fazia questão que ele estivesse presente. Num
primeiro momento ele estranhou, já que seus pais, eram tão pobres que nem
sequer comemoravam esta data mais importante do Cristianismo.
No dia seguinte, Morais se vestiu com sua “melhor
roupa” e desceu para a sala de Graça, que já estava lá acompanhada dos seus
familiares. O rapaz parou extasiado com tanta beleza. Uma mesa com uma toalha
vermelha toda bordada com desenhos natalinos. A mesa estava cheia de comidas de Natal e
Morais não cabia em si de tanta felicidade, pois nunca havia participado de uma
festa de família assim.
Uma árvore de Natal toda resplandecendo com luzes
coloridas, cheia de enfeites para lembrar o Natal e o nascimento de Jesus.
Todos os presentes, inclusive Morais, rezaram um Pai-Nosso, para iniciar as comemorações, para comer todas aquelas delícias.
Este foi o primeiro Natal inesquecível da vida de
Morais que não cabia em si de tanta felicidade.
CAPÍTULO 9
UMA
NOVA AMIZADE
Morais acabou resolvendo o crime que aconteceu no
navio, onde estava com a esposa para umas férias inesquecíveis, fez o possível
para resolver o mais rápido possível o assassinato em uma cabine do navio e
após localizar o assassino, que se tratava do ex-marido da vítima, entregou o
criminoso ao Capitão do navio e voltou literalmente para os braços da esposa Joana
e puderam finalmente desfrutar de uma segunda lua de mel.
De volta ao trabalho de investigador, Morais
continuou resolvendo tantos e tantos casos, trabalhando na mesma Delegacia por muitos
anos. Com os anos passando, novidades foram acontecendo, que começaram a
atrapalhar a vida vitoriosa do Detetive. Aconteceu um crime Cibernético que
causou muita repercussão, pois a vítima foi um dos maiores milionários aqui do
Brasil. Morais foi chamado.
Porém, o detetive já com sessenta anos, próximo da aposentadoria,
sentiu que os anos passaram e ele foi ficando para trás se desatualizando. O
crime era um golpe cibernético com uma tecnologia desconhecida para ele, A
vítima foi um rico Empresário, onde foi usada a Inteligência Artificial, e os
criminosos eram totalmente invisíveis. Morais não sabia por onde começar e
assim procurando disfarçar o completo desconhecimento de toda a artimanha
moderna, usada, que ele desconhecia completamente, pois não era usuário
das redes sociais.
Morais saiu dali se sentindo um verdadeiro analfabeto
digital e como poderia a Internet ser, literalmente, uma porta aberta? Foi
procurar o seu chefe, com o qual desabafou, alegando a sua incapacidade de
sequer iniciar as investigações do caso do Empresário lesado.
Nivaldo que era o chefe de Morais há muitos anos,
sentiu certa pena, de ver o detetive desanimado, e lhe deu uma injeção de ânimo,
falando que ia lhe enviar para um curso intensivo, para saber das novidades de
como um Hacker podia entrar na conta bancária de alguém, ou no celular de quem
quisesse.
E lá foi o Morais para o Curso intensivo, para se
inteirar das novidades da moderna tecnologia, onde podem falsificar um perfil,
usando a Inteligência Artificial, poderiam clonar o rosto de uma pessoa, fazendo
ficar idêntico ao original, e com a mesma voz. Morais estava sentindo-se
totalmente perdido diante de tudo que estava vendo.
Ao seu lado estava sentado, Armando, um expert desta tecnologia, que estava ali só para aperfeiçoar mais ainda, o seu
grande conhecimento de TI e da nova tecnologia. Puxou conversa com Morais. Percebendo
o seu completo desconhecimento do que estavam ensinando no Curso e se dispôs a
ajudar o Detetive para que este pudesse assimilar mais facilmente o curso
intensivo, e de toda a tecnologia usada hoje tanto para o bem como para o
mal.
Daí surgiu uma grande amizade e com a ajuda de
Armando, Morais começou a entender mais facilmente o que estavam ensinando.
Inclusive Armando, se dispôs a ir com Morais na casa do Empresário lesado e
tentar ajudar na solução do crime. As coisas pareciam melhorar, para o pobre do
Morais que estava sentindo-se constrangido, pois desta vez parecia que ele iria
fracassar na missão de desvendar este crime cibernético, e seria a primeira vez
que não teria sucesso na sua missão de desvendar crimes e prender os
criminosos.
Mas, com a ajuda de Armando, parece que o caso do empresário iria dar uma reviravolta e Morais sairia vitorioso.
Porém, isso ficará
para o próximo capítulo.