PASSEIO INESQUECÍVEL
Henrique
Schnaider
Era
o ano de 1976, me lembro como se fosse hoje. Aquela viagem para nós, foi
fantástica, um sonho dos deuses, viemos para baixada santista, emocionados,
pois era a primeira vez que estávamos juntos. Uma aventura como aquela, eu
desde jovem sonhava fazer juntamente com meus amigos, e finalmente chegou o dia daquela empreitada.
Rodrigo
meu amigo mais chegado, brincava comigo, dizendo que iriamos arrumar umas gatas
e depois sair com elas para dar umas voltas, tomar um sorvete, ir ao circo e
passear na praça em frente. Eu todo feliz imaginando as coisas que meu amigo me
dizia.
A praia
do tombo, era o objeto dos nossos desejos, finalmente naquele dia
tornaríamos realidade, com certeza, iriamos nos divertir muito.
Todos
éramos praticantes de surf, cada um tratou de trazer sua prancha, o mar estava fantástico,
estávamos deliciados, Rodrigo não largava de brincar comigo, a praia do tombo
era famosa pelas ondas altíssimas, poderíamos surfar, fazer a rasgada, batida,
floater, aéreo, cut back e tubo, eu olhava deliciado o mar, estava com uma fome
de gente grande.
Na
realidade estava, com um tremendo medo, nunca surfara em ondas tão
grandes, não revelava aos colegas a
minha fragilidade. Teria que enfrentar meus monstros, conseguir supera-los.
Ed
era o mais velho do grupo, com uma experiência maior, inclusive já havia participado
de várias competições, o cara era o cobra da turma, enfrentava as ondas feito
um peixe grande, era um verdadeiro golfinho.
Passamos
horas surfando com sol a pino até ficarmos mortos de cansado, mas ninguém
queria parar, realmente estávamos a fim de ficar até a boca da noite, o som das
ondas arrebentando, soava para nós como uma música doce e suave.
Disse
aos meus amigos, que confessaria a eles algo que não sabiam, sobre os medos que
me assombravam ao pegar ondas tão fortes, feito monstros marinhos, mas agora diria
que superara meus traumas.
No
começo da noite, finalmente paramos para preparar, apesar da hora avançada, um almoço
rustico, o cansaço tomava conta de nós.
Pedi
ao Ed que usasse a câmera para nos filmar, todos estirados sem conseguir se
mover, ninguém tomava iniciativa de
fazer o fogo, o mar estava simplesmente lindo como um quadro de Van Gog, nós
grandes amigos olhando extasiados aquela beleza sem fim.
Hoje
passados tantos anos, fico pensando como éramos audaciosos.
Nunca
mais, haveria em nossas vidas, uma aventura tão linda, inesquecível, ficando
para sempre em nossa memoria.
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