O MUNDO
FANTÁSTICO DE RONAR II
Henrique Schnaider
À medida que os reptilianos foram se aproximando, o
sonho se tornava realidade, derretiam-se todos, era um regalo, a terra
prometida, em Ronar, explodia o peito de tanta emoção, finalmente a aspiração
virou realidade, saíram do inferno para o paraíso, apressaram-se, queriam fazer
parte daquela pintura em forma de terra.
Seguindo o rei, acharam uma região, onde iriam
estabelecer-se, Ronar tomou a decisão, seria ali numa planície verde, a qual o
rei denominou Romelândia, seus fiéis seguidores, os lêmures, logo arrumaram as
tocas.
Tinham que construir os abrigos, primeiro do rei,
depois, os deles, a felicidade transbordava nos corações dos reptilianos.
Passaram vários anos de duzentos e cinquenta dias
cada, o tempo deixava a terra fascinante,
mas não há mal que sempre dure, nem bem que nunca acabe, certa ocasião, vindos
de não sei onde, chegaram estranhos
armados, com evidente má intenção “um povo muito feio para os padrões
dos súditos de Ronar, que os chamaram de cobróides” , uma mistura de cobras com
humanoides.
Foram facilmente dominados pela rainha Amanba Negra
e seus guerreiros, os reptilianos além de serem dóceis, não tinham armas para
se defender, ficaram cativos e escravizados, tiveram que servir aos cobróides, a
vida ficou triste e sofrida, aquele povo cruel, impiedoso, e sua rainha, a pior
deles, ficava deliciada ao ver o sofrimento alheio.
Ronar, triste ao sentir na pele o que ele e os
súditos passavam, o coração endureceu, pedra ficou, conheceu o ódio, a raiva,
alimentava a vingança, com alguns aliados, começou a arquitetar um plano, para
livrar os reptilianos daqueles que os massacravam.
Ronar não tinha noção do poder que possuía nas mãos,
tomou conhecimento por acaso, quando ficou raivoso, expeliu raios terríveis,
capazes de destruir aquilo que atingissem, atacou os cobróides que caiam às
dezenas, aqueles que restaram, juntamente com Amanba Negra, fugiram pra bem
longe de Romelândia.
A paz reinou para sempre, para Ronar e os súditos,
quem quiser que acredite no que acabei de contar, mas é a mais pura verdade, eu
estava lá, nasci há cinco milhões de anos.
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