A
MALDIÇÃO DO BISPO
Alberto
Landi
O
cenário é a Idade Média, um tempo de pessoas humildes e muita pobreza fora dos
arredores do castelo, uma época em que o poder girava em torno da coroa e da
igreja, e que o povo nunca se atrevia a questionar suas vontades.
O
pequeno lugar é um vilarejo medieval da Escócia, famoso por sua prisão de
segurança máxima, com um programa disciplinar rígido; trabalhos forçados, rotina
cheia de restrições. Muito avançado para esse tempo, se tornou famosa na
Escócia.
Os dias
de outono dourado continuavam claros, a terra endurecida pela geada matinal
repleta de pequenas folhas secas, do salgueiro como se tivessem sido cortadas e
enroladas em tubinhos, emanando aquele odor amargo e marrom de folhagem de
muitas espécies que se espalhavam farfalhantes como peças num tabuleiro de jogo
de damas.
Batidas
de machados e o repique dos sinos do campanário vindos da floresta eram
escutados ao longe.
A
história é de um casal jovem que se apaixona, mas são impedidos de viver o amor em sua
plenitude, graças à maldição lançada pelo bispo que habitava no castelo.
O
bispo de aparência severa, má e lúgubre olhar enviesado, simulado e nada
eclesiástico, por ciúmes e inveja, o maquiavélico jogou uma maldição no apaixonado
casal.
Miriam
transforma-se num falcão durante o dia, enquanto o cavaleiro Henry se torna um lobisomem
à noite, impedindo dessa maneira o contato físico e sentimental entre eles. O
único momento em que se veem é durante alguns instantes no crepúsculo.
Um
prisioneiro de nome George, conhecido por Mirror, se tornou famoso por ter
conseguido escapar das masmorras da prisão e agora refugiado na floresta.
Ele
é procurado por Henry, para ajudá-lo na vingança contra o bispo. Mirror
torna-se aliado do jovem casal e por meio de suas magias e alquimias, aprendido
e herdado dos monges beneditinos, consegue desfazer a maldição e reverter a
cruel praga imposta pelo bispo.
Assim
o casal pode viver o seu amor como outrora. A maldição foi quebrada graças à
intervenção de George. Os três entraram no castelo, enfrentaram e denunciaram o
bispo.
Isso
demonstra que o poder eclesiástico já havia na Idade Média, e as alquimias e
magias predominavam na época.