CLÉO, A GUERREIRA
Henrique Schnaider
Cléo era uma menina na época da guerra do Vietnã.
Houve uma foto que ficou famosa na imprensa mundial, onde depois de um
bombardeio aéreo dos EUA com o terrível gás napalm. Uma menina, Kim Phuc
aparece correndo nua com o corpo queimando.
Esta foto começou a persegui-la e depois da guerra, sempre
aparecia algum repórter de algum país distante, querendo entrevistar Kim Phuc.
Ela sempre repetia a mesma História:
— Eu realmente queria escapar daquela pequena
menina. Mas parece que aquela imagem não me deixava ir, disse Kim Phuc.
Passaram-se vários anos e aquela menina se tornou
uma mulher muito importante. Casou-se, adotou um novo nome de Cléo. Virou
embaixadora da boa vontade das Nações Unidas e de ajuda às vítimas da guerra.
Cléo saiu do Vietnã, pois conseguiu cruzar a
fronteira e com ajuda de Ongs humanitárias, foi morar no Canadá. Já que no fim
da guerra ela enfrentou muito sofrimento e perseguições do regime comunista.
Por trás desta mulher aparentemente frágil, existe uma mulher com alma de leoa.
Cléo começou a atuar de forma silenciosa e em
segredo para salvar pessoas perseguidas no Vietnã. Sempre lutando contra o cruel e sangrento
regime comunista. Precisando tomar muito cuidado, já que a ditadura Vietnamita,
sempre mandou agentes para tentar assassiná-la, por ser uma inimiga deles.
Cléo dá palestras contando sua história de
sofrimento, desde aquela foto famosa em plena guerra. Seu marido Kim Ul além de
grande companheiro, a ajuda na missão de auxílio aos refugiados do Vietnã. Cléo
está sempre cercada de agentes de segurança para sua proteção.
Mas para conseguir êxito na sua missão e manter-se
oculta é muito difícil, pois ela é uma celebridade e reconhecida onde quer que
vá e todos se referindo a ela como a menina queimada por napalm.
Ela praticamente não possui vida familiar, já que
ela e marido mal conseguem se reunir com os dois filhos.
Ela contratou como babá Jin Su, uma moça Vietnãita
que ajudou a fugir dos comunistas. Mas, mal sabe ela que colocou para dentro de
sua casa uma cobra naja pronta a injetar seu veneno mortal.
Jin Su foi treinada pelo serviço secreto comunista
na arte do envenenamento, e enquanto isso Cléo ingênua, confiando na babá, deixava
sempre ela com as crianças. Por sua vez, a agente espera a oportunidade de
quando estiver reunida a família, para envenenar a todos.
Num fim de semana Cléo conseguiu um tempo, para
reunir a família e Jin Su, finalmente achou que chegara a oportunidade esperada
para envenenar a todos.
Jin Su preparou um suco com um veneno mortal, mas
antes que alguém bebesse, Cléo recebe uma mensagem no celular de um aliado lá
do Vietnã, lhe prevenindo que Jin Su era agente do regime e Cléo grita por puro
instinto:
— Não bebam este suco que deve estar envenenado. Kin
Su puxa um punhal partindo em direção a Cléo querendo acertar o coração. O marido Kim Ul se interpõe entre elas e
prende o braço da agente tirando-lhe o punhal, e prende os braços por trás
dela, e chama os agentes que levaram Kim Su presa.
Cléo vive passando por estes sustos, mas nada e nem ninguém a impedirão de seguir na missão de salvar os perseguidos do Vietnã.
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