Brincando na neve
Alberto Landi
No mês de janeiro, foi realizada visita aos netos da
América e, de repente, uma forte nevasca inesperada se abateu.
O vento uiva do lado de fora e a paisagem se transforma
em um conto de fadas coberto de branco. Apesar do frio intenso, não há nada que
possa impedir sua alegria.
Após vestir-se com camiseta térmica e jaqueta, a
corrida para fora começa. As crianças já estão ansiosas e esperando por
momentos divertidos.
A neve estala sob seus pés enquanto bonecos são
moldados, dando vida a pequenos bichinhos brancos. Risadas ecoam no ar gelado,
e cada abraço apertado é um lembrete de quanto esses momentos são
gratificantes.
A tarde avança e as condições climáticas pioram. A
tempestade se intensifica e o céu escurece rapidamente. A diversão dá lugar à
preocupação quando a visibilidade quase desaparece e o frio se torna cortante.
Tenta-se manter o bom humor, o espírito leve, mas a
tensão é visível. Como voltar para casa?
As crianças não se importam com tudo isso e querem
brincar, mas você sente o peso da responsabilidade sobre seus ombros. Não pode
deixá-los em perigo, tem que protegê-los da melhor maneira possível, precisa
encontrar uma solução rápida.
Ao olhar nos olhos esperançosos, uma onda de emoção
toma conta, um dilema que corta o coração: manter a diversão ou garantir a
segurança?
Decide-se que é hora de voltar para dentro, mas ao
explicar isso às crianças, elas ficam desapontadas.
Não entendem o perigo que está lá fora, é apenas um
dia mágico na neve e querem aproveitar.
Você sente uma pontada de culpa por interromper a
alegria delas e o medo por saber que o tempo está piorando e se esgotando.
Enquanto todos entram na casa aquecida, observa-se
pela janela a tempestade uivante lá fora. O calor da lareira contrasta com o
frio do exterior, mas a mente continua dividida entre o desejo de proteger os
netos e a vontade de aproveitar cada segundo juntos.
Essa visita é bem rara e preciosa, e a ideia de que
poderia ser interrompida pelo clima vigente é insuportável.
Nesse momento de conflito interno, percebe-se que é
preciso encontrar um equilíbrio entre segurança e alegria. Com um sorriso
determinado, sugere-se uma competição: quem consegue fazer o melhor boneco na
neve antes que volte para dentro? As crianças se acendem novamente em
entusiasmo, trazendo sorrisos ao ambiente mais uma vez.
Juntos na neve, rindo e brincando como se cada
momento fosse uma eternidade. Mesmo
quando o clima lá fora permanece ameaçador, o amor compartilhado cria um
refúgio seguro, um lembrete eterno de que, mesmo nas condições mais difíceis,
os laços familiares podem brilhar mais intensamente do que qualquer nevasca.!
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