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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

VÊNUS - Alberto Landi

 

 



VÊNUS

Alberto Landi

 

A beleza e a paixão se entrelaçavam nas colinas de Roma.

Vênus, a divindade do amor, observava o mundo mortal com o coração repleto de desejos. Sua presença era como um campo de flores em plena primavera, atraindo todos ao seu redor. Mas havia um mortal que chamou sua atenção de uma maneira muito atraente. Adônis.

Adônis era um jovem caçador, forte e destemido, cuja essência vibrava como o canto suave de um beija-flor.

Sua coragem e graça fascinavam Vênus, que se sentia atraída por ele como um colibri atraído pelo néctar das flores.

Um dia, decidida a conquistar seu coração, desceu da parte mais alta de Roma e revelou-se a ele.

— Adônis, disse ela, com uma voz suave como se fosse o sussurro do vento entre as folhas, vem e fique comigo. Deixe as caçadas para trás e conheça o amor eterno que te ofereço.

Mas ele, embora encantado pela beleza da divindade, era fiel à sua paixão pela caça.

— Vênus, entendo seu chamado, mas o impulso que sinto pela liberdade nas florestas é tão forte quanto o desejo de um beija-flor pelo pólen das flores. Preciso seguir meu caminho.

Essas palavras cortaram o coração dela como uma lâmina afiada. O ciúme e a frustração tomaram conta dela. Como poderia alguém rejeitar tal amor? Ainda com lágrimas nos olhos, implorou.

Por favor, não deixe que sua paixão pela caça te consuma. O amor que te ofereço é mais profundo do que qualquer aventura.

Mas ele estava decidido. Afastou-se dela, afirmando precisar viver sua própria vida. O desespero tomou conta de Vênus enquanto ela observava seu amado partir.

Na manhã seguinte, enquanto os primeiros raios de sol iluminavam as florestas verdes ao redor de Roma, ele partiu para mais uma caçada.

Ela observou-o à distância, seu coração dividido entre amor e dor. Ao longe, ela viu um javali feroz se aproximar dele.

— Adônis! Gritou Vênus com todas as suas forças que tinha.

Mas era tarde demais. O animal atacou com fúria descontrolada e Adônis caiu no chão ferido. O grito dela ecoou pelo vale, enquanto ela corria até ele.

Ao chegar ao lado de seu amado, ela sentiu o peso do mundo sobre seus ombros.

— Por que você não me ouviu? Eu poderia ter salvado você!

Ele sorriu fracamente em meio à dor.

— Vênus, disse ele com voz suave, eu sempre amarei você, mesmo na eternidade!

A tristeza tomou conta do coração dela, enquanto segurava seu amado em seus braços. Ela percebeu que o amor verdadeiro não poderia ser aprisionado, ele era livre como o voo do beija-flor entre as flores.

Ela fez uma promessa: Você viverá para sempre em meu coração e nas flores que brotarão na primavera. Assim nasceu a tradição das anêmonas vermelhas, flores que simbolizavam tanto a beleza quanto a fragilidade do amor.

E assim, enquanto os anos se passavam e as estações mudavam em Roma, ela continuou a honrar Adônis através das flores que floresciam em sua memória, uma lembrança eterna de um amor imortal marcado por conflito e emoção!

 

 

 

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