ROMEU
E JULIETA EM TEMPOS MODERNOS!
Dinah Ribeiro de Amorim
Tom, natural da Inglaterra, aos doze anos
apaixona-se por Anne, sua vizinha e colega de escola. É o início da puberdade,
quando os hormônios estão à solta, qualquer atração se transforma em paixão
avassaladora.
Frequentador de baladas com amigos,
desinteressa-se por outras garotas que o cercam, achando em Anne o verdadeiro
amor de sua vida. Olha-a de longe, admirando seus cabelos louros, rosto bonito
e alegre, grandes olhos azuis. O primeiro amor da juventude!
Fica surpreso quando percebe que é
correspondido, tornando-se namoro sério o que nascia entre eles.
Com o tempo, seus pais percebem o
relacionamento e, como eram de posições sociais muito diferentes, resolvem
interromper esse namoro. O pai de Tom, um pobre homem de ideias socialistas, e
o de Anne, rico e grande capitalista.
Os jovens sofrem muito e se encontram às
escondidas.
Descobertos, o pai de Tom resolve se mudar
para a França, levando a família, arrumando novo emprego e deixando o partido.
Anne, desesperada e saudosa, foge de casa,
encontrando-se com Tom às margens do rio Sena. Sem trabalho e dinheiro,
atraídos pelas águas desse grande rio, suas ondas suaves, de brilho manso e
eterno, jovens imaturos e inexperientes
que eram, resolvem por fim à vida. Seria a melhor solução para eles.
Quando vão saltar, aparece-lhes um anjo em
forma de velho, puxando-os com uma bengala. Sabedor da situação, aconselha-os a
não pular, mas a trabalhar para viver. Eram jovens demais para morrer sem saber
o que a vida ainda lhes reservava.
Sábio conselho! Atualmente, ambos são bem
sucedidos na vida, casados, cada um com outra pessoa, lembrando sempre com
gratidão aquele senhor idoso que os impediu de uma loucura. Chegaram a conclusão de que a vida é realmente
importante e não devemos desperdiçá-la!
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