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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Brincando na neve - Alberto Landi

 


Brincando na neve

Alberto Landi

 

No mês de janeiro, foi realizada visita aos netos da América e, de repente, uma forte nevasca inesperada se abateu.

O vento uiva do lado de fora e a paisagem se transforma em um conto de fadas coberto de branco. Apesar do frio intenso, não há nada que possa impedir sua alegria.

Após vestir-se com camiseta térmica e jaqueta, a corrida para fora começa. As crianças já estão ansiosas e esperando por momentos divertidos.

A neve estala sob seus pés enquanto bonecos são moldados, dando vida a pequenos bichinhos brancos. Risadas ecoam no ar gelado, e cada abraço apertado é um lembrete de quanto esses momentos são gratificantes.

A tarde avança e as condições climáticas pioram. A tempestade se intensifica e o céu escurece rapidamente. A diversão dá lugar à preocupação quando a visibilidade quase desaparece e o frio se torna cortante.

Tenta-se manter o bom humor, o espírito leve, mas a tensão é visível. Como voltar para casa?

As crianças não se importam com tudo isso e querem brincar, mas você sente o peso da responsabilidade sobre seus ombros. Não pode deixá-los em perigo, tem que protegê-los da melhor maneira possível, precisa encontrar uma solução rápida.

Ao olhar nos olhos esperançosos, uma onda de emoção toma conta, um dilema que corta o coração: manter a diversão ou garantir a segurança?

Decide-se que é hora de voltar para dentro, mas ao explicar isso às crianças, elas ficam desapontadas.

Não entendem o perigo que está lá fora, é apenas um dia mágico na neve e querem aproveitar.

Você sente uma pontada de culpa por interromper a alegria delas e o medo por saber que o tempo está piorando e se esgotando.

Enquanto todos entram na casa aquecida, observa-se pela janela a tempestade uivante lá fora. O calor da lareira contrasta com o frio do exterior, mas a mente continua dividida entre o desejo de proteger os netos e a vontade de aproveitar cada segundo juntos.

Essa visita é bem rara e preciosa, e a ideia de que poderia ser interrompida pelo clima vigente é insuportável.

Nesse momento de conflito interno, percebe-se que é preciso encontrar um equilíbrio entre segurança e alegria. Com um sorriso determinado, sugere-se uma competição: quem consegue fazer o melhor boneco na neve antes que volte para dentro? As crianças se acendem novamente em entusiasmo, trazendo sorrisos ao ambiente mais uma vez.

Juntos na neve, rindo e brincando como se cada momento fosse uma eternidade.  Mesmo quando o clima lá fora permanece ameaçador, o amor compartilhado cria um refúgio seguro, um lembrete eterno de que, mesmo nas condições mais difíceis, os laços familiares podem brilhar mais intensamente do que qualquer nevasca.!

 

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