UM PESADELO REAL
Henrique
Schnaider
Esta história é de
uma heroína chamada Raquel, que viveu momentos incríveis em um momento na vida.
Os pais de Raquel eram lavradores,
produziam apenas o necessário para a subsistência. Eles tinham mais dois filhos, além de Raquel. Os rapazes ajudavam na
roça.
Somente de vez em quando, numa viagem
de três horas , seu pai mantinha contato com outras pessoas da cidade, era
quando uma vez por mês, ia vender algum excedente do que plantaram, e comprar
alimentos e outras coisas necessárias.
Ela era uma menina bondosa, comportada
e muito obediente. Gostava de pintar quadros, e sua mãe Augusta era quem a
havia incentivado na arte da pintura, já que ela também nas horas vagas, passava
em torno de quatro horas pintando figuras e paisagens rupestres. E assim,
ficavam ambas exercitando a arte, terminavam por volta das cinco horas da
tarde, enquanto o pai e os irmãos observavam curiosos imaginando o que sairia
daquelas telas em branco.
Jonas o pai, era um excelente
carpinteiro, tanto que praticamente havia feito todos os móveis da casa. Levava
tanto jeito para a coisa, que fazia também belíssimas esculturas em madeira,
umas seis por mês, para as quais, tinha comprador certo.
Antônio e Jarbas os dois irmãos, não
levavam o menor jeito para as artes, ficavam sete horas no trabalho do campo, nas horas de
folga, jogando conversa fora, observando o que os pais e a irmã faziam.
Naquela manhã, Raquel sentiu-se quase
que impelida a começar a pintar um quadro. Conforme surgiam os contornos na
tela, começava a se delinear a figura de uma corda puxando o que havia na outra
ponta dela, o que parecia ser uma nuvem.
Ela se apressou para terminar a imagem,
querendo saber o significado dela quando o relógio batia as oito badaladas.
Seus pais e os irmãos olhavam aquela
obra de arte e também, ficaram meio confusos e sem entender exatamente o que
Raquel havia pintado, e o significado daquela cena inusitada, que para eles não
tinha muito sentido.
Foi quando de repente, o tempo fechou
carregado de nuvens escuras isso as nove horas da manhã, raios riscavam o céu,
provocando um barulho ensurdecedor, o vento de tão forte, batia, balançava tudo
parecendo que iria levar as coisas embora, derrubar a casa tão bem construída.
Estavam todos assustados e sem saber o
que fazer, rezando para a tempestade amainar, já era dez horas da manha, havia
passado uma hora, quando de repente o vento violento arrebenta a porta da casa
levando e destruindo tudo o que encontrava pela frente, a ponto de todos terem
que fugir dali.
Para terror deles, bem acima havia uma
nuvem ameaçadora, parecendo ter vida própria e com uns onze a doze seres
estranhos pequenos de cabeças enormes, em seguida com uma força incrível
arrastou os pais e os irmãos para dentro dela, só escapou Raquel.
Valente ela era, não desistiu de
lutar, como tivesse a força de treze homens,
jogou uma corda até a nuvem e com uma destreza inacreditável, puxou-a e
prendeu-a, em seguida conseguiu tirar a família daquela coisa horrenda. Os
seres fantasmagóricos ficaram olhando espantados diante de tamanha coragem e
valentia da mulher, e sem perder mais tempo foram embora.
O tempo melhorou por volta das
quatorze horas, o sol voltou a brilhar e o dia ficou aprazível outra vez. Todos
felizes por terem escapado ilesos daquela aventura inesquecível, entenderam
estupefatos, o quadro que Raquel pintara. Tinha sido uma premonição e uma visão
de algo terrível que iriam vivenciar.
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